ESPALHAR AS FONTES PARA FORA

“Espalhar as fontes para fora”: uma nascente jorra e flui para fora sem esperar que as pessoas venham beber. Uma fonte sai e dá de beber também aos que se encontram distantes.

É esse o jeito de espalhar as fontes da Torá para todos os lugares. Não devemos esperar sentados, até que os distantes se aproximem da fonte – a Torá, e peçam para beber. Devemos sair e espalhar para fora as fontes que emanam.

Esse método foi iniciado por Aharon, o Cohen, que “amava a paz e a buscava, amava as criaturas e as aproximava da Torá.” Não esperava que viessem até ele. Tomava a iniciativa. Saía ao encontro de todas as pessoas, e “as aproximava da Torá”.

Não aproximava a Torá às pessoas. Não a modificava, nem fazia concessões. Não facilitava, nem tentava adaptar a Torá à pessoas. Trazia-as para a Torá, tal como ela é.

Há uma alusão ao trabalho de Aharon na Parashá: “Ao acenderes as lâmpadas”. A incumbência especial de Aharon HaCohen era acender a menorá. As velas simbolizam as almas judias. “Uma vela de D’us é a alma do homem.”

O trabalho de Aharon era acender e elevar todas as velas, de todos os tipos. Em cada judeu há uma chama Divina, embora oculta. Aharon acende essa lâmpada, e revela a chama, que antes se encontrava oculta.

Aharon acendia as lâmpadas da menorá até que a chama subisse sozinha. O mesmo é válido para as almas judias. Não basta acender a chama: a vela Divina que há no interior do judeu. É preciso influenciá-lo de tal forma que a chama suba sozinha. Que o judeu não mais necessite que o acendam e o elevem, e sim, que o fogo brilhe por si só.

É assim que se deve “espalhar as fontes”. Sair, chegar a cada judeu e iluminar a centelha de sua alma, que lá se encontra, mesmo estando adormecida. É preciso apenas encontrá-la, acender e elevar a chama, até que brilhe por si só.

Baseado em Likutê Sichot, Vol. II, págs.316-317.

Fonte – http: www.beitchabad.org.br

20
20