POBREZA

BORBOLETA

A pobreza não é carência de coisas: é um estado de ânimo. Não são ricos os que têm tudo em abundância.


Dia desses alguém se encontrou com um indivíduo e, olhando-o, falou: Pobre homem rico.

Estranho! Afinal, é rico ou pobre? – Perguntou alguém que passava, no momento.

A resposta veio nos seguintes termos: O pobre homem rico é aquele que é dono de várias fazendas, de bônus, ações de várias companhias e uma grande conta corrente no banco mas é avarento. É pobre porque sua mente é a essência da pobreza. Porque sempre tem medo de gastar alguns centavos. Suspeita de todo mundo. Preocupa-se com tudo o que tem e que lhe parece pouco.

A pobreza não é carência de coisas: é um estado de ânimo. Não são ricos os que têm tudo em abundância. Só se é rico quando o dinheiro não nos preocupa. Se temos dois reais e não nos lamentamos por não ter mais, somos mais ricos do que aquele que tem dois milhões e não pode dormir porque não tem quatro.

Pobreza não é carência: é a pressão da carência. A pobreza está na mente, não no bolso.

O pobre homem rico se angustia pela conta do supermercado que é muito alta. Também porque consome eletricidade, gás e gasolina. Sempre está procurando o modo de diminuir o salário dos empregados. Dói quando sua mulher lhe pede dinheiro. Angustia-se pelo gasto de seus filhos. Os pedidos de aumento de salário de seus empregados lhe ardem mais do que ácido que lhe fosse colocado sobre a pele.

Enfim, ele tem os sintomas da pobreza.

Em verdade, a finalidade do dinheiro é proporcionar comodidade, afastar temores, permitir uma vida de liberdade espiritual. Se não desfrutamos dessas vantagens, não importando quanto tenhamos, somos como o pobre homem rico.

Mas, se podemos experimentar essa sensação de liberdade, essa confiança no amanhã, essa ideia de abundância que se diz que o dinheiro proporciona, seremos ricos, mesmo sendo pobres.

Se desejamos ser ricos, sejamos. É mais fácil do que se fazer rico.

O dinheiro em si mesmo não significa nada. Seu verdadeiro valor está no que com ele possamos realizar em favor dos outros e de nós mesmos. Essa é a autêntica finalidade do dinheiro.

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Se pensamos muito em dinheiro, ali estará o nosso tesouro.

Se os nossos pensamentos estão no amor, ali também estará o nosso tesouro.

Se valorizamos a tônica do dinheiro, nossos valores são materiais.

Se nossos pensamentos são nobres e altruístas, se pensamos e nos ocupamos em amar, o nosso tesouro não acabará com as crises econômicas, nem com as desvalorizações. Isso porque o espiritual não acaba nunca.

Enriqueçamo-nos com as coisas imperecíveis. Seremos então ricos, fortes e nossas riquezas estarão sempre conosco.


FONTE: Redação do Momento Espírita, com base no cap. Onde está o teu tesouro, de Helen Hernández e no cap. Pobreza, de Frank Crane, do livro Um presente muito especial, de Roger Patrón Lujan, ed. Aquariana.