UNRWA ENCONTRA TÚNEL DE ATAQUE SOB UMA DE SUAS ESCOLAS EM GAZA – POR TOVAH LAZAROFF – THE JERUSALEM POST
A Agência também questionou a atividade do IDF, observando que a escola era um abrigo de emergência e deveria estar imune a ataques.
Matthias Schmale, diretor da UNRWA em Gaza, gesticula enquanto inspeciona os danos na sede da UNRWA, após os ataques aéreos israelenses, na Cidade de Gaza em 18 de maio de 2021. (crédito da foto: REUTERS / MOHAMMED SHANA)
Um túnel usado por militantes palestinos em Gaza foi descoberto sob uma das escolas administradas pela Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas no mês passado.
A Escola Preparatória para Meninos “A” da UNRWA Zaitoun e a Escola Primária para Meninos “A” foram uma das duas instalações da organização danificadas durante a guerra de 11 dias em Gaza, que terminou em 21 de maio. No final de maio, a UNRWA encontrou o que “parece ser uma cavidade e um possível túnel, no local do ataque do míssil”, relatou a organização no fim de semana.
“A profundidade da cavidade é de aproximadamente 7,5 metros abaixo da superfície da escola. A UNRWA descobriu a existência de um possível túnel no contexto da investigação do míssil disparado ”, explicou em nota à mídia.
A UNRWA disse que o túnel não estava conectado à escola. “Não há indicação da existência de quaisquer pontos de entrada ou saída para o túnel dentro das instalações”, acrescentou.
A organização condenou tanto os palestinos que construíram o túnel quanto as IDFS por seus ataques, que alegadamente causaram danos à escola.
“A UNRWA condena a existência e o uso potencial por grupos armados palestinos de tais túneis sob suas escolas nos termos mais fortes possíveis. É inaceitável que alunos e funcionários sejam colocados em risco dessa forma”, afirmou a organização.
Mas também teve problemas com a atividade das IDFS, observando que a escola era um abrigo de emergência e deveria ser imune a ataques.
“As instalações da Agência, como todas as instalações das Nações Unidas, são marcadas como tal e exibem uma bandeira das Nações Unidas no telhado. A UNRWA compartilha as coordenadas de todas as suas instalações periodicamente com as autoridades israelenses relevantes e, em tempos de conflito, as coordenadas dos abrigos de emergência designados são compartilhadas diariamente ”, observou a UNRWA.
Tais ações de grupos armadores palestinos e das IDFS violam a “inviolabilidade e neutralidade” da UNRWA, que deve ser respeitada em todos os momentos, afirmou a organização.
“A UNRWA exige que todas as partes desistam de qualquer atividade ou conduta que coloque os beneficiários e funcionários em risco e prejudique a capacidade dos funcionários da UNRWA de prestar assistência aos refugiados da Palestina em segurança e proteção”, declarou a UNRWA.
O apelo da UNRWA por segurança em suas instalações seguiu-se a um anúncio feito por seu comissário-geral Philippe Lazzarini na quinta-feira de que ele havia pedido ao diretor da organização em Gaza, Matthias Schmale, que saísse da Faixa e fosse a Jerusalém depois que ameaças foram feitas contra ele.
“A UNRWA protestou veementemente e contestou a posição transmitida pelas autoridades De Facto em Gaza de que não podiam mais garantir a segurança e a proteção de nosso pessoal. Lamentavelmente, tal posição deixou a Agência sem outra escolha a não ser pedir ao pessoal que deixasse a Faixa de Gaza, já que sua segurança é de extrema prioridade para a UNRWA”, disse Lazzarini.
Ameaças foram feitas depois que Schmale deu uma entrevista à televisão israelense N12 em 22 de maio, na qual ele disse não contestar a afirmação de Israel de que seus ataques aéreos foram “precisos”.
Schmale se desculpou por suas observações nas quais comentava a ferocidade dos ataques aéreos e disse: “… a precisão estava lá, mas houve perdas inaceitáveis e insuportáveis de vidas do lado civil”.
Um funcionário da UNRWA disse à Reuters que o vice-comissário-geral Leni Stenseth lideraria temporariamente a equipe de Gaza.
“A UNRWA condenou inequivocamente o assassinato e ferimento de todos os civis, incluindo refugiados da Palestina, e apelou consistentemente a todas as partes para garantir a proteção dos civis durante as recentes hostilidades em Gaza e a recente escalada de violência na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental”, Disse Lazzarini.
A Reuters contribuiu para este relatório.
