Em evidência – Gente que acontece e faz acontecer

O presidente da Fisesp Marcos e Lara Knobel, Presidente do Paraguai Santiago Peña, Edith Derdyk, jornalista israelense Orel Nissan, diretor da Emunah Shlomo Kessel, Miri Wajsblat, Miriam Vasserman. Deborah Sutton Chammah e Mariana Mendes, dentre outros.


Presidente do Paraguai é homenageado pela comunidade judaica em jantar na residência de Marcos e Lara Knobel

Os anfitriões Marcos e Lara Knobel com o Presidente Santiago Peña e esposa

Em um jantar reservado em São Paulo, no dia 03 de novembro, o presidente do Paraguai, Santiago Peña, foi homenageado pela comunidade judaica paulista pelo seu firme apoio ao Estado de Israel. O encontro, organizado na casa do presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo, Marcos Knobel e sua esposa, Lara, contou com a presença da primeira-dama, uma ampla comitiva ministerial — incluindo o embaixador e o cônsul do Paraguai no Brasil, além dos ministros da Indústria e Comércio e das Relações Internacionais.

Representantes de peso da comunidade judaica marcaram presença para prestigiar Peña, que ressaltou, em discurso emocionado, a proximidade entre os povos judeu e paraguaio. O presidente comparou a trajetória de superação do Paraguai à do povo judeu, reafirmando sua solidariedade e compromisso com Israel.

A reunião foi destacada pelo próprio presidente em suas redes sociais, reforçando a relação especial entre Paraguai, Israel e a comunidade judaica brasileira : “Participé de un encuentro organizado por Marcos Knobel, presidente de la Federación Israelita de San Pablo, en Brasil. Fue un espacio de diálogo enriquecedor, donde compartimos ideas y experiencias que nos inspiran a seguir construyendo puentes entre nuestros países”, publicou Peña. (https://www.instagram.com/p/DB7yewRMxhc/?igsh=bW9xcjB1MHZtMzlv).

A mensagem reforça o desejo do presidente paraguaio de manter laços fortes e de cooperação com a comunidade judaica brasileira e com Israel, em uma aproximação que ele mesmo classificou como inspiradora.


A linha como organismo vivo no novo livro de Edith Derdyk

O livro da autora e artista Edith Derdyk nasce de uma investida crítica contra usos e noções cristalizadas, e desafia a persistência do cânone nas práticas artísticas e educacionais. Uma das mais representativas artistas contemporâneas da visuais e da palavra, Derdyk busca explicitar e reconhecer o desenho como um dos elementos fundamentais do pensamento. Para a composição dos textos e imagens de O corpo da linha, a autora dialoga com Flavio Motta, Mário de Andrade e Vilanova Artigas, além de Tim Ingold. Também são incorporadas as experiências de Fernand Deligny, as expressões sobre a linha de Deleuze e ressonâncias da poesia de Fernando Pessoa e João Cabral de Melo Neto, bem como reflexões de artistas como Amilcar de Castro e Ingres.

O texto de Derdyk busca explicitar e reconhecer o desenho como um dos elementos fundamentais do pensamento. Uma das mais representativas artistas contemporâneas das artes visuais e da palavra, neste livro inovador Edith Derdyk entrelaça imagens poéticas e inserções informativas e históricas que desconstroem a compreensão tradicional da linha no ambiente de aprendizagem, desafiando a persistência dos cânones clássicos, ainda presentes nas práticas artísticas e educacionais.

Segundo aponta a pesquisadora Cristina Paiva no texto de capa, “Derdyk parte de uma investida crítica contra usos e noções cristalizadas que aprisionam nosso modo de pensar e de nos comunicarmos operando um desmonte poético desses sistemas, revelando as origens históricas e culturais de determinadas restrições e usos, e questionando essas limitações.”

Composições corporais

No livro, Edith Derdyk atribui 18 “composições corporais” à linha, como “linha-membrana” e “linha-performativa”, e classificados numa gramática da linha. Embora se enquadre num sistema, a linha tem corpo e é repleta de subjetividades. “Mais do que metáfora, a linha, em si, é o próprio desenho da vida, em incessante (per)curso”, opina Edith. “Elemento constitutivo do desenho, entendo a linha como sendo estruturante para o pensamento e a percepção: é partitura coreográfica. A linha, aqui compreendida como um corpo que transita nos tempos e nos espaços, marca presença na vida de muitos modos: nos fluxos, nas cartografias, nas manifestações da natureza, nas relações afetivas, nas dinâmicas sociais, nas intensidades dos desejos, enfim, no modo como organizamos e realizamos todas as nossas atividades”, afirma a autora.

Em O corpo da linha, Edith Derdyk nos mostra que é possível deixar a linha – e o corpo – sonhar.


