CURATIVOS ELÉTRICOS ACELERAM CICATRIZAÇÃO

242_medicina_3_1A ideia agora é desenvolver curativos que já possam receber diretamente as correntes elétricas e conduzi-las aos ferimentos.


Terapias elétricas

Há cerca de um século, havia uma série de tratamentos e toda uma indústria de equipamentos de “terapias elétricas”, que davam choques nos pacientes com as mais diversas finalidades. Os exageros e a falta de critério levaram ao descrédito dessas terapias e ao banimento desses equipamentos.

Aos poucos, porém, a estimulação elétrica volta à agenda dos médicos e aos hospitais – hoje a aplicação de pequenos choques elétricos já é utilizada em tratamentos experimentais contra Alzheimer, contra a obesidade e como uma alternativa aos problemáticos antidepressivos. Já se sabia também que a aplicação de pequenas correntes elétricas acelera a cicatrização de feridas, mas agora ficou claro que a técnica é mais eficaz do que se acreditava.

Pulsos elétricos contra ferimentos

Pesquisadores da Universidade de Manchester (Reino Unido) realizaram um estudo de cicatrização de ferimentos em 40 voluntários. Cada voluntário recebeu um ferimento de meio centímetro em cada braço. Um dos ferimentos foi deixado para curar normalmente, enquanto o outro foi tratado com impulsos elétricos durante um período de duas semanas. Os pulsos elétricos estimularam o processo através do qual novos vasos sanguíneos se formam – conhecido como angiogênese – aumentando o fluxo sanguíneo para a área ferida e resultando em uma cicatrização significativamente mais rápida.

Curativos elétricos

A ideia agora é desenvolver curativos que já possam receber diretamente as correntes elétricas e conduzi-las aos ferimentos.

“Quando usadas em feridas agudas e crônicas, as ataduras são essencialmente apenas uma cobertura. Com esta tecnologia, esperamos que os curativos sejam capazes de dar uma contribuição funcional significativa para curar as feridas e levar o paciente de volta à saúde integral o mais rapidamente possível,” disse Ardeshir Bayat, coordenador do estudo, cujos resultados foram publicados na revista científica PLOS ONE.

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Fonte: www.diariodasaude.com.br – Imagem: University of Manchester

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