AFINAL, O QUE É PESSACH? – RABINO KALMAN PACKOUZ

Rabino Kalman Pa


Existem cinco mitsvót (mandamentos) para o Seder de Pessach: comer matsá, relatar a história da saída do Egito, beber quatro copos de vinho Casher (ou suco de uvas), comer maror (ervas amargas) e recitar o Halel (Salmos de louvor a D’us). Na época do Templo Sagrado em Jerusalém, havia mais 16 mandamentos adicionais associados à oferenda de Pessach.

Todos os mandamentos relacionados a Pessach nos habilitam a reviver e vivenciar a liberdade que nossos antepassados experimentaram ao sair do Egito para servir o Todo-Poderoso.

A matsá é chamada de ‘lechem ani’, o pão do pobre e de ‘lechem oni’, o pão da aflição. Ela foi comida pelos Judeus nos primeiros dias após a sua salvação do Egito. Portanto, ela tem o duplo simbolismo de representar nossa aflição e nossa redenção.

Os quatro copos de vinho representam os quatro diferentes termos de redenção utilizados pela Torá ao descrever nossa saída do Egito. Vinho é uma bebida de pessoas livres! As ervas amargas simbolizam a aflição que o Povo Judeu sofreu enquanto escravos no Egito, e Halel (Salmos) são os nossos agradecimentos ao Todo-Poderoso por nossa redenção e liberdade.

Pessach é a Festa da Liberdade — nossa Liberdade Espiritual. Para isto D’us nos retirou do Egito para servi-Lo. Mas isto não seria contraditório? Qual a essência da Liberdade?

Nossa saída do Egito nos levou ao Monte Sinai e à nossa aceitação do jugo da Torá. Este é o ponto central de nossa liberdade. A Torá estabelece os limites do que é certo ou errado. Ela apresenta os meios para aperfeiçoarmos a nós e ao mundo em que vivemos, bem como define o verdadeiro significado e a satisfação que podemos ter em nossas vidas. Somente com limites uma pessoa é capaz de crescer e desenvolver-se. De outra maneira, com liberdades ilimitadas, a vida sai de controle.

Será que liberdade é a possibilidade de se fazer o que bem se quiser, sem embaraços e sem temer as consequências? Isto é libertinagem, não liberdade. James Bond tinha ‘licença para matar’, não liberdade para matar. Liberdade significa termos a possibilidade de usar nosso livre-arbítrio para crescer e nos desenvolver.

Muitas pessoas pensam que são livres ao se livrarem do ‘fardo’ da Torá. Entretanto, a menos que adquiram a sabedoria da Torá, estão vivendo constantemente sob o risco de tornarem-se ‘escravas’ de manias e modas passageiras da sociedade onde vivem. Escravidão são atos feitos sem pensar, um comportamento rotineiro, seguindo os desejos impulsivos do corpo. Nosso trabalho em Pessach é sair desta escravidão e adquirir a verdadeira Liberdade !

Durante os oito dias de Pessach somos proibidos de possuir e comer chamêts [massas fermentadas, ou seja, qualquer produto que tenha farinha em sua composição (pão, pizza, macarrão, etc.) e que não tenha sido produzido especialmente para Pessach].

Por que tanta ênfase em ficarmos livres do chamêts? Um dos motivos é que o Chamêts representa a arrogância. A única coisa que se interpõe entre nós e D’us… somos nós. Para nos aproximarmos do Criador, que é a principal satisfação da vida (e esta oportunidade se apresenta em todas as mitsvót e Festividades Judaicas), cada pessoa deve remover sua própria arrogância. Cada ato prático traz uma satisfação interna; Nós removemos o chamêts de nossos lares e precisamos, paralelamente, trabalhar sobre nossa característica de humildade.

Para entender mais sobre Pessach e obter ideias fascinantes para compartilhar no Seder, visite: Aish.com/Pesach. Mais textos em português? www.aishbrasil.com.br/new/artigo_pessach.asp, ou www.aishlatino.com/h/pes/ (em espanhol). Se o seu inglês estiver bom, leia também “All in the Seder“, “It Ain’t Over ’til it’s Passover“, The ABC’s of Passover” e “The Passover Primer – um compêndio de artigos inspiradores e intrigantes.

Mais uma dica: você já assistiu nosso divertido filme de 1 minuto chamado Passover Breaking News? Ou “Google Exodus — What if Moses had Facebook?” Valem a pena!


Pensamento: “Existem 3 níveis de discurso: 1) Elevado – Falar sobre idéias. 2) Medíocre – Falar sobre coisas. 3) Inferior – Falar sobre os outros.

Faça a sua escolha!”


RABINO KALMAN PACKOUZ – Da Aish Há Torá, é o criador do Meór Hashabat, boletim semanal com prédicas. Saiba mais.

NOTA: Desejando contribuir para o Meor Hashabat acesse o www.aishdonate.com   Emailmeor18@hotmail.com


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Dezenas de famílias não têm condições de adquirir produtos para Pessach. As duas instituições abaixo estão se esforçando muito para prover Matsá, vinho e outros produtos casher para Pessach a estas famílias carentes. São instituições muito sérias e eu também as ajudo com dinheiro. Envie sua contribuição para:

UNIÃO O JUDAICA KEH HAYREIM – BANCO ITAÚ – AG. 0064 – C/C 44.122-3

Maiores informações com o Rabino Horowitz – tel: 011-3589-9901 – CNPJ: 05.112.407/0001-24

ORGANIZAÇÃO ISRAELITA O.I.S.E.R. – BANCO BRADESCO – AG. 114-7 – C/C 79.589-5

Maiores informações com a Sra. Rebeca – tel: 011-3062-9710 – CNPJ: 45.884.426/0001-93

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