SUCESSO NO CASAMENTO‏

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“O amor verdadeiro é uma emoção que se intensifica no decorrer da vida. São os atos pequenos, do cotidiano, a proximidade, que fazem o amor florescer. É partilhar, cuidar e respeitar um ao outro. É construírem juntos uma vida, uma família e um lar”.


Uma jovem solteira estava discutindo com o Rebe alguns pretendentes que lhe tinham sido sugeridos, e explicou que nenhum deles a atraía.

O Rebe achou graça. “Você tem lido muitos romances” – disse ele. “O amor não é a emoção arrebatadora e ofuscante que vemos no mundo da ficção. O amor verdadeiro é uma emoção que se intensifica no decorrer da vida. São os atos pequenos, do cotidiano, a proximidade, que fazem o amor florescer. É partilhar, cuidar e respeitar um ao outro. É construírem juntos uma vida, uma família e um lar. Quando duas vidas se juntam para formar uma, com o tempo, há um determinado ponto no qual cada parceiro sente-se como parte do outro, onde cada parceiro não consegue mais visualizar a vida sem o outro a seu lado.”

Na verdade, alguém sabe realmente o que é o amor?

O amor é o componente isolado mais necessário na vida humana. É tanto dar quanto receber; permite-nos sentir outra pessoa e deixar que aquela pessoa nos sinta. Muitas vezes olhamos o amor de maneira egoísta, como algo que queremos e precisamos; porém o verdadeiro amor, como faz parte de nosso relacionamento com D’us, é altruísta.

Um de nossos princípios espirituais mais básicos é “Ama teu próximo como a ti mesmo”. Como isso pode ser possível – não amamos a nós próprios mais que qualquer outra coisa? A resposta está no fato de que o amor verdadeiro, altruísta, não brota do corpo, mas da alma. Ao nível da alma, é possível realmente partilhar-se com outra pessoa. Para chegar ao amor altruísta, você deve primeiro amar a si mesmo, para criar harmonia entre seu corpo e sua alma.

A diferença entre amor egoísta e amor altruísta
Os dois tipos de amor são diametralmente opostos. O amor egoísta é condicional; você simplesmente quer que suas necessidades sejam satisfeitas, e se a pessoa que você escolheu não serve a sua necessidades, você rejeita aquela pessoa e procura em outra parte. Embora ele posas parecer lindo por algum tempo, este tipo de amor está propenso a ser fugidio. Quando a pessoa que você ama quer ajuda, talvez você a forneça. Mas quando o preço se torna muito alto, se você sentir que está dando mais do que recebe, você simplesmente deixa de amar. Afinal, há mais desconforto do que aquilo que você deseja tolerar por outra pessoa.

O amor altruísta, porém, significa elevar-se acima de suas necessidades. Significa sair de si mesmo, conectando-se realmente com a alma de outra pessoa e, portanto, com D’us. Num amor assim altruísta não há condições; quando D’us é o foco de nosso amor, não redefinimos constantemente nossos desejos e necessidades.

Como se pode chegar ao amor altruísta?
Para conseguir o amor altruísta, primeiro você deve amar a si mesmo, a criar harmonia entre seu corpo e sua alma. Isso significa entender quem você realmente é, para que foi colocado neste mundo. Se está em conflito consigo mesmo, como pode esperar conseguir um amor confortável com outra pessoa?

Se você não encontrar uma maneira de amar a D’us, de amar o D’us que habita sua alma, você estará numa constante busca pelo amor. Muitas vezes voltamo-nos para formas não sadias de amor para repor esta carência de amor interior.

O que faz um casamento ser bem-sucedido?
A chave para o sucesso de um casamento é valorizar sua natureza sagrada. Quando marido e mulher introduzem D’us em seu relacionamento, eles tornam-se um, com um vínculo invisível que torna sua unidade, seu casamento, muito maior que a soma de suas partes.

Duas pessoas podem amar e cuidar-se mutuamente, mas sem partilharem um objetivo elevado, nada têm para conectá-los eternamente. Esta conexão é necessária, pois, além de serem dois estranhos com diferentes personalidades e tipo de educação, um homem e uma mulher diferem biológica, emocional e psicologicamente, e passarão por muitas transições durante a vida.

Confiança no casamento
Um casamento bem-sucedido deve incluir confiança. A confiança não vem da noite para o dia; leva anos para construir. Porém, uma vez que esteja estabelecida, serve como um sólido alicerce que apoiará o casamento durante qualquer crise.

A confiança não vem de um comportamento perfeito; vem da responsabilidade. Não se espera que alguém seja perfeito, mas pode-se esperar que seja responsável, que reconheça um erro. Confiança significa que você demonstrou que seu cônjuge pode depender de você, que você tem integridade para agir corretamente mesmo quando ninguém, exceto D’us, está assistindo.

Dedique tempo para atividades espirituais com a pessoa que você ama – estudarem juntos, rezarem lado a lado. Reserve tempo uma vez por semana para discutir os caminhos emocionais e espirituais que vocês trilham. Partilhem suas metas, suas visões – suas aspirações. Certifique-se de separar tempo não somente para discutir assuntos monetários e domésticos, mas também os etéreos e eternos.

O compromisso se baseia numa visão mútua. Porém, às vezes são as pequenas coisas que importam, que provam a seu cônjuge que você se interessa. Fazer compras. Limpar a casa. Oferecer-se para ajudar quando seu cônjuge tem as mãos cheias. Quando um dos dois viaja, deveria trazer uma lembrancinha para o outro. Mesmo quando você está trabalhando em algo independente de sua casa ou casamento, deveria tentar envolver seu cônjuge como um constante parceiro em sua vida.

O elemento chave e fundamental para se conseguir um casamento amoroso é cultivar a paz em casa, aprendendo a comunicar-se e lidar com as variáveis que surgem em todo casamento. Aprender como contornar uma discussão, como se reconciliar, como agir quando as coisas não vão bem. Acima de tudo, uma união amorosa é: Sempre que um dos dois estiver com um problema, o outro deveria lembrar-se que eles são duas metades da mesma alma.

Não se importar com seu cônjuge é o mesmo que negligenciar a si mesmo, ou negligenciar a D’us.


Fonte: www.pt.chabad.org