RECEBENDO O QUE ESTÁ GUARDADO PARA NÓS – RAV EFRAIM BIRBOJM

Lembre-se que não é porque hoje você está passando por uma situação difícil que amanhã ela continuará. Pode ser que hoje você mereça uma salvação de Hashem. Nos momentos de dificuldade, faça Tefilá e tenha Emuná.


“Avraham entrou em uma sinagoga onde nunca havia estado antes. Logo ele percebeu que havia um dos frequentadores que era cego. O que mais chamou a atenção de Avraham foi a atitude do cego no começo da Tefilá. Ele abriu o Sidur e começou a rezar, como se estivesse lendo dentro do Sidur. Porém, depois de alguns instantes, ele fechou o Sidur e continuou a rezar de cor. Aquela foi uma atitude realmente difícil de entender.

No final da Tefilá, Avraham não aguentou de curiosidade e foi conversar com aquele senhor cego. Após se apresentar, Avraham tomou coragem e perguntou o motivo pelo qual ele abria o Sidur no começo da Tefilá, mas logo depois o fechava. E, se ele era cego, por que olhava para o Sidur como se estivesse lendo?

– Eu faço isso todas as manhãs – respondeu o senhor cego – Afinal de contas, só porque ontem eu era cego, isto não quer dizer que hoje eu continuarei cego. Eu sei que D’us pode me trazer a cura a qualquer momento e, por isso, eu abro o Sidur todas as vezes que faço a Brachá “Pokeach Ivrim” (Abençoado aquele que abre os olhos dos cegos), com uma Emuná completa que, quem sabe, hoje D’us vai me trazer a cura e eu vou passar a enxergar.

Passaram-se dois meses e Avraham encontrou novamente o senhor cego naquela mesma sinagoga. Porém, desta vez, Avraham abraçou aquele homem e, chorando muito, disse a ele:

– Eu queria te agradecer muito, por você ter salvado a vida da minha filha.

O senhor cego não entendeu o que aquele homem que ele mal conhecia estava dizendo. Como ele, cego, havia salvado a vida de alguém? Avraham então continuou:

– A minha filha estava muito doente, a ponto de já termos perdido as esperanças de que ela sobreviveria. Porém, desde aquele dia em que vim pela primeira vez nesta sinagoga e escutei você dizer que abre todos os dias o Sidur pois “só porque ontem eu estava cego não quer dizer que hoje eu continuarei cego”, isto me deu muita força e reacendeu a minha Emuná. A partir daquele dia minha postura mudou. Além das minhas Tefilót terem melhorado muito, todos os dias de manhã eu corria pra ver a minha filha na cama, pois só porque ontem ela estava doente, não queria dizer que hoje ela continuaria doente, poderia ser que D’us já tivesse trazido a cura para ela. Hoje de manhã, nós a levamos ao médico e, Baruch Hashem, ela está completamente curada.” (História Real)

Lembre-se que não é porque hoje você está passando por uma situação difícil que amanhã ela continuará. Pode ser que hoje você mereça uma salvação de Hashem. Nos momentos de dificuldade, faça Tefilá e tenha Emuná.


RAV EFRAIM BIRBOJM – Mestre em Engenharia pela Escola Politécnica da USP, começou seu processo de Teshuvá (retorno ao judaísmo) aos 25 anos, através da Instituição “Binyan Olam”. Saiba mais.

efraimbirbojm@gmail.com

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