HOMENAGEM NO RJ AOS ISRAELENSES ASSASSINADOS EM MUNIQUE

O presidente da Conib, Fernando Lottenberg, acendeu uma das velas em homenagem realizada no Palácio da Cidade, na Zona Sul do Rio, aos 11 atletas israelenses assassinados em Munique/1972. A cerimônia teve também a presença do chanceler José Serra e dos judocas israelenses Yarden Gerbi e Or Sasson, medalhistas no Rio, das viúvas Ankie Spritzer e Ilana Romano; de Paulo Maltz, presidente da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro, representantes da delegação israelense, do Comitê Olímpico Internacional e autoridades brasileiras.

Lottenberg, que em nome da Conib atuou para que a homenagem ocorresse no Brasil e contasse com a presença de autoridades locais, falou sobre a importância da cerimônia: “Pela primeira vez, homenageamos oficialmente no âmbito olímpico essas 11 pessoas, atletas que foram assassinados barbaramente somente por serem israelenses, numa das páginas mais tristes das Olimpíadas. É nossa obrigação lutar para que sejam lembradas, pois assim ajudamos a prevenir a repetição de atos tão deploráveis”.

“É um avanço do COI, que se omitiu de alguma forma desde 1972. É a primeira vez que faz um reconhecimento dentro da própria Olimpíada. Vejo com alegria a homenagem a essas pessoas que foram assassinadas pelo fanatismo, pelo terrorismo”, disse Serra ao G1. Ele também lamentou as manifestações de antissemitismo na Rio 2016: “Manifestações infelizes. Deploráveis. O fanatismo e a intolerância são péssimos ingredientes para que se chegue com eles a paz mundial, a convivência pacífica entre os povos, portanto, eu lamento que tenha acontecido. Nós repudiamos esse tipo de atitude”, prosseguiu Serra, referindo-se a casos como o de um atleta egípcio de judô que se recusou a apertar a mão do rival israelense.

O chanceler viu a cerimônia como um avanço. Eu creio que o Comitê Olímpico Internacional se omitiu, de alguma forma, desde 1972. É a primeira vez que faz o reconhecimento, uma homenagem, algo dentro da própria Olimpíada e vejo isso com alegria. A homenagem a essas pessoas que foram assassinadas é um dever nosso. Foram assassinadas pelo fanatismo, foram assassinadas pelo terrorismo, e nós temos todos que nos perfilar homenageando-os porque isso significa chegar ao ponto mais essencial das Olimpíadas, que é a integração de todos os povos pacificamente com algo que sinaliza para um futuro melhor para toda humanidade”, declarou o ministro.

Ankie Spitzer, viúva do treinador de esgrima morto no atentado disse que o reconhecimento e a cerimônia são muito importantes para as famílias das vítimas. “Se você esquece a história, você não tem futuro. É extremamente importante porque nós sentimos que esses atletas pertencem a uma família olímpica internacional e eles não os reconheciam. Ninguém fazia questão de lembrá-los, ninguém queria falar sobre isso. Depois de 44 anos nós pensamos que eles são membros de uma família olímpica e eles devem ser lembrados”.

O COI fez também uma homenagem oficial aos atletas israelenses mortos por terroristas palestinos em 1972, com cerimônia na Vila Olímpica em 3 de agosto.

 

272_especial_3_1Osias e Suzy Wurman, Miri Regev, Ministro José Serra, Paulo Maltz, Fernando Lottenberg, Herry Rosenberg e o cônsul-geral de Israel em SP, Dori Goren..

 

272_especial_3_2Fernando Lottenberg (centro) acende vela na cerimônia no Rio. Ao seu lado, Carlos Arthur Nuzman, Paulo Maltz e Avi Gelberg.

272_especial_3_3Judocas israelenses Yarden Gerbi e Or Sasson na solenidade no Rio. Foto: O Globo.

 

272_especial_3_4Judocas israelenses na cerimônia no Rio.

 

272_especial_3_5Dirigentes da comunidade judaica com os presidentes do COI e do COB.

 

272_especial_3_6José Serra fala na cerimônia no Rio.

 

272_especial_3_7Panorama da cerimônia. Foto: Globo Esporte.

 

272_especial_3_8Acendimento das velas no Rio..

20
20