ASSUNTO SÉRIO – É PRECISO SABER

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Netanyahu ignora completamente nova diretriz da união europeia

“Não iremos aceitar nenhuma determinação externa em relação às nossas fronteiras.” Esta foi a resposta do Primeiro Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a uma diretriz da União Europeia, publicada na semana passada. As novas diretrizes, que se pretende tornar obrigatórias para todos os 28 estados-membros da União Europeia, separam áreas no lado leste da Linha Verde, as quais eles, até então, consideram áreas de Israel e, a princípio, as tratam como não-israelenses. Isso significa, por ora, que todos os acordos entre a União Europeia e Israel excluirão os assentamentos e o que a União Europeia chama de “territórios ocupados na Cisjordânia.” Isso também inclui a parte mais ao leste de Jerusalém, a qual Israel considera parte integral da soberana nação judia.

A resposta de Netanyahu, ágil e com palavras pesadas, veio como uma tentativa de prevenir a adoção das novas diretrizes em um encontro da União Europeia nesta sexta. O Primeiro Ministro continua sua resposta dizendo que: “Eu esperaria que aqueles que realmente querem paz e estabilidade na região discutiriam este assunto após resolverem problemas regionais mais urgentes tais como a guerra civil na Síria e a corrida iraniana para adquirir armas nucleares.” A Autoridade Palestina (AP), por outro lado, reagiu com satisfação e chamou a União Europeia para tomar medidas ainda mais severas contra a “ocupação israelita.”

Comentário:

A resposta de Netanyahu vai direto ao ponto. A União Europeia neste caso está prejudicando o resultado das negociações de paz; negociações que a União Europeia afirma apoiar. Mas como pode ela apoiar negociações sobre fronteiras quando a sua política declara que a Linha Verde irá demarcar o que eles consideram ser a área de Israel? Isso é exatamente o que a Autoridade Palestina está lutando para alcançar, um consenso internacional de que a presença de Israel nessas áreas é ilegal. Mas isso é um assunto que deve ser objeto para negociações.

De modo a ser justo e considerar-se um mediador honesto, a União Europeia deveria tratar as empresas da Autoridade Palestina e seus interesses nestas áreas da mesma forma. Mas não há qualquer demanda por cortar as conexões ou boicotar as empresas da AP. A coisa mais sábia a fazer seria, a partir destes fatos, deixar as coisas como estão, e deixar as negociações lidarem com esses pontos.

A política da União Europeia é especialmente danosa também porque corta Jerusalém ao meio. Moradores de bairros bem estabelecidos, tais como o French Hill, Ramat Eshkol e Gilo, agora estão em risco de serem tachadas como ilegais pela União Europeia. Esses bairros são integralmente parte de Jerusalém, localizados no coração da cidade moderna. Vivendo no lado “errado” da rua, em alguns casos, será o que fará de você um violador da lei – aos olhos da União Europeia.

Ou tome o exemplo do Bank Hapoalim. É um banco de proporção nacional, que serve ao povo em Tel Aviv, Haifa e Tiberíades, assim como em Gilo. A UE proibirá negociações com o banco porque ele tem braços em uma área que potencialmente se tornará parte de um estado palestino? O que a União Europeia está fazendo aqui é um movimento político que a) é impossível de implementar; b) falta com a lógica da legalidade; e, c) destrói a base e as chances de negociações. Outrossim, é totalmente ahistórico dizer que Judeus que vivem na Jerusalém histórica estão ali ilegalmente. Em resumo, a política da União Europeia não tem nada a ver com a lógica, com os fatos ou com a justiça – tem tudo a ver com política e ideologias fundamentalmente doentias.


Fonte: Relatos de Israel [from@newsletter.livetsord.se] – 19 de julho de 2013.

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