“SALA VIP” COM O PRESIDENTE DO CIAM, GABRIEL HARARI – POR EVELYN ELMAN‏

289_first_1_1Fazer o bem, faz bem. Esta frase é mais que conhecida e verdadeira e seguindo nessa linha de pensamento, o escritor Anthony Robbins diz: “Somente aqueles que aprenderam o poder da contribuição sincera e altruísta experimentam a alegria mais profunda da vida: a verdadeira realização.”

Certamente não basta termos piedade daqueles que sofrem de alguma deficiência, É preciso agir e usar a nossa sensibilidade e solidariedade a favor do próximo. Para isso, é necessário sair um pouco da zona de conforto para produzir resultados. E é com estes pensamentos, entusiasmo e uma grande energia boa, que os diretores do CIAM se reúnem semanalmente buscando incansavelmente melhorias na qualidade de vida de seus assistidos.

Gabriel Harari, presidente da Diretoria do CIAM, faz um belo relato dessa história e visivelmente nos faz crer que o amor consiste muito mais em dar do que em receber…


289_first_1_2“A crise afetou todo o setor de filantropia. Mas continuamos a “remar”. Não podemos parar. Nossos assistidos precisam de nós… e nós contamos com nossos apoiadores”.

EE – Boa tarde Gabriel, o que vem a ser o CIAM? Como começou sua gestão na nova presidência?
GH – O CIAM – Centro Israelita de Apoio Multidisciplinar é uma organização filantrópica que a mais de 50 anos, cuida de pessoas com Deficiência Intelectual. Minha gestão começou neste dia 1º de Janeiro, e como a equipe já vinha se reunindo, foi só uma sequencia.

EE – Você podería nos fazer um breve relato de quando e como foi fundado o CIAM?
GH – O CIAM foi fundado em 23 de março de 1959. A iniciativa partiu do diretor do Lar das Crianças da Congregação Israelita Paulista (CIP), Henrique Rattner, juntamente com a mobilização e articulação de entidades e profissionais da comunidade judaica de São Paulo, que perceberam a necessidade de criar uma instituição que pudesse atender, de forma apropriada, crianças e jovens considerados “excepcionais”. A fundação oficial do CIAM deu-se na residência de Jacob Ganc. Na solenidade, os membros do Conselho receberam de Marjan Fromer a doação da propriedade, na Rua Irmã Pia, onde funciona até hoje a unidade do Jaguaré.

EE – Quantas sedes existem? Como você se relaciona com membros, diretoria, equipes e voluntários numa atuação tão complexa?
GH – Temos duas unidades: uma no Jaguaré e outra em Franco da Rocha denominada Aldeia da Esperança. Temos uma Diretoria Voluntária extremamente dedicada e ativa. As reuniões são semanais e transcorrem num clima de grande participação e colaboração.

EE – Que tipo de programa de moradia vocês adotam?
GH – Em Franco da Rocha em 1991 implantamos a Aldeia da Esperança onde mantemos cerca de 45 residentes segundo um modelo de Residencia Assistida criado em Israel.

289_first_1_3Anna Schvartzman e Gabriel Harari ladeados por Henry Nossig, Armando Mesnik, Márcia Mello, Giselle Levy, Vivian Lederman, Evelyn Elman, Ovadia Saadia e Flavia Chwartzman

EE – Existe restrição de faixa etária para receber os cuidados e assistência?
GH – No Jaguaré, atendemos desde crianças prematuras a partir de seus primeiros mêses de vida, com um serviço de Estimulação Essencial Precoce, até os 14 anos com diversos outros serviços. Alguns desses serviços envolvem a orientação aos familiares que são preparados para dar continuidade aos programas em suas casas. Na Aldeia da Esperança, a partir dos 18 anos…

EE – Quais são os programas de assistência aplicados para os residentes na Aldeia da Esperança?
GH – O modelo da Aldeia tem o objetivo de dar ao residente uma autonomia, cada um nos seus limites, na sua vida diária até a inclusão no mercado de trabalho formal, em empresas da região com carteira de trabalho e salário.

