MERCADO IMPERIAL DE TIANJIN. CHINA – POR FELIPE DAIELLO

299_life_2_1Tianjin é a terceira cidade da China, com quase 10 milhões de habitantes. Por sinal, cidade que não alcança um milhão de habitantes não aparece nos mapas locais. Não há espaço físico.


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Na parte antiga da cidade, com prédios e templos do século XIV e XV, construções típicas de madeira, onde o Templo de Confúcio se destaca pelos arcos, pelos pagodes e pelos leões de proteção e orgulho, encontramos o mercado imperial procurado.

Tianjin até hoje está ligado administrativamente a Beijing; os imperadores olhavam a cidade com bons olhos.

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Tianjin é a terceira cidade da China, com quase 10 milhões de habitantes. Por sinal, cidade que não alcança um milhão de habitantes não aparece nos mapas locais. Não há espaço físico.

A política atual da China é ligar todas as grandes cidades entre si por trens rápidos. A tecnologia chinesa no setor é adiantada; como observação, o único trem que funciona por suspensão magnética, tecnologia alemã, a mais avançada, está conectando Xangai ao seu aeroporto. Nele chegamos aos 330 km/h.

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Os parques são modernos, limpos, arborizados e com jardinagem em manutenção permanente e as flores sempre encontram ocasião para mostrar as suas cores. Pelo visto a mão de obra é abundante.

Circulando entre turistas chineses – eles estão descobrindo o seu país e as suas belezas -, vamos encontrar no mercado os artesanatos típicos da região. Muitos aspectos não mudaram ao longo dos anos, o último Imperador da China, Puy, em 1924, teria visto algo semelhante quando procurou refúgio na cidade ao fugir de Beijing.

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Trabalhos no osso, na madeira e mesmo na pele típica de veado, característica da zona, surgem em formas adequadas.

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Casacos de couro, flexíveis, ultraleves, macios e dispendiosos para os padrões locais são ofertas tentadoras. Penachos executados com penas de aves reais, toque macio e agradável à visão, como símbolos de poder, estão prontos para serem colocados nas entradas das residências conforme exige a tradição chinesa.

Depois as pérolas, cultivadas nos rios, nem sempre perfeitas, aparecem na forma de joias, de colares, de brincos e de pulseiras. Com atenção pode-se selecionar artigos de razoável qualidade e preços tentadores. Dá levar presentes para toda a família e amigos. Mesmo mais imperfeitas do que as proveniências dos oceanos, as de origem lacustre, produzidas em quantidades assombrosas – uma ostra pode produzir mais de 20 pérolas -pela quantidade, pela seleção, mesmo com defeitos, são todas iguais em cada artigo. As tonalidades surpreendem pela variedade e o melhor de tudo são os preços. Há penalidades severas para os que oferecem produtos falsos ou de plástico. Não dá para resistir.

“Necessária paciência, a arte de negociar para os chineses exige certos procedimentos na obtenção do preço adequado; são as regras” – as palavras do nosso guia servem de exemplo e de orientação.

Mesmo assim consegue-se maravilhas pagando valores muito inferiores aos demandados por joalherias de renome mundial. Vale a pena para os apreciadores de pérolas. Mesmo sabendo que elas possuem vida e que com o tempo vão morrer lentamente, não resista à tentação. Comprando em quantidade obtêm-se artigos por preços dignos da tradição chinesa. Negócios da China!

Desde as antigas dinastias, a cidade já era porto importante, polo exportador de produtos chineses para o exterior.

Após a guerra do ópio, pelo Tratado de Tianjin, os ocidentais e até o Japão conseguem tratados e concessões permitindo a ocupação territorial.

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Na arquitetura, no estilo dos prédios, pela urbanização, pelas pontes, encontramos a influência francesa. Passeios pelo rio Hai nos recordam o rio Sena, em Paris.

Depois das Olimpíadas de 2008, esforço de modernização toma conta da cidade. Prédios gigantescos, jardins, parques, novos bairros estão sendo implantados. Multidão de jardineiros colocam verde por todos os lados, as árvores procedem de viveiros e chegam no local com alguns anos de vida. Roda gigante construída sobre ponte que cruza o Hai River, iluminada, junto com os novos prédios apresenta o cartão postal da cidade .

FELIPE DAIELLO – Autor de “Palavras ao Vento” e ” A Viagem dos Bichos” – Editora AGE – Saiba mais.

www.daiello.com.br

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