O PODER DE UMA CHANUKIÁ – RABINO ILAN STIEFELMANN

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214_HR_4.2Conta-se que logo após o final da 2a Guerra Mundial o general norte-americano H. Winegar liderou um grupo que foi para a Europa. Certa noite, ao caminhar absorto em seus pensamentos, ele percebeu um vulto atravessando a rua; instintivamente ele correu atrás e descobriu que se tratava de um menino pequeno correndo com um saco na mão. O general parou a criança que, assustada, começou a tremer de medo. Procurando acalmá-la ele conseguiu entabular uma conversa e descobriu que era um menino judeu chamado David. Esse menino vivia escondido e quando saía de seu esconderijo, corria na maior velocidade que possível. A razão disso era porque os nazistas mataram o seu pai e pegaram a sua mãe diante dele, deixando-o sozinho no mundo. O único objeto que restou de seu lar foi uma linda Chanukiá, que havia sido passada de geração em geração, e assim, aonde quer que ele fosse, carregava dentro de um saco a sua querida Chanukiá.

O general Winegar também era judeu. Tendo testemunhado os sofrimentos que os seus irmãos passaram, teve compaixão desse pobre menino e tomou a decisão de adotá-lo. E assim David foi trazido aos Estados Unidos e criado na casa do general Winegar. Todo ano, quando a Festa de Chanucá chegava, eles acendiam juntos a bela Chanukiá de David na janela da casa. Para David esses eram os momentos mais alegres e ao mesmo tempo tristes do ano.

O tempo foi passando e David contou a sua epopeia a um dos seus novos amigos. O pai dele, curador de um museu, ao ouvir sobre a Chanukiá antiga que David havia trazido para a América, ofereceu uma elevada soma de dinheiro por ela. Mas David nem pensou muito na proposta, recusando-se terminantemente a se separar do seu querido elo com o lar e a família de outrora, a única conexão que sobrou do seu passado.

Certa noite, durante Chanucá, alguém bateu na porta. O general foi atender e viu que lá fora havia uma senhora judia que lhe era desconhecida. Ela parecia perturbada pois perguntou afobada, nem bem a porta foi aberta: “De quem é essa Chanukiá tão bonita que está na janela? Ela tem uma luz tão especial, aonde foi comprada?”

O general explicou por alto que ela pertencia a um garoto que viera da Europa.

A mulher respondeu: “Ela me parece muito familiar, lembra a Chanukiá da minha família, uma peça antiquíssima que foi passada de herança por várias gerações, há mais de 200 anos…”

Poucos minutos depois David chorava de emoção nos braços de sua mãe… graças à sua inseparável Chanukiá!


Fonte: Lubavitch Copacabana [Newsletter@LubavitchCopacabana.org]

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