EE – Como você sente hoje, a mobilização social quando se fala em “captar recursos” para levar qualidade de vida e saúde para deficientes intelectuais?
GH – Infelizmente a mobilização ainda é relativamente baixa. É parte de nosso trabalho, na Diretoria, motivar a sociedade a ter uma maior participação…

EE – É de conhecimento geral, que a comunidade judaica faz filantropia desde os primórdios tempos, a grande maioria se voluntaria expontaneamente. Como proceder em relação ao CIAM?
GH – É só entrar em contato conosco (3760- 0062) e serão muito bem recebidos. A motivação é uma consequência da visitação e do melhor conhecimento do trabalho feito nas nossas duas unidades.

289_first_1_4Assistidos com a nova diretoria do Jaguaré

EE – Quais são os projetos para o ano de 2017 e 2018?
GH – O CIAM trouxe em 1991 para o Brasil, um modelo de inserção social da pessoa com Deficiência Intelectual, até hoje ainda sem similar no Brasil. Neste momento estamos estudando novos serviços que, quando implementados, serão um novo marco para a inserção social das pessoas com Deficiência Intelectual, na sociedade e no mercado de trabalho.

EE – Por que você, que é empresário bem sucedido, resolveu ser presidente do CIAM dedicando boa parte do seu dia a esta causa?
GH – Boa pergunta… não sei te responder! Fui diretor do CIAM em duas gestões anteriores. Na última gestão o então Presidente, Milton Clerman, montou uma equipe muito entrosada, dedicada e operosa. Esta equipe trabalha harmoniosamente e tem seus membros bem qualificados em suas respectivas áreas. Acho que este foi o gatilho que me motivou a aceitar este trabalho.

EE – Como andam as instituições de benemerência do universo judaico em São Paulo e no Brasil em relação à crise econômica?
GH – Evelyn, quando chove, chove para todos… A crise afetou todo o setor de filantropia. Mas continuamos a “remar”. Não podemos parar. Nossos assistidos precisam de nós… e nós contamos com nossos apoiadores.

EE – A causa de crianças e adolescentes com déficit intelectual o comovem?
GH – Comovem muito. Desde cedo, acompanhei a evolução de crianças com DI e queria ajudar. Vi de perto como evoluíram com o cuidado e o carinho que lhes foi proporcionado. É muito emocionante.

EE – Considerações finais, qual sua mensagem hoje e agora?
GH – Convido todos a nos visitar, seja in loco ou de maneira virtual, e conhecer o trabalho feito por nossa equipe. Vocês se sensibilizarão como eu. E qualquer contribuição, seja com trabalho ou de apoio financeiro, lhes trará a alegria de ter contribuído para uma causa muito nobre… como trouxe a mim.

EE – “Ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo, mas qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.” (Chico Xavier). Muito obrigada pela entrevista tão esclarecedora Gabriel, desejo uma excelente gestão!


SOBRE O CIAM

O CIAM conta com a ajuda de voluntários e da comunidade em geral, para manter suas atividades. O contato pode ser feito através do telefone (11) 3760-0068

Unidade Jaguaré : Rua Irmã Pia, 78 – Jaguaré – SP

Unidade Aldeia da Esperança: Km 47 da Rodovia Tancredo de Almeida Neves – Franco da Rocha – SP

 

Pequenas ajudas podem gerar grandes mudanças e você pode contribuir de várias formas:

– Doações em geral

– Serviços oferecidos pelo CIAM – entre em contato para saber quais são.

– Trabalho voluntário

– Abra vagas em sua empresa

– Doação de Nota Fiscal Paulista

– Torne-se um sócio

 

Diretoria Executiva do CIAM – Centro Israelita de Apoio Multidisciplinar, para o triênio de 2017-2019

Presidente: Djabra (“Gabriel”) Harari

Vice-Presidente: Milton Clerman

Vice-Presidente: Marcelo Antonio Muriel

Diretor Secretário: Henry Nossig

Diretor Tesoureiro: Suzana Mester Rosenblatt

Diretor Administrativo: Giselle Khalili Boukai Levy

Diretores de Relações Institucionais: Ovadia Saadia e Evelyn Elman (Evelyn Hirschfeld Goldbach)

Diretor de Patrimônio: Armando Mesnik Presidente Honorária: Anna Abuleac Schvartzman

Comitê Técnico: Vivian Renne Gerber Lederman, Márcia Mello e Flávia Chwartzman


Evelyn Elman – Jornalismo & Comunicação / Mestre de Cerimônia
Contato: evelyneventos@gmail.com – Cel/whatsapp: (11) 999 917 559

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