Residencial Israelita Albert Einstein celebra 85 anos de um cuidado permeado por humanização e acolhimento

O Residencial Israelita Albert Einstein (RIAE) é um lar que acolhe em média 100 idosos, que tem a estrutura de atendimento que visa proporcionar uma experiência positiva junto aos moradores, que garante a manutenção de sua saúde e o fortalecimento das relações familiares.

O lar, administrado pelo Einstein desde 2003, foi criado para cuidar dos idosos preservando a história e os preceitos do judaísmo

Dr. Sidney Klajner, presidente do Einstein

O Residencial Israelita Albert Einstein (RIAE) celebrou 85 anos no último dia 4 de novembro. O local, criado para cuidar dos idosos, preservando a história e os preceitos do judaísmo, passou a ser administrado pelo Einstein em 2003 e atende, atualmente, 117 residentes.

O momento de celebração contou com a presença do presidente do Einstein, Dr. Sidney Klajner, e do presidente do Conselho Deliberativo da organização, Dr. Claudio Lottenberg, que relembraram sua história e ressaltaram a importância do local e seu modelo de assistência para um envelhecimento saudável.

“A história desta casa é um exemplo do superpoder que emerge da cooperação, cultivada a partir da empatia, da solidariedade, do amor ao próximo”, destacou Dr. Sidney.

Dr. Claudio Lottenberg, presidente do Conselho Deliberativo da organização

Para o Dr. Claudio, o local é mais que um lar. “Com o Residencial, muitas vidas estão sendo preservadas. Damos a oportunidade de as pessoas envelhecerem com saúde e cuidado, dentro da nossa tradição.”

As sementes da atuação da instituição foram plantadas pela avó do empresário e bibliófilo José Mindlin, que morando no bairro do Bom Retiro, próximo a uma sinagoga, começou a observar muitos judeus desprovidos de lar, alimentos e trabalho vagando em frente à sinagoga, e decidira acolhê-los. Abrigando-os no porão de sua casa, ela dava de comer à sua mesa. A partir daí nasceu o Lar dos Velhos, em 1937, depois Lar Golda Meir (a ex-primeira-ministra e fundadora do Estado de Israel) e, desde 2003, Residencial Israelita Albert Einstein (RIAE).

Para o Einstein, fazia todo o sentido assumir a administração do espaço, já que se tratava de um ativo comunitário e que tem tudo a ver com saúde, com a expectativa de um envelhecimento saudável. Desde sempre, e em especial diante do processo acelerado de envelhecimento da população, o Einstein está mergulhado em iniciativas voltadas ao tema. Isso começa desde o programa para educação em saúde voltado a crianças de escolas públicas, passa pela atenção básica à saúde e estímulo ao autocuidado e vai até o Programa Einstein na Comunidade Judaica e o modelo de cuidado adotado no Residencial.

Situado em uma área de 12 mil m² na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, o RIAE conta com uma equipe de 270 profissionais – como médicos, enfermeiros, cuidadores, fisioterapeutas, nutricionistas, cozinheiros, profissionais administrativos, entre outros – divididos em quatro turnos, além de um time de voluntários que conduzem atividades culturais, de entretenimento e acolhimento.

Atualmente, 117 idosos com graus moderado e alto de dependência vivem no local. A maior parte é de nonagenários, sendo que cinco têm mais de 100 anos.

RIAE na pandemia de covid-19

Por lidar com idosos, uma população extremamente vulnerável aos riscos trazidos pelo novo coronavírus, durante a pandemia, o Residencial adotou uma série de protocolos e medidas para preservar ao máximo a saúde de seus residentes, que vão desde o controle dos casos de covid-19 à montagem de uma área específica e equipada para cuidado.

Os protocolos adotados foram tão bem-sucedidos que serviram de referência para outras instituições de longa permanência de idosos (ILPIs) no Brasil. Em 2021, mais uma vez, o Residencial apresentou uma taxa de óbitos bastante inferior à média das ILIPs no país e inferior ao período pré-pandemia: com 18,8% em 2021, ante a média de 22,3% do período de 2015 a 2019.

Os resultados indicam que hábitos como a utilização de máscaras, o reforço da higiene das mãos e o rápido isolamento de residentes com sintomas respiratórios têm importância fundamental na redução de óbitos e devem permanecer como cuidados básicos mesmo após o controle da pandemia.

Olhar para o futuro

O RIAE tem 85 anos, mas está sempre em sintonia com seu tempo. Um exemplo é a transformação digital em saúde que transformou o sistema de cuidados médicos na instituição. De dia, há um médico da casa presente. A partir das 19 horas, entra em cena a Telemedicina Einstein. Se algum residente tem algum problema à noite, o enfermeiro do Residencial leva a pessoa para uma sala especial e faz a telechamada para a equipe do Einstein, que avalia o caso e indica o cuidado a ser adotado. Trata-se de um modelo inovador que tem trazido ótimos resultados e poderá ser implantado em outras casas de longa permanência.

“O Residencial tem espalhado as gotas de Einstein que fazem florir a vida dos residentes. Tem levado a paz e o acolhimento da humanização que os fazem sorrir. E tem, desde a sua origem, o amor de seres humanos dedicados ao cuidado de outros seres humanos. A casa é de idosos, mas, aos 85 anos, o coração do Residencial está jovem e saudável, para continuar pulsando forte”, finalizou Klajner.

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