Memorial do Holocausto traz exposição que conta a história de ajuda do povo lituano a judeus durante Holocausto
Exposição “Quem salva uma vida salva o mundo inteiro” traz imagens e muito conteúdo histórico sobre o período do Holocausto, reforçando a necessidade de conscientização sobre o assunto
Inauguração da exposição tem ainda homenagem a Andor Stern e Kiwa Kozuchowicz que tão bem reforçaram a necessidade de conscientizar e informar a respeito e que morreram no ano passado
Em São Paulo, o Memorial do Holocausto inaugurou a exposição “Quem salva uma vida salva o mundo inteiro”, que conta a história de cidadãos lituanos durante o Holocausto, que arriscaram suas vidas para ajudar judeus a fugir da perseguição nazista.
Durante o lançamento da exposição o Memorial prestou homenagens a Andor Stern e Kiwa Kozuchowicz, sobreviventes do Holocausto que morreram em 2022 e 2021, respectivamente. Ambos sempre se dedicaram a contar o sofrimento desse período para que toda a tristeza e sofrimento dessa época nunca sejam esquecidos.
A exposição é uma parceria do Memorial com o Consulado Geral da República da Lituânia em São Paulo e o Consulado Honorário da República da Lituânia no Guarujá.
“A exposição traz imagens, relatos e muito conteúdo histórico, servindo não apenas para homenagens mas também para contar um pouco dessas histórias sempre tão necessárias e comoventes”, explica Toive Weitman, diretor do Memorial do Holocausto.
Quem tiver interesse em visitar a exposição pode conferi-la no Memorial do Holocausto, na rua da Graça, 160, no Bom Retiro.
Sobre Andor Stern
Nascido em São Paulo no ano de 1928, Andor é considerado o único brasileiro nato sobrevivente do Holocausto na Alemanha. Ainda criança, se mudou com sua família para a Hungria. Com a ocupação nazista no país, em 1944, Stern foi transportado até Auschwitz com sua família, onde foram perseguidos por serem judeus. Dedicou grande parte da sua vida após o Holocausto a palestras sobre o tema, ensinando e trazendo a reflexão em torno do assunto para que aquilo que ocorreu nunca se repita e nem seja esquecido. Andor morreu em 7 de abril de 2022.
Sobre Kiwa Kozuchowicz
Nasceu em 1922, na cidade de Pacanów, na Polônia. Aos 17 anos, quando os nazistas invadiram o seu país, foi tirado de sua família passando por sete campos de concentração. Veio para o Brasil em meados de 1949 e, por muito tempo, quis esquecer a experiência traumática que teve, evitando falar sobre o assunto. Até que, em 1993, foi chamado para testemunhar no julgamento de Siegfried Ellwanger Castan, que lançou livros no Sul do Brasil negando o Holocausto. A partir daí, passou a ministrar palestras, dar entrevistas buscando sempre conscientizar sobre a temática. Kiwa morreu em 7 de maio de 2021.