ROSH HASHANÁ ESTÁ CHEGANDO. POR QUE D’US NOS JULGA?– RABINO KALMAN PACKOUZ

Rabino Kalman Pa

A vida é um negócio sério. Toda ação tem sua consequência. Se D’us não nos julgasse, não haveria justiça no mundo.


COMO EQUILIBRAR AS NOSSAS VIDAS

Ao preparar estas edições do Meór HaShabat para antes de Rosh HaShaná, lembrei-me de uma história que meu amigo, Sunny Goldstein, contou-me.

Ele encontrou um jovem vestindo um chapéu típico das seitas do Extremo Oriente. Conversaram e o jovem apresentou-se com um nome em Sânscrito com 15 letras. Perguntou-lhe se era casado e o jovem respondeu: “Não, mas eles vão escolher uma esposa para mim em breve!” . Sunny perguntou-lhe de onde ele era, de onde seus pais vinham e seu nome anterior. O jovem vinha de uma pequena cidade na Pensilvânia, seu pai era alfaiate, a mãe, costureira, e seu nome anterior era obviamente judaico.

Sunny então perguntou: “Por que você se afastou de sua herança espiritual e como se envolveu com este estilo de vida atual?” O jovem respondeu: “Meus pais me obrigavam a ir à sinagoga e usar Kipá (solidéu). Estavam sempre trabalhando e nunca em casa. Eu me juntei a este grupo enquanto estudava na faculdade. Não estou certo?”

Sunny lhe respondeu: “Pense comigo, meu amigo: se seu pai lhe dissesse para se casar com uma moça dentro da Comunidade, você teria protestado, alegando que ele estava controlando a sua vida, mas agora você concorda que eles escolham uma esposa para você. Você se opôs quando seu pai lhe pediu para usar Kipá, mas deixou a sua nova religião escolher o seu chapéu e as suas roupas. Você está bravo com seus pais por não terem estado em casa com você, mas não fez nenhuma objeção ao fato de eles trabalharem 14 horas por dia para que pudesse frequentar uma faculdade. Por que, meu amigo, você não foi à alfaiataria de seus pais para ajudá-los depois da escola, para que não precisassem trabalhar 14 horas por dia e pudessem chegar em casa mais cedo?” O rapaz até agora não respondeu.

O que podemos aprender desta história? Creio que uma das coisas é que, em algum ponto de nossas vidas, precisamos parar de culpar os nossos pais, professores e a sociedade e tomar responsabilidades sobre as nossas vidas. É triste ver um garoto de 15 anos culpando seus pais, a escola e a sociedade por seus insucessos, porém é patético ouvir um ‘marmanjo’ ou ‘marmanja’ de 35 anos persistir nesta mesma velha ladainha.

Pelo contrário, devemos estabelecer metas, fazer planos e traçar nossas estratégias para fazer o melhor possível de nossas vidas. Uma boa parte do sucesso que teremos virá ao adotarmos os bons procedimentos que recebemos de nossos pais, da escola e da sociedade, e devemos expressar a nossa gratidão por isto. Agindo assim ganharemos uma visão positiva da vida, que nos fortalecerá e encorajará na direção do sucesso. Para ilustrar este ponto, a gratidão pela vida, gostaria de lhes contar, queridos leitores, um fato ocorrido com o Dr. Howie Liebowitz, um ex-aluno do Colégio de Estudos Avançados Judaicos do Aish HaTorá, em Jerusalém:

“Eu estava trabalhando na sala de emergências quando um ‘código vermelho’ veio da cafeteria do hospital. Uma mulher estava visitando seu marido quando teve um enfarto fulminante. O eletrocardiograma estava péssimo: nenhuma batida de coração – uma linha reta no monitor. Estávamos trabalhando freneticamente sobre ela. Cada momento era uma eternidade”.

“Quinze minutos se passaram, mas nada de pulsação. Meus colegas médicos começaram a se afastar, tendo perdido as esperanças. Eu continuei a tentar. Uma vida é muito preciosa. Finalmente, após quase meia hora, consegui um ‘blimp’ no monitor: seu coração começara a trabalhar! Corremos com ela para a sala de emergência e trabalhamos para estabilizar as suas condições”.

“Seis horas depois, ao final de meu turno, decidi checar aquela paciente. Entrei em seu quarto e ela estava sentada na cama, conversando com o seu marido. Conforme eu entrava no quarto, o marido falou: ‘Querida, este é o Dr. Leibowitz. Foi ele quem salvou sua vida!’ ”

“A mulher olhou para mim, pensou alguns instantes e disse: ‘Não sei o que dizer. ‘Obrigado’ é algo que se diz para alguém que lhe segura uma porta”.

“- Doutor, quero que saiba que cada vez que segurar meus netos, toda vez que caminhar com meu marido, cada vez que assistir a um pôr do sol, estarei agradecendo ao senhor’! ”

O Dr. Leibowitz contou esta história para expressar a sua gratidão ao Rabino Noah Weinberg e ao Aish HaTorá. Mas que lição aprendemos desta história?

Quando foi a última vez que ligamos para o nosso pai ou a nossa mãe para agradecer por nos terem trazido ao mundo e dizer que os amamos? Quando foi a última vez que ligamos para aquele professor que tanto nos ajudou? Quando foi a última vez que agradecemos os nossos amigos por estarem sempre por perto? E se seus pais, professores especiais ou amigos não estiverem por perto para que possa expressar sua gratidão, lembre-se – cada vez que segurar uma criança, caminhar ou assistir a um pôr do sol – de estar agradecido àqueles que lhe permitiram fazer tudo isto.


Rosh Hashaná é o Dia do Julgamento. Por que d’us nos julga ?

A vida é um negócio sério. Toda ação tem sua consequência. Se D’us não nos julgasse, não haveria justiça no mundo. Do nosso ponto de vista, ao sentirmos que estamos sendo julgados, trataremos a vida com mais seriedade. Poderemos, então, corrigir os nossos erros ao tratar com as pessoas, conosco e com o Todo-Poderoso.

Julgar implica se importar. Se você não se importa, não julga. Encaramos o julgamento Divino como a maior expressão de Seu amor e preocupação em relação à maneira como vivemos nossas vidas (baseado no livro ‘Rosh Hashana – Yom Kippur Survival Kit’)


Gostaria de algumas dicas culinárias e outros ‘toques’ para Rosh hashaná?

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Maiores informações com o Rabino Horowitz – tel: 011-3224-8639 – CNPJ: 05.112.407/0001-24

ORGANIZAÇÃO ISRAELITA O.I.S.E.R – BANCO BRADESCO – AG. 114-7 – C/C 79.589-5

Maiores informações com a Sra. Rivka – tel: 011-3082-1562 – CNPJ: 45.884.426/0001-934


Pensamento: “A vida é frágil. Manuseie-a com orações!”


RABINO KALMAN PACKOUZ – Do Aish Hatorá, é o criador do Meór Hashabat, boletim semanal com prédicas. Saiba mais.

NOTA:- Desejando contribuir para o Meor Hashabat acesse o www.aishdonate.com – Email – meor18@hotmail.com

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