RABINA FERNANDA TOMCHINSKY-GALANTERNIK É APRESENTADA COMO MEMBRO DO RABINATO DA CIP

Foi realizada na sinagoga Etz Chaim da CIP, em São Paulo, a cerimônia de apresentação formal da rabina Fernanda Tomchinsky-Galanternik como parte do rabinato da Congregação e como coordenadora do departamento de Ensino da mesma instituição.

Participaram o presidente da CIP, Sérgio Kulikovsky, os rabinos Michel Schlesinger e Ruben Sternschein, os chazanim Ale Edelstein e Avi Bursztein, e o rabino Ariel Stofenmacher, CEO e vice-presidente do Seminario Rabínico Latinoamericano Marshall T. Meyer. Da gestão recém-eleita da Congregação (2017 a 2019), estavam presentes Marcos Lederman, o novo presidente, e Luiz Eduardo Gross, que assumirá como presidente do Conselho Deliberativo da entidade.

O presidente Sérgio Kulikovsky abriu a cerimônia falando sobre a evolução da CIP nos últimos quatro anos em direção ao igualitarismo. “A CIP acredita que a mulher pode realizar mitsvót e participar em posição de igualdade nos serviços religiosos. Nada é obrigatório, mas às mulheres é facultada a participação igualitária”, explicou.

Além da comunidade judaica, e familiares e amigos da rabina Fernanda, prestigiaram o evento os rabinos Ariel Kleiner, diretor executivo do Massorti AmLat, Iehuda Gitelman, da Comunidade Beth-El, e Alexandre Leone, do Centro Cultural e Social Bnei Chalutzim.

“Fernanda é o símbolo de um momento muito especial do Seminario Rabinico Latinoamericano, ela é a primeira brasileira a ser ordenada rabina”, disse rabino Stofenmacher durante o segundo discurso da noite. “Ela se soma à CIP para continuar a construção da identidade judaica brasileira junto aos rabinos Ruben e Michel e à toda a comunidade”, finalizou.

O vice-presidente executivo da Federação Israelita de São Paulo, Ricardo Berkiensztat, também prestigiou o evento que reuniu cerca de 200 pessoas.

O rabino Ruben Sternschein, que acaba de retornar de uma viagem de estudo, meditação e produção intelectual, lançou uma provocação à rabina: “Quero lhe desafiar e encorajar a achar dentro de si mesma a inspiração necessária para olhar o outro com sensibilidade e conseguir enxergar a santidade de cada um”.

A importância da CIP assumir seu perfil igualitário foi reforçada pelo rabino Michel Schlesinger em sua mensagem à rabina. “Assim como já acontece em todas as sinagogas conservadoras e reformistas ao redor do mundo, a CIP assume uma posição clara de igualitarismo ao receber a rabina Fernanda como membro integral do rabinato da Congregação”.

Em seu discurso, Fernanda falou sobre o que a motivou a seguir a carreira rabínica, a constância do processo de aprendizado, e seus desafios pessoais como rabina. “Na Escola Lafer, por exemplo, um dos maiores desafios é o das famílias que querem terceirizar a educação judaica de seus filhos. Um curso de judaísmo só pode ter impacto quando tem suporte em casa. Portanto não é um desafio da escola, mas da comunidade como um todo, porque as famílias são formadas por pais, irmãos, avós, tios, e até por amigos”.

A rabina comentou também a importância da comunidade no igualitarismo e pluralismo da Congregação. “A CIP começou a trilhar esse caminho, mas só pode fazer isso com a presença e a atuação de todos”. E encerrou sua fala esperando trabalhar com todos e de muitas maneiras diferentes: “…como só dentro do judaísmo e de uma comunidade com tantas pluralidades pode permitir”. “Fico alegre e inspirada sabendo que vamos andar juntos”, encerrou a rabina Fernanda.

Sobre a nova rabina

Fernanda Tomchinsky-Galanternik é psicóloga formada pela PUC-SP, rabina pelo Seminario Rabínico Latinoamericano “Marshall T. Meyer”, de Buenos Aires, e atuará como coordenadora do Ensino e junto ao rabinato da Congregação.

Durante dois anos e meio morou em Jerusalém, onde estudou na Conservative Yeshiva e posteriormente no Instituto Schechter. Antes de começar seus estudos universitários fez intercâmbio no Rotorua Girls High School na Nova Zelandia.

Formou-se na liderança comunitária na tnuá Noam, fundando o movimento em São Paulo e participando ativamente em Israel e Buenos Aires, chegando a ser Rosh Chinuch do Noam da América Latina, encarregada da educação do movimento juvenil na região. Enquanto estudou na Argentina, trabalhou no próprio Seminario como professora de Talmud, na Comunidad Amijai e na Escuela Comunitaria Arlene Fern.

Também trabalhou no Camp Ramah Poconos (na Pensilvania, EUA) como educadora de judaísmo durante uma temporada.

É casada com Leandro Tomchinsky-Galanternik, Gerente Comunitário da Congregação, e mãe de Naomi.

Crédito das fotos: Fernando Almeida Carvalho

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