PESSACH – O QUE É PRECISO SABER – RABINO KALMAN PACKOUZ

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Possamos nós, neste Pessach, nos livrarmos de qualquer traço de arrogância em nossos comportamentos e relacionamentos. Possamos também nos libertar da ‘má boca’ e nos livrarmos da ‘boca solta’, onde muito de comida e bebida erradas adentram e muitas palavras inapropriadas escorregam para fora.


O primeiro Seder de Pessach será na noite de sexta-feira, 3 de abril.

Pessach é um dos pontos altos do calendário judaico. Ele nos ajuda a recarregar as nossas ‘baterias espirituais’ para o restante do semestre – até Rosh Hashaná, pelo menos. Como podemos tirar vantagem desta ‘hidrelétrica espiritual’? Lendo e nos informando ao máximo sobre os detalhes e tradições desta bela festividade. Além da leitura do Meór HaShabat, recomendo-lhes a nossa espetacular homepage (em inglês): www.aish.com/passover ou em espanhol: http://www.aishlatino.com/h/pes/. Clique e saiba mais sobre assuntos como o Seder, a Hagadá, as Leis de Pessach, culinária, histórias infantis e muito mais!

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Muitos leitores me (se) perguntam: “Por que, em pleno século 21, temos que parar de comer Hamêts (praticamente todo produto feito de trigo, cevada, centeio, aveia ou espelta, não produzido especialmente para Pessach) durante Pessach nem tê-lo em nossas propriedades? Por que na noite anterior a Pessach procedemos a uma rigorosa procura pelo Hamêts em casa?”

Uma das respostas a esta excelente pergunta refere-se a algo que existe em todas as gerações e que resiste ao passar dos séculos. Nossos Sábios nos ensinam que o Hamêts representa a arrogância – uma das piores características humanas. Pessach é um período de nosso calendário em que nos dedicamos a nos livrar desta ‘virtude’.

Pessach é tempo de liberdade – liberdade espiritual – e é a essência do por que o Todo Poderoso nos tirou do Egito. Como mencionei anteriormente, a única coisa que se interpõe entre nós e D’us … somos nós. Para se aproximar do Todo Poderoso, que é a meta e a essência de nossas vidas (e esta oportunidade se apresenta ao cumprirmos cada Mitsvá e/ou Festividade religiosa), cada um precisa remover sua própria arrogância. Esta é a lição que aprendemos ao remover o Hamêts de nossas posses.

Liberdade significa possuirmos a capacidade de usar nosso livre-arbítrio para crescer e nos desenvolvermos. Muitas pessoas pensam que são livres, quando na verdade são ‘escravas’ das novidades e modismos da sociedade. Escravidão é tomar uma atitude não pensada, seguindo os desejos e impulsos do corpo. Nosso trabalho em Pessach é sairmos desta escravidão para a verdadeira liberdade.

Uma das liberdades a serem trabalhadas durante Pessach é a ‘liberdade da boca (ou seja, da fala)’. Nossos sábios encaram a boca como um das partes mais perigosas do corpo. É o único órgão que pode causar problemas em ambas as direções – no que entra (comida e bebida) e no que sai (a conversa). De tão perigoso, é o único órgão humano que tem duas ‘trancas’: os dentes e os lábios. Alguns de nós são escravos de suas bocas, tanto no que comem quanto sobre o que falam.

Na noite do Seder corrigimos estes problemas. Temos a mitsvá de relatar a saída do Povo Judeu do Egito (para refinar nossas conversas) e a mitsvá de comer Matsá e beber 4 copos de vinho (para enobrecer o que comemos e bebemos).

A estrutura da língua hebraica, por si só, sinaliza na direção da ‘Liberdade da Boca’. A palavra Pessach pode ser dividida em duas: Peh e Sach, que significa ‘boca falando’ – nós temos a obrigação de contar sobre o Êxodo do Egito durante toda a noite. A palavra hebraica Paró (o Faraó, que era o perseguidor dos Judeus na história de Pessach) pode ser dividida em duas: Pé e Ráh, uma ‘má boca’. Nossa aflição durante a escravidão no Egito era caracterizada como Pérach (trabalho duro), que pode ser lido em 2 palavras: Pé e Rach, uma ‘boca solta’, sem responsabilidade com o que fala.

Possamos nós, neste Pessach, nos livrarmos de qualquer traço de arrogância em nossos comportamentos e relacionamentos. Possamos também nos libertar da ‘má boca’ e nos livrarmos da ‘boca solta’, onde muito de comida e bebida erradas adentram e muitas palavras inapropriadas escorregam para fora.


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Dezenas de famílias não têm condições de adquirir produtos para Pessach. As duas instituições abaixo estão se esforçando muito para prover Matsá, vinho e outros produtos casher para Pessach a estas famílias carentes. São instituições muito sérias e eu também as ajudo com dinheiro. Envie sua contribuição para:

UNIÃO O JUDAICA KEH HAYREIM – BANCO ITAÚ – AG. 0064 – C/C 44.122-3

Maiores informações com o Rabino Horowitz – tel: 011-3589-9901 – CNPJ: 05.112.407/0001-24

ORGANIZAÇÃO ISRAELITA O.I.S.E.R. – BANCO BRADESCO – AG. 114-7 – C/C 79.589-5

Maiores informações com a Sra. Rebeca – tel: 011-3062-9710 – CNPJ: 45.884.426/0001-93

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Pensamento:“Sempre e nunca são duas palavras que devemos sempre lembrar de nunca usar !”


RABINO KALMAN PACKOUZ – Do Aish Hatorá, é o criador do Meór Hashabat, boletim semanal com prédicas. Saiba mais.

NOTA:- Desejando contribuir para o Meor Hashabat acesse o www.aishdonate.com – Email – meor18@hotmail.com

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