A QUESTÃO PALESTINA: JERUSALÉM É DE QUEM… – POR JAYME VITA ROSO
Ora, em vista da História, com maiúscula, pelo que pudemos de boa fé constatar, as reivindicações palestinas sobre Jerusalém não têm base histórica e, nem sequer, religiosa. Isso significa que, se deixarmos a questão palestina ser manipulada por políticos, a paz na Terra Santa não será possível.
Os fatos são comumente avaliados a respeito de opiniões, conjeturas ou sobre o que decorre de fantasias. Muitas vezes sobre inverdades maliciosamente preparadas pela mídia, na era da comunicação maciça em que vivemos. Mas os teóricos costumam dizer que os fatos, segundo o matemático e filósofo Bertrand Russel, podem ser explicados “como uma coisa que fez uma proposição verdadeira ou falsa”. Isso significa que uma matéria, quando é fato, se opõe à mera conjetura, mera suposição ou hipótese. Portanto, tirando toda a longa e fastidiosa teoria, podemos concluir que, pelo menos assim pensamos, o fato opõe-se à ficção e à fantasia, como também se opõe à hipótese, conjetura e teoria. Fato é fato.
Essa introdução foi elaborada lembrando, candidamente, a teoria do nazista Goebbels, segundo a qual uma mentira, repetidas muitas e muitas vezes, passa a ser acreditada como verdade por gente séria, pois passa a acreditar-se tratar-se de verdade.
E a História, que deveria ser a mestra da vida, tem sido veículo onde a criação diabólica de Goebbels é o local escolhido para transformar a mentira em verdade. E, historicamente – respeitando os que pensam em contrário – a reivindicação palestina sobre Jerusalém, baseada em fatos históricos, é uma inverdade fantasiosa.
Assim, passamos a listar como fatos históricos que pretendem advertir as pessoas de boa fé, sem preconceitos, que o pleito dos palestinos é equivocado.
Primeiro. Jerusalém foi escolhida e constatada como capital do povo judeu cerca de 1.600 anos antes que Maomé tivesse nascido.
Segundo. Jerusalém não é mencionada no Alcorão. Por isso, os muçulmanos se voltam em direção a Meca, quando oram, não o fazendo a Jerusalém.
Terceiro. Muitas potências, ao longo dos séculos, ocuparam Jerusalém, nelas incluindo-se: persa, grega, romana e, por 400 anos, os Otomanos, para terminar com a entrada da Inglaterra na Cidade Santa, em 1917.
Quarto. As assunções acima foram fatos históricos que são comprovados por arqueologistas e historiadores, ao longo dos séculos, nunca, porém, por políticos.
Ora, em vista da História, com maiúscula, pelo que pudemos de boa fé constatar, as reivindicações palestinas sobre Jerusalém não têm base histórica e, nem sequer, religiosa.
Isso significa que, se deixarmos a questão palestina ser manipulada por políticos, a paz na Terra Santa não será possível. E o sangue continuará a ser derramado à custa das intervenções dos comerciantes de armas e dos que, sabendo que a guerra na região é mais um meio de fazer negócios com ganhos extraordinários, levando ao aumento do preço do petróleo, ampliando a miséria dos já excluídos e as incertezas de que a paz é inatingível.
Seria ideal que a Palestina fosse deixada, apenas, a homens que tivessem, no coração, as palavras do Salmista: “Escutarei que coisa diz o Senhor Deus, dentro de mim”, pois: “Fala, ó Senhor, que teu servo escuta” (Salmos 84.85,9 e 34.35,3).
JAYME VITA ROSO – Graduado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, é especialista em leis antitruste e consultor jurídico de fama internacional, ecologista reconhecido e premiado, “Professor Honorário” da Universidade Inca Garcilaso de La Vega de Lima, Peru e autor de vários livros jurídicos. Saiba mais.