CONVERSANDO COM O DR. LUIZ CUSCHNIR

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Em forma de perguntas e respostas, este espaço é dedicado especialmente para você tirar suas dúvidas com o psiquiatra e psicoterapeuta, tendo sua identidade preservada.


PERGUNTA – Preciso de ajuda… na verdade tirar uma dúvida. Tem um cara que me conheceu no Face (amigo, de amigo, de amigo…) e depois de algumas conversas, passei meu telefone prá ele (isso vai fazer… sei lá…uns 2 meses). Ele me manda mensagem TODO DIA! (sério)! Coisas do tipo “ah, você é linda, gosto de você, você é especial”, mas não me liga (nunca me ligou) e nem me convida prá sair. Às vezes que perguntei porque ele não me chama prá sair ele diz que tá sem grana e blá, blá, blá…. sem trabalho fixo… Na boa… que é eu faço?? Mando ele prá pqp! Acredito nele e fico esperando chegar e recebendo DIARIAMENTE suas mensagens? Aguardo retorno. Obrigada!

Ah…tenho 24 anos e esse rapaz provavelmente uns 27.

DR. LUIZ – F., cuidado…com o que você está construindo e com o risco de ser tudo completamente falso da parte dele. Você deve estar só, sem um relacionamento mais importante e que te preencha e se liga em um tipo de contato que pode ser completamente sem sentido. Veja porque você está fazendo isso. Se ele não tem condições de sair, não dá para alimentar nada com ele, certo?! Se ele não consegue ir em um parque (aliás, onde você mora?) ou num Shopping tomar um café, não terá condições para seguir um relacionamento. Você precisa descobrir coisas de si mesma e como pode construir uma vida melhor que vai ser muito bom. Abraços.


 

PERGUNTA – Dr. Tenho uma dúvida super importante e sua opinião seria MUITO IMPORTANTE. Estou trabalhando numa escola, trabalho no administrativo. Tenho 29, estou naquela de troca de olhares com uma guria de 15 que faz 16. Conversamos, brincamos um com outro, ela passa na frente do meu setor fica olhando, ela dá tchau quando passa na frente do meus setor bem na frente das colegas dela. Estou gostando dela e quero manter contato com ela, mas pela diferença de idade tenho receio,quero conhecer ela, conversar. Eu tinha prometido um presente para ela de final de ano. Ela vem todo dia, bem faceira me cobrar e eu não trouxe. Pretendo dar algo, tipo uns bombons e um brinde do time dela… não quero me aproveitar dela, levando para a cama, mas beijar sinto vontade. Mas também quero continuar conversando com ela. Não acho certo maltratar a guria. Ela é bacana, o que faço ???

DR. LUIZ – M., obrigado pela confiança dos teus sentimentos. Vou te oferecer a minha visão, então. Você trabalha em um ambiente onde há pessoas um pouco mais jovens que você mas bem mais imaturas provavelmente. A diferença de idade de vocês dois em anos pode até não ser tão grande, se falarmos em termos de números mas é bastante provável que ela ainda seja uma pessoa muito inexperiente e tomada por fantasias que correspondem ao momento de vida dela. Também a maneira que ela se apresenta a você, está em consonância com as atitudes e se coloca assim para conquistar o que ela sente por você. Mas uma coisa é inevitável: ela não tem atua experiência de vida e não pode separar o que é adequado ou não como você consegue.

Agora do teu lado: você não deve estar apaixonado por ninguém mais adulto que ela. Ela deve estar preenchendo um lugar de amor que você deseja e não tem conseguido. Quem sabe experiências anteriores tuas te frustraram e hoje, uma relação como a que você imagina com ela te preencheria, atenderia esses desejos como beijá-la e abraçá-la, como se estivessem somente namorando. Primeiro você tem que saber que não ficará somente nisso. Pode ser uma ideia inicial mas seguirá para mais adiante e o envolvimento será maior do que você está imaginando. Ao se engane e perceba que a tua carência é que está deixando isso acontecer o que pode levar a conseqüências desastrosas para os dois. Você com a vida que quer construir, com tua atuação profissional e um possível risco de ser processado judicialmente. Para ela, um apego importante nessa fase de vida pode desviar completamente de um caminho mais adequado para o desenvolvimento da vida dela.Procure uma terapia onde você possa também se desenvolver melhor quanto a tua vida emocional.

Um abraço, Luiz


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