CONHEÇA SEU “GÊMEO DIGITAL”: INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL DESENVOLVIDA NO INSTITUTO WEIZMANN ANTECIPA SUA SAÚDE FUTURA E APONTA COMO MELHORÁ-LA
E se fosse possível prever como estará sua saúde nos próximos anos e, mais do que isso, tomar decisões agora para mudar esse futuro? Essa é a proposta do “gêmeo digital” criado por pesquisadores do laboratório do professor Eran Segal, no Instituto Weizmann de Ciências, em Israel.
A inovação, baseada em inteligência artificial, utiliza um dos maiores e mais aprofundados bancos de dados médicos do mundo — o Projeto Fenótipo Humano — para criar um modelo personalizado de cada indivíduo. Esse “gêmeo digital” é capaz de simular o risco de desenvolvimento de doenças e prever, com alta precisão, quais tratamentos ou mudanças de estilo de vida seriam mais eficazes para cada pessoa.
“Estamos vivendo em uma era de mudanças incrivelmente rápidas. Os domínios da saúde e da medicina passarão por transformações dramáticas nos próximos anos, tornando-se cada vez mais orientados pela IA. Nosso projeto está pronto para ser uma fonte líder global de informação e inovação”, afirma o Prof. Eran Segal.
Lançado em 2018, o projeto já monitora milhares de voluntários, que se submetem a avaliações médicas completas a cada dois anos. Mais de 13 mil participantes já forneceram dados clínicos, genéticos, metabólicos e de estilo de vida, e mais de 30 mil pessoas estão inscritas para integrar o estudo. A meta é chegar a 100 mil participantes, incluindo dados do Japão e dos Emirados Árabes Unidos, ampliando a diversidade étnica, ambiental e cultural da pesquisa.
A partir da análise das mudanças fisiológicas naturais ao longo do tempo, os cientistas conseguiram identificar desvios desses padrões e, com isso, detectar a verdadeira idade biológica de cada indivíduo — uma informação crucial para o diagnóstico precoce de doenças.
Com o gêmeo digital, já foi possível prever quais pacientes pré-diabéticos tinham maior chance de desenvolver diabetes nos dois anos seguintes e, com isso, agir preventivamente. O modelo também mostrou resultados promissores na detecção precoce de doenças como câncer de mama, endometriose e doenças inflamatórias intestinais. Além disso, os pesquisadores observam diferenças marcantes entre os sexos e testam virtualmente, caso a caso, os efeitos de mudanças na dieta ou no uso de medicamentos.
A revolução personalizada na saúde já começou — e ela tem um “gêmeo digital” que pode transformar a medicina preventiva no mundo todo.
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