SÃO SEUS TRAÇOS MORAIS QUE DEFINEM COMO AS PESSOAS VEEM VOCÊ

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Segundo os resultados dos estudos da equipe de Strohminger (da Universidade de Yale/USA), são nossos traços morais que nos definem, formando o núcleo de nossa identidade.


Memória e identidade

Quase todos acreditamos que a forma de pensar e as coisas de que nos lembramos – nossa “experiência de vida” – são uma parte essencial do que nos define como pessoa. Mas parece que não é assim que olhamos para os outros – e nem tampouco é assim que os outros nos veem.

“Ao contrário do que você possa imaginar – e do que gerações de filósofos e psicólogos têm assumido – a perda de memória em si não faz alguém parecer uma pessoa diferente. Nem a maioria dos outros fatores, como a mudança de personalidade, a perda da cognição de alto nível, a depressão ou a capacidade de realizar as atividades diárias,” relata a professora Nina Strohminger, da Universidade de Yale (EUA).

Segundo os resultados dos estudos da equipe de Strohminger, são nossos traços morais que nos definem, formando o núcleo de nossa identidade.

Moralidade e identidade

Para demonstrar a importância da moralidade na definição da identidade, a equipe trabalhou com centenas de pacientes e familiares de pacientes com doenças neurodegenerativas, que tipicamente apresentam as condições citadas pela pesquisadora, como perda de memória, de capacidade cognitiva e de realizar tarefas diárias.

Mas os familiares e amigos apenas relataram que o paciente “não parecia mais a mesma pessoa”, ou estava “irreconhecível”, quando começava a apresentar variações nos traços morais.

“Isso é interessante porque mostra que alguém pode mudar bastante e ainda parecer basicamente a mesma pessoa. Por outro lado, se as faculdades morais ficam comprometidas, uma pessoa pode ser considerada irreconhecível,” disse Strohminger.

Os resultados mostraram que tanto a doença de Alzheimer quanto a demência frontotemporal foram associadas com um maior sentido de perturbação da identidade do que a esclerose lateral amiotrófica, com a demência frontotemporal levando à maior deterioração na identidade.


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Fonte: www.diariodasaude.com.br – Imagem: BBC