PALAVRA DO PRESIDENTE DO INSTITUTO NÃO ACEITO CORRUPÇÃO, ROBERTO LIVIANU

O mundo do futebol é um dos universos em que se mostra mais difícil a implantação dos melhores conceitos de boa governança corporativa, especialmente no plano de compliance, integridade e transparência.

A principiologia de gestão da CBF, por exemplo, não procura, na prática, de forma intransigente a eficiência, não há perseguição implacável à integridade e transparência. O Professor Heleno Torres, Conselheiro do Instituto escreveu profunda e estruturada proposta de novo regramento de compliance para a entidade, nunca até hoje implementada.

Foi positivo o fato de ter sido afastado o presidente da CBF, acusado por uma funcionária pela prática de assédio moral e sexual. Sinaliza sopro de conformidade, mas quem o substitui é o vice-presidente mais antigo da entidade, o que está longe de ser um bom encaminhamento em matéria de boa governança.

Some-se a polêmica decisão de sediarmos a Copa América, apesar de sermos epicentro mundial da pandemia, gerando reações de contrariedade por parte de jogadores e integrantes da comissão técnica da seleção brasileira, que provavelmente gerará a publicação de manifesto hoje após a disputa de partida das eliminatórias da Copa do Mundo.

Corrupção se combate com inteligência!


Roberto Livianu, 52, é procurador de Justiça, atuando na área criminal, e doutor em direito pela USP. Idealizou e preside o Instituto Não Aceito Corrupção.

20
20