ELEIÇÕES, A FESTA DA HIPOCRISIA – POR MAURO WAINSTOCK

Já passou a hora de o gigante adormecido não apenas sonhar, mas exigir o mínimo de ordem

e obter o máximo de progresso.

O Brasil do futuro vai enfrentar novamente as urnas.

Que país é este em que o dever compulsório do voto se sobrepõe ao pseudo “direito” do cidadão de decidir se quer ou não participar do pleito?

Que democracia é esta em que existe o chamado “coeficiente eleitoral”, que faz com que aqueles que conquistam mais votos não sejam necessariamente os eleitos?

Que liberdade de opção nós temos se o programa eleitoral gratuito é… pago pelo contribuinte e obrigatório?

Que estrutura política é esta que não permite escolhas conscientes, já que os 35 partidos se aliam nos mais variados lugares, e pelos mais diferentes motivos, menos os ideológicos?

Que eleições são estas em que, ao mesmo tempo em que mobilizam a esperança, incentivam o medo?

Que candidatos são estes que, na TV, têm a enorme capacidade de construir um país perfeito, mas, quando eleitos, se notabilizam pela inigualável competência de frustrar todas as expectativas?

Já passou a hora de o gigante adormecido não apenas sonhar, mas exigir o mínimo de ordem e obter o máximo de progresso. E que brilhe o céu da Pátria a todo instante!

Mauro Wainstock é Jornalista

Publicado no Estadão

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