ROSH HASHANÁ ESTÁ CHEGANDO – RABINO KALMAN PACKOUZ Z’L
Quando a vida subitamente se enche de inconvenientes, paremos e perguntemos: “Por que Ele está tentando conseguir a minha atenção?”
Com Rosh Hashaná chegando rapidamente (é no próximo dia 19 de setembro), começamos semana passada a falar sobre as dicas do rabino Noah Weinberg Z”TL sobre como fazer para que as nossas orações sejam atendidas (compiladas no livro Wisdom for Living escrito pelos rabinos Yitzchak Nechemia Coopersmith).
Semana passada falamos sobre: 1) Estarmos claros sobre o resultado final: “Isto que queremos é bom para nós?” e 2) Sermos responsáveis fazer um esforço (se quiser receber a edição da semana passada, peça pelo email meor18@hotmail.com). Agora continuamos com …
CINCO ASPECTOS SOBRE SERMOS REALISTAS COM AS ORAÇÕES
3) Espere o bem
Ser realistas sobre as orações significa estarmos conscientes que estamos rezando para o nosso Pai celestial que quer apenas o nosso bem e tem o poder de fazer QUALQUER coisa. Por conseguinte, já está nos planos Dele nos ajudar. Lembre-se: tudo o que pedimos é infinitamente menos do que o Todo-poderoso já nos deu até hoje.
Se não acreditamos ou esperamos que D’us vá responder às nossas orações, Ele não irá invadir o nosso espaço e nos brindar com sucesso. Ele quer que nós ganhemos e cheguemos à consciência de que Ele é o nosso Pai celestial e que podemos sempre contar com Ele. Se alguma vez Ele recusa (ou recusou) as nossas orações, Ele está nos dizendo que temos um problema que precisa ser corrigido; precisamos ‘realinhar’.
Caso não aguardamos e ansiamos pela ajuda de D’us, então estamos deixando de enxergar D’us como sendo o nosso pai. Aí Ele interrompe o Seu fluxo de bençãos para que possamos realinhar o nosso foco.
Foquemos sobre o fato que o Todo-Poderoso quer que tudo seja bom para nós. Quando fizermos isso, ele moverá montanhas para atender toda oração que seja boa para nós.
4) Surpreenda-se se não conseguir o que pediu
Nada que D’us faz é por acidente. Se as coisas não estão correndo tranquilamente para você, sua primeira reação deve ser de choque: “O que está acontecendo? Por que D’us está fazendo isso? Que mensagem Ele deseja me passar?”
O Todo-poderoso sabe como conseguir a nossa atenção. Quando esquecemos que Ele nos ama, Ele nos envia uma mensagem para nos reorientar.
D’us não fica prejudicado quando O ignoramos. Nós ficamos. D’us não tem necessidades e não precisa de um relacionamento conosco. Nós é que precisamos de um relacionamento com Ele. O nosso maior prazer é estar em contato com D’us. É por isso que ele organiza pequenos incidentes para conseguir a nossa atenção. É tudo para o nosso próprio benefício!
5) Ouçamos as lições de D’us
Se formos sérios em nosso relacionamento com D’us, entenderemos que Ele está sempre nos ensinando algo, mesmo quando não responde às nossas orações na afirmativa.
Quando a vida subitamente se enche de inconvenientes, paremos e perguntemos: “Por que Ele está tentando conseguir a minha atenção?” De certa maneira este é o aspecto difícil, porque exige de nós a percepção de que D’us é o nosso Pai que está nos céus e que tudo o que ele faz é para o nosso bem – mesmo quando estamos sentindo dor. Dizer com clareza e convicção: “Gam zu letova, isto também é para o bem”, sem qualquer ressentimento e amargura, demonstra a profunda compreensão de que D’us é nosso Pai amoroso.
Se não somos capazes de dizer “Gam zu letová” (isso também é para o bem) de todo o coração, então é quase impossível para nós ouvir corretamente o que D’us está nos dizendo. D’us é muito eloquente, mas se perdermos de vista o fato de que Ele é o nosso Pai que está nos céus, então a nossa relação estará ‘desbalanceada’ e qualquer lição que tirarmos necessariamente estará distorcida. Com a consciência de que o Omnipotente nos ama, podemos analisar e examinar esta área da nossa vida e tentar compreender o que Ele está nos dizendo.
Em resumo, a mitzvá de rezar é referida pelos nossos sábios como “avodá shebalev” – ‘trabalho’ do coração. (Consulte Rambam, Hilchos Tefillah 1:1.) As orações são uma avodá (literalmente: trabalho) – exigem um esforço real. Ela requer que o conceito de que o Todo-poderoso é o nosso Pai celestial que nos ama ‘entre em nossos ossos’.
Saibamos o que queremos e porque o queremos, e nos asseguremos que aquilo que estamos querendo é de fato bom para nós. Assumamos responsabilidades e as coloquemos em nossos esforços. Esperemos pelo bem e surpreendamo-nos quando as coisas não correm suavemente. Perguntemo-nos porque razão o Todo-poderoso está tentando conseguir a nossa atenção. E por último, esforcemo-nos para compreender a lição que o Onipotente está nos enviando, perguntando-nos: o que Ele está me ensinando?
Ao aplicarmos estas ferramentas às nossas orações diárias, todo o nosso relacionamento com o Todo-poderoso se transformará positivamente!
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Pensamento: “A vida é frágil. Manuseie-a com orações!”
RABINO KALMAN PACKOUZ Z”L – De abençoada memória, ele era do Aish Hatorá e foi o criador do Meór Hashabat, boletim semanal com prédicas.
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