Federação Israelita SP recebe jornalista israelense e diretor da Emunah para conversa sobre Mídia, Saúde Mental e Superação

As equipes da Fisesp e da Emunah com os participantes do debate

No dia 6 de novembro, a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) recebeu a jornalista israelense Orel Nissan e o diretor da Emunah, Shlomo Kessel, para uma conversa inspiradora sobre mídia, saúde mental e superação. O evento também contou com a participação de Miri Wajsblat, presidente da Emunah no Brasil.

Orel, jornalista do Canal 12 de Israel, superou uma infância difícil com o apoio do Centro Infantil Emunah em Afula e, hoje, atua como jornalista, fotógrafa e palestrante. Criada em extrema pobreza como uma das dez crianças de uma família com pais desempregados, ela compartilhou sua trajetória de superação graças ao acolhimento da Emunah. Enfrentando abusos e a falta de apoio em casa, onde frequentemente ouvia da mãe que seria um fracasso, Orel encontrou no centro infantil da Emunah uma estrutura que a ajudou a desenvolver seu potencial.

“Aprendi que tinha talentos e que poderia ter sucesso, mas era minha responsabilidade fazer isso acontecer”, disse ela. Hoje, a Emunah, com seus 125 centros de acolhimento em Israel, impacta milhares de crianças, ajudando-as a construir histórias de superação como a de Orel.

Shlomo Kessel, Diretor Internacional de Filantropia da Emunah, com mais de 40 anos de experiência transformando vidas como educador e terapeuta, compartilhou detalhes sobre o trabalho da organização. Há quase 75 anos, a Emunah oferece cuidados terapêuticos e apoio a crianças vulneráveis em Israel, ajudando-as a superar traumas e construir bases para um futuro mais promissor.

“A Emunah, que celebrou 90 anos em 2024, adaptou-se ao longo do tempo para atender a necessidades cada vez mais complexas de saúde mental. Antes, os desafios das famílias eram em grande parte financeiros e menos impactantes para o bem-estar infantil; hoje, muitos enfrentam graves problemas emocionais e psiquiátricos. Para responder a essa realidade, a Emunah expandiu seu trabalho, oferecendo alternativas à hospitalização psiquiátrica infantil e estabelecendo 13 centros de aconselhamento de trauma em todo o país, incluindo um grande centro em Sderot que realiza 1.000 horas de terapia mensalmente. Em situações emergenciais, como o deslocamento de famílias do sul e norte de Israel para hotéis, a Emunah também implantou assistentes sociais e terapeutas para apoiar as crianças e evitar situações de risco, demonstrando sua capacidade de adaptação às novas necessidades”, destacou ele.

“Quero agradecer a todos que vieram e tiveram o privilégio de ouvir essa apresentação inspiradora. Estou começando a conhecer o trabalho da Emunah agora, e já vejo o trabalho incrível que realizam. Vale reforçar que apoiamos todas as entidades afiliadas à Fisesp, e no caso do ELF, as entidades femininas”, declarou a vice-presidente da Fisesp e diretora do Grupo ELF, Miriam Vasserman.

O evento, resultado de uma parceria entre ELF/FISESP, Emunah e StandWithUs, foi moderado por Deborah Sutton Chammah, gerente de educação da StandWithUs Brasil, e faz parte do movimento Walk4Emunah, uma caminhada que ocorrerá no dia 10 de novembro. O objetivo é apoiar os centros terapêuticos da Emunah em Israel.


De médica a paciente: a emocionante jornada de Mariana Mendes

Como o diagnóstico de câncer de mama mudou sua perspectiva e inspirou uma rede de apoio para mulheres

Dra. Mariana Mendes, médica apaixonada pela arte de cuidar e pelo acolhimento humano, compartilha sua experiência transformadora no livro “Do outro lado da mesa”, publicado pela Literare Books International. Na obra, ela narra como, ao enfrentar o diagnóstico de câncer de mama, sua perspectiva sobre a medicina mudou radicalmente, fazendo-a se redescobrir não apenas como profissional, mas como pessoa.

A biografia é um relato de superação, dor e descoberta do verdadeiro propósito. A vivência do papel de paciente revelou as falhas emocionais no atendimento oncológico e inspirou a criação do Projeto Enlace, uma rede de apoio para mulheres que enfrentam a mesma batalha. Mariana destaca a importância de uma medicina que vai além dos diagnósticos e do tempo cronometrado de consultas, priorizando a escuta atenta e o acolhimento genuíno.

A escrita sensível da autora transforma sua dor em uma mensagem de esperança, ensinando que a força nem sempre precisa ser constante e que o caminho da cura é mais leve quando compartilhado. “Do meu coração para o seu, desejo que este livro inspire recomeços. Que, independentemente da situação que estivermos vivendo, possamos sempre enxergar a beleza em nossas vidas”, afirma Mariana.

A Dra. Mariana, que hoje atua com medicina integrativa, é uma referência em humanismo médico, trazendo a beleza da conexão entre seres humanos em sua complexidade e vulnerabilidade.