PAPO COM O RABINO DOVI GOLDBERG – O ECLIPSE PELO JUDAÍSMO

297_história_4_1Enquanto nos preparamos para receber Rosh Hashaná, é mais útil verificarmos os nossos Tefilin e Mezuzot, certifiquem-se de que estão em ordem. Assim, independentemente de signos e superstições, garantiremos um bom ano, Shaná Tova Umetuká!


Caros amigos,

Na última segunda-feira, os Estados Unidos experimentaram um dos fenômenos mais dramáticos da natureza. No meio de um dia de verão, a luz solar desapareceu, e as pessoas encontraram-se numa completa escuridão. As estrelas ficaram visíveis e a temperatura diminuiu sensivelmente em poucos minutos. Milhões de americanos, inclusive o presidente Trump e a sua família, reuniram-se sob os céus, para ver o eclipse solar total que atravessou os EUA de costa a costa.

Ao longo da história, em muitas eras e em inúmeras culturas, a ocorrência de um eclipse estava repleta de medo e superstição, criando mitos e folclore fantásticos.

De acordo com o Judaísmo, o tempo não é homogêneo. D’us atribuiu diferentes energias e forças aos diferentes tempos e estações. O Talmud ensina que pessoas que nascem em diferentes dias da semana assim como em diferentes signos, são propensas a determinadas disposições.

Mas, apesar de reconhecer estas propensões, temos que estar cientes de que não somos escravos disso; não somos vítimas do acaso. Temos liberdade total sobre nosso comportamento.

Maimônides afirmou: “O livre arbítrio é concedido a todo ser humano. O homem tem a opção de trilhar pelo caminho de bem e ser justo, se assim desejar, assim como pode trilhar pelo caminho maligno e ser perverso. Essa doutrina é um princípio essencial, o pilar da Torá e Mitzvot “.

Pelo Judaísmo, é proibido guiar-se pela astrologia. Não porque esta não exista, mas sim porque estamos conectados com o Mestre das Sortes. Temos um canal direto de comunicação com o Senhor do Universo, que está acima de astros e signos e pode transformar tudo para o bem e para a bênção.

Enquanto nos preparamos para receber Rosh Hashaná, é mais útil verificarmos os nossos Tefilin e Mezuzot, certifiquem-se de que estão em ordem. Assim, independentemente de signos e superstições, garantiremos um bom ano, Shaná Tova Umetuká!

Um abraço e Shalom.


Rabino Dovi Goldberg é da Sinagoga do Morumbi – São Paulo

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