EXPOSIÇÕES NA UNIBES CULTURAL

Três exposições agitam a Unibes Cultural: “Rosto Haitianos”,”Liberdade de Ir e Vir” e “Mulheres de Pedra”. Confira os detalhes.


“ROSTOS HAITIANOS” MOSTRA IMIGRANTES EM SÃO PAULO

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Durante quatro meses, o fotógrafo inglês Lucca Messer, que vive há 12 anos no Brasil, voltou suas lentes para a comunidade de imigrantes haitianos que vive no bairro do Glicério, região central da Grande São Paulo. O bairro transformou-se em um ponto de encontro de haitianos, devido ao isolamento cultural que sofrem no dia a dia.

“A proposta é debater a imigração e dar visibilidade aos novos grupos de imigrantes na cidade”, explica Messer.

O projeto foi produzido pelo haitiano Ocarl Joseph, que frequenta o bairro do Glicério, e conta com a colaboração de professores da Universidade de São Paulo (USP) especializados no tema de imigração, urbanismo e direitos humanos.

O fotógrafo

Lucca Messer, 25, é fotógrafo e diretor de filmes há seis anos. Filho de mãe brasileira e de pai inglês, começou fotografando com 16 anos enquanto morava no sul da Inglaterra. Após se formar na Arts University College Bournemouth, Lucca foi assistente de diversos fotógrafos na Europa até decidir vir ao Brasil com o intuito de desenvolver projetos culturais retratando o povo Brasileiro.

Em 2016, lançou sua plataforma educacional através do audiovisual OUTOYOU que pretende democratizar as produções de fotografia e filmes para pessoas de regiões periféricas.

Até 28 de fevereiro.


“LIBERDADE DE IR E VIR”

306_fique_3_2Exposição com os TOP 10 melhores cartazes sobre Direitos Humanos do concurso promovido pela ONG francesa Poster 4 Tomorrow. Este ano o tema “liberdade de ir e vir” aborda a questão dos refugiados.

Ruth Klotzel

Designer e curadora de exposições, mestre pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Foi professora da FAAP e do Senac-SP por 12 anos.

Foi uma das fundadoras da ADG/Brasil em 1989, vice-presidente do Icograda em duas gestões (2003-2005 e 2005-2007), palestrante e jurada em diversos eventos no Brasil e exterior, entre eles a BIO, Bienal de Design da Eslovênia e 4Th Block, Trienal de eco-poster design da Ucrânia.

Foi curadora do Concurso de Identidade Visual do Prêmio Museu da Casa Brasileira, em São Paulo, Brasil, nos anos 2004, 2005, 2006, e de inúmeras exposições de arte e design visual no Brasil (São Paulo, Curitiba, Brasília, Rio de Janeiro e Salvador).

É sócio-diretora do Estúdio Infinito, membro do conselho editorial da Revista communication design, editada pelo International Council of Design e membro da Presidência da BID – Bienal Iberoamericana de design desde 2007.

Até 31 de março.


“MULHERES DE PEDRA”

306_fique_3_3Fotógrafo apresenta a dura realidade das Mulheres de Pedra, trabalhadoras dos municípios de Itatim e Itaetê (BA)

O fotógrafo e jornalista Alexandre Augusto passou os últimos dois anos convivendo com as trabalhadoras de Itatim e Itaetê, municípios da Chapada Diamantina, que, para sustentarem suas casas, quebram blocos de pedras gigantes em troca de R$ 55 a cada mil paralelepípedos talhados.

A exposição Mulheres de Pedra é fruto dessa intimidade, que apresenta mais do que a realidade das mulheres cortadoras de pedra. Coloca-nos diante de algo que não está apenas nas pedreiras, está na grandeza do feminino.

São 22 fotos em cor – 3 em formato de painel 2,5 X 1,6 m e algumas em formato de caixas – de cidadãs unidas por um sentimento: dignidade. Octogenárias como Dona Umbelina, que posou para a câmera, herdou o ofício dos pais, e o seu semblante é pura altivez. Os homens, que exercem o trabalho braçal de carregar as rochas nas pedreiras da região, também estão lá.

Alexandre Augusto

Em seu primeiro projeto como fotógrafo profissional, ele se lançou com a bagagem de quem escreveu a biografia do sambista carioca Moreira da Silva (“O Último dos Malandros”, Editora Record, 1996) e produziu uma série de reportagens durante os cinco anos que viveu em Angola. O interesse pelas lentes se aprofundou quando morou em Londres, onde comprou equipamentos e frequentou vários cursos. Admirador de Pierre Verger e Sebastião Salgado, prefere não rotular seu estilo e diz que o mais importante é saber contar histórias.

Visitação de segunda a sábado, das 10h às 19h.

Até 10 de março.


UNIBES CULTURAL

Rua Oscar Freire, 2.500 (ao lado da estação Sumaré do Metrô) | Sumaré | São Paulo – Telefone: (11) 3065- 4333 | www.unibescultural.org.br

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