A ONU NOMEOU SEU PRIMEIRO MONITOR ANTI-SEMITISMO E DESTACOU A CONTROVÉRSIA POR SEU REGISTRO ANTI-ISRAEL

“Ao nomear um enviado para combater o anti-semitismo, as Nações Unidas estão enviando uma mensagem muito importante ao mundo. Combater o ódio contra os judeus é uma prioridade global “.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, nomeou Miguel Moratinos (foto) como responsável pelo monitoramento do anti-semitismo.

Moratinos, ex-ministro das Relações Exteriores da Espanha, será responsável por melhorar a resposta das Nações Unidas ao anti-semitismo.

Por um lado, o Movimento de Combate ao Anti-Semitismo (CAM) felicitou a nomeação.

“A importância desse papel se reflete na riqueza de experiências de alto nível e na liderança destacada”, disse a diretora do CAM Sacha Roytman-Dratwa.

“A luta contra o anti-semitismo nunca foi tão urgente. O aumento de ataques em todo o mundo atingiu proporções verdadeiramente preocupantes. Ao nomear um enviado para combater o anti-semitismo, as Nações Unidas estão enviando uma mensagem muito importante ao mundo. Combater o ódio contra os judeus é uma prioridade global “, concluiu.

Quando se trata de condenar o anti-semitismo, a ONU olha para o outro lado

Mas, por outro lado, as mensagens conflitantes apareceram. A organização espanhola Ação e Comunicação no Oriente Médio (ACOM) tornou visível as diferentes situações anti-Israel que Moratinos realizou.

Em 2006, o então ministro espanhol encenou um confronto com o embaixador de Israel na Espanha, na época, Víctor Harel. Moratinos chamou as ações do Exército de Israel, que estava lutando com o Hezbollah na fronteira com o Líbano, um “banho de sangue”.

“Quem fala sobre um banho de sangue”, disse Harel, “julga injustamente nossas ações de autodefesa, minimizando o uso de escudos humanos pelos terroristas”.

Dois anos depois, Moratinos também “condenou a resposta desproporcional de Israel” após um confronto com o Hamas.

Após essas situações, Israel suspendeu no último minuto uma visita que o oficial espanhol havia planejado. Em teoria, isso se devia a “problemas de agendamento”, mas os relatórios indicavam que o relacionamento hostil entre as duas partes havia gerado esse cancelamento.


Nota – matéria publicada em: Cadena Judía – Vis à Vis noticias@visavis.com.ar

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