Marcos Arbaitman, presidente do Grupo Maringá, do Conselho da Administração da Secretaria de Turismo de SP, do Hospital Hadassah Brazil e do LIDE Turismo – Por Glorinha Cohen
“Nada resiste ao trabalho” não é apenas uma frase de efeito que, aliás, dá nome à sua biografia lançada em 2016 tendo como autor Marcio Pitliuk, mas constitui um lema de vida que levou o empresário e advogado Marcos Arbaitman ao topo do concorrido mundo do turismo como um dos homens mais influentes do setor, tornando-o conhecido em todo Brasil e no exterior.
Mas, apenas presidir o Grupo Maringá, que é composto pela Central de Eventos, Lemontech e Maringá Turismo e possui 452 profissionais, parece ser pouco para esse carismático filho de imigrantes poloneses que foi Secretário de Turismo do Estado de São Paulo. Ele também está no comando do Conselho da Administração da Secretaria de Turismo de São Paulo, do Hospital Hadassah Brazil e do LIDE Turismo – Grupo de Líderes Empresariais, participando ainda do Conselho de dezenas de importantes entidades culturais daqui e de outros países como, dentre outras, do The Metropolitan Opera House – New York, da Fundação do Teatro Real de Espanha – Madrid, do Museu de Israel em Jerusalém, do Museu de Arte Sacra de São Paulo e da Bienal de São Paulo.
E no meio de toda essa vida agitada que tiraria o fôlego de qualquer mortal e é sempre exercida com uma opção natural não só pela elegância da simplicidade e das atitudes, como pela capacidade de saber ouvir seus semelhantes como poucos conseguem, é que Marcos Arbaitman acha tempo para nos conceder esta entrevista exclusiva. Nela, além de outros temas importantes, ele discorre sobre o trabalho duro que empreendeu desde a infância pobre, relembra com certo ar nostálgico as três gestões como presidente da Hebraica de São Paulo, fala com orgulho das mais de 4.152 crianças que foram atendidas pela AMEM – Associação dos Amigos do Menor pelo Esporte Maior por ele fundada e dá a fórmula do seu enorme e incontestável sucesso.
GC – Como foi sua infância?
MA – Foi humilde, muito simples e todos na família tinham que trabalhar mesmo em tenra idade.
GC – Qual a maior dificuldade pela qual já passou?
MA – Como qualquer ser humano, tivemos dificuldades, mas não houve nenhuma que não pudemos ultrapassar, corrigir e avançar.
GC – O que traz mais significado para sua vida?
MA – Poder ajudar o próximo e sentir que a vida tem um sentido, mas que se resume em amor ao próximo.
GC – O que é felicidade para o senhor?
MA – Felicidade é sentir que estou, na medida do possível, fazendo com que as pessoas ao redor se sintam bem e felizes também.
GC – Quais as qualidades que o senhor mais valoriza numa pessoa?
MA – A ética, a honestidade, a seriedade e a responsabilidade que cada um deve ter para o bem da Humanidade.
GC – O que mais incomoda o senhor no mundo de hoje?
MA – As injustiças, as guerras inúteis e as mentiras.
GC – O senhor presidiu A Hebraica de São Paulo três vezes e deixou sua marca, sendo até hoje lembrado pela forma ímpar como tratava os associados e diretores. Qual a melhor lembrança que tem daquela época?
MA – Seguramente, a melhor lembrança é da amizade criada com os profissionais, associados, diretores e saber que contribuímos para transformar a Hebraica em uma Instituição.
GC – Sei que o senhor participa de dezenas de entidades. Cite algumas delas.
MA – Membro do Conselho Internacional The Metropolitan Opera House – New York; Membro do Conselho Internacional da Fundação do Teatro Real de Espanha – Madrid; Membro do Conselho Internacional do Museu de Israel – Jerusalém; Membro do Conselho Deliberativo da AMEM – Associação dos Amigos do Menor pelo Esporte Maior; Membro do Museu de Arte Sacra de São Paulo; Presidente do Grupo Arbaitman: Central de Eventos, Lemontech e Maringá Turismo; Presidente do Conselho de Administração da Secretaria de Turismo de São Paulo; Presidente do Hospital Hadassah Brazil; Presidente do LIDE Turismo – Grupo de Líderes empresariais e Conselheiro Vitalício da Bienal de São Paulo
GC – Como acha tempo para ainda se dedicar a tantas entidades?
MA – O que cada ser humano sabe ou deveria saber é que a única coisa que possuímos é o tempo que o Supremo Arquiteto do Universo nos concede. O tempo nunca nos faltou e sempre nos serviu.
GC – O senhor também foi Secretário Estadual de Esporte e Turismo no Governo de Mário Covas (1995- 2001), daí surgindo a ideia de fundar a AMEM – Associação dos Amigos do Menor pelo Esporte Maior. Fale-me sobre ela.
MA – A AMEM está completando 25 anos e hoje é presidida por Elisabete Arbaitman e continuamos colaborando no Conselho. Foram atendidas crianças necessitadas, mais de 4.152 e o trabalho continua diuturnamente. Durante oito anos, dois mandatos seguidos, tive a oportunidade de servir ao honrado Governo de Mario Covas. O maior ensinamento que tivemos é de que é possível ser servidor público sem corrupção, sem roubar e trabalhar por São Paulo e pelo Brasil.
GC – O senhor é formado em Direito. O que o fez optar pela área do turismo?
MA – O pedido de minha mãe sempre foi que estudasse Direito como meu avô, seu pai, Marcos Melighlender, que era Promotor de Justiça em Odessa, na Ucrânia. A opção pelo turismo foi casual e que me dá enorme felicidade.
GC – Faria algo diferente se tivesse que começar de novo?
MA – De diferente não, mas procuraria ajudar mais as pessoas que mais necessitam.
GC – Como teve início a Maringá Turismo e quais foram as maiores dificuldades encontradas?
MA – Por uma feliz indicação de um diretor da Varig, Helio Smidt, que se tornaria presidente da empresa, ele me indicou que adquirisse a Maringá Turismo de Jarbas Crespim Lopes. As dificuldades foram inúmeras, mas todas superadas.
GC – O senhor é tido como um dos maiores empreendedores da indústria de eventos e turismo do Brasil. Qual a fórmula para tanto sucesso?
MA – O sucesso é resultado de trabalho, imenso trabalho. Nossa empresa de eventos, Central de Eventos, chega a realizar 90 eventos por semana e continua crescendo pela dedicação e competência dos profissionais.
GC – Como é a rotina de presidir o Grupo Maringá que engloba a agência Maringá Turismo, a empresa de tecnologia do grupo Lemontech e a Central de Eventos que cuida de eventos e convenções?
MA – Somos hoje do Grupo Arbaitman 452 profissionais, que compõem uma grande família.
GC – Na sua visão, como a insegurança política que o Brasil vive hoje pode atrapalhar o turismo interno? E o internacional com guerras em vários países?
MA – O Brasil, que é nossa pátria, pode e deve voltar a ser unido e não dividido como é hoje. Guerras como a invasão da Ucrânia pela Rússia e o terrorismo internacional prejudicam não apenas o turismo, mas a própria vida das pessoas.
GC – Qual a melhor forma para se adaptar às contínuas mudanças que o mercado do turismo possa apresentar?
MA – Atualizar e modernizar todos os sistemas, mormente a identificação visual e facilidade na operação logística.
GC – Que conselho daria aos jovens que hoje iniciam sua trajetória profissional?
MA – Seriedade, dedicação, estudo e trabalho resumem o caminho do sucesso.
