OS BENEFÍCIOS DE UMA DIETA ANTI-INFLAMATÓRIA – DRA. WHINSY ANDERSON
Uma das primeiras coisas que você deve fazer para reduzir a inflamação crônica é remover da sua dieta alimentos considerados como causadores de inflamação.
D’us disse: “Eu dei a vocês todas as sementes curativas que há na face da terra, e toda árvore com frutos; este será seu alimento.
(Bereshit 1:29)
Um dos problemas mais comuns que encontro com pacientes envolve o tratamento da dor crônica. As dores do dia a dia, que às vezes tornam a vida insuportável. Muitas pessoas sentem que tomar remédios para a dor não é a solução, e em vez disso procuram remédios naturais.
O que causa a dor
Uma das causas mais comuns da dor é a inflamação crônica, que pode ser descrita como uma condição na qual nossos tecidos se tornam irritados devido a ferimento ou infecção. Os sintomas da inflamação incluem dor, inchaço, vermelhidão, calor, rigidez e/ou limitação dos movimentos. Há várias condições que podem causar inflamação crônica, incluindo as autoimunes, como doença de Crohn e artrite reumatóide. A inflamação crônica também tem sido considerada como fator que contribui para condições como Mal de Alzheimer e alguns tipos de doenças cardíacas.
Evite Alimentos que Causam Inflamação
Uma das primeiras coisas que você deve fazer para reduzir a inflamação crônica é remover da sua dieta alimentos considerados como causadores de inflamação. Os alimentos mais inflamatórios são aqueles com o risco mais alto de sensibilidade e alergia. Os alimentos pro-inflamatórios e alérgicos mais comuns são os seguintes:
1 – Leite e todos os produtos à base de laticínios: iogurte, queijo, manteiga etc.) que não somente contêm lactose, um açúcar que muitas pessoas não conseguem digerir, como uma substância chamada caseína. A caseína é uma proteína encontrada em laticínios, e pode ser pró-inflamatória em muitas pessoas.
2 – Trigo e todos os produtos à base de trigo (massas, pão, biscoitos, bolo etc.) podem ser muito inflamatórios para muitas pessoas. Isso é porque muitas pessoas são sensíveis a produtos que contêm glúten. Se você não foi testado para sensibilidade ou alergia a glúten, tente não consumir produtos à base de trigo por 6 a 8 semanas e depois introduza-os novamente no cardápio. Se você se sentir melhor sem produtos à base de trigo e pior com eles, este pode ser um sinal de sensibilidade ao glúten (saiba que hoje há muitos produtos casher disponíveis no mercado que não possuem glúten).
3 – Ovos, que também podem ser encontrados em bolos, molhos, e muitos produtos assados. Algumas pessoas são alérgicas à clara do ovo, à gema, ou ambas. Se você não foi testado por sensibilidade a alimentos, tente abrir mão dessa comida por 6 a 8 semanas e depois reintroduza-a para ver se há uma reação.
4 – Carne que não é orgânica mas anunciada como alimentada a milho ou vegetariana. Se você está procurando carne orgânica casher, ela existe, e pode ser encontrada em algumas lojas de alimentos saudáveis – tente primeiro encontrar online, ou vá até sua loja de produtos de saúde para descobrir se eles podem começar a vender. O motivo pelo qual a carne inorgânica é pró-inflamatória é porque contém altas quantidades de uma substância chamada ácido araquidônico. É uma substância encontrada em nossas células que inicia algo chamado de PGE2. Este é o processo pelo qual uma célula inicia a inflamação. Assim, acredita-se que ácido araquidônico demais na dieta pode desencadear inflamação.
5 – Todos os alimentos processados que contêm xarope de milho e açúcar, como doces e refrigerantes, e carnes processadas e curadas, como cachorro quente e salsichas.
6 – Vegetais doce-amargos, o que inclui batatas, tomates e berinjelas. Esses alimentos contêm uma substância chamada solamina, que é considerada causadora de dor e inflamação em algumas pessoas.
7 – Alguns podem também ser sensíveis a frutas cítricas como laranjas, e frutas tropicais como mamões, mangas e abacaxis.
O que posso comer numa dieta anti-inflamatória?
1 – Tente comer frutas e vegetais cultivados localmente, que sejam orgânicos e da estação. Você pode procurar produtos oferecidos por fazendeiros locais, onde os produtos geralmente são mais frescos.
2 – Coma carne de vez em quando, e sempre que possível escolha carne orgânica. Muitas empresas estão agora produzindo carne casher orgânica. Frango, peru e peixe são as melhores.
3 – Tente comer peixe de água fria e peixes menores. Eles tendem a conter menor quantidade de mercúrio e as quantidades mais altas de ômega-3, que tem benefícios anti-inflamatórios.
4 – Adicione temperos que diminuem a inflamação, como açafrão. Outros temperos que diminuem a inflamação são gengibre e alecrim.
5 – Comece a incorporar feijão orgânico integral e cereais integrais em sua diera. Há também muitos cozidos e sopas deliciosas que você pode começar a experimentar, que usam muitos cereais que talvez você não conheça. São eles: quinua, arroz marrom, cevada. Grãos e feijões integrais também nos oferecem uma grande variedade de nutrientes e fibras. A fibra tem o benefício extra de ajudar na digestão saudável. A fibra também pode ajudar a diminuir o colesterol.
6 – Tente escolher óleos prensados a frio, como o de oliva. Esses óleos são menos processados e, ao contrário da margarina, não ficam sólidos à temperatura ambiente. São menos inflamatórios que os óleos hidrogenados, como margarina, e melhores para a saúde do coração.
Embora algumas das mudanças possam ser difíceis de incorporar em sua dieta a princípio, você verá que podem ajudar a reduzir inflamação e dor crônica, e podem ajudar a melhorar a saúde em geral. Como toda sugestão que recomendamos neste site, consulte seu médico para ver se essas mudanças dietéticas são corretas para você.
DRA WHIMSY ANDERSON é uma médica naturopata formada na Califórnia. Seu trabalho inclui extensa pesquisa sobre adaptação humana, e sobre o papel desempenhado pela ancestralidade e meio ambiente para determinar excelente saúde e dieta. Além de seu consultório particular, a Dra. Anderson também trabalha como consultora na Farmácia Fármaco-Integrativa em Brentwood. Site: www.doctorwhimsy.com
Fonte: PT.CHABAD.ORG – Revista Semanal