Pergunte ao especialista

Nesta edição, o neuropediatra Abram Topczewski, o urologista David Jacques Cohen e a cardiologista Sofia Lagudis respectivamente tiram dúvidas sobre enurese noturna, diminuição da libido, prótese peniana, hipertensão, dor no peito e stent.

Participe você também enviando sua pergunta para estes ou para especialistas de outras áreas através do email: glorinha@glorinhacohen.com.br .


Dr. Abram Topczewski, neuropediatra

– Molhar a cama de noite sem outras queixas é a enurese noturna, condição normal a todo ser humano. A partir de que idade deve se pensar em tratamento?

– A partir dos 5 anos deve se tratar, pois a criança começa a se conscientizar o que pode interferir na sua autoestima. Após essa idade muita crianças ficam constrangidas em dormir fora de casa ou trazer amigos para dormir na sua casa.

– A enurese noturna é hereditária?

– Sim, pois se ambos os pais apresentaram a probabilidade da criança apresentar é de 77% . Caso seja só um dos pais é de 43%.

– Quais os exames necessários para o diagnóstico?

– O diagnóstico é clínico, dispensa exames laboratoriais.

Dr. Abram Topczewski

Neuropediatra do Hospital Israelita Albert Einstein – HIAE

Mestrado pela USP

Doutorado pela UNICAMP

Diretor da Clínica de Enurese no HIAE

Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil e da Academia Brasileira de Neurologia


Dr. David Jacques Cohen, urologista

– Quais as causas mais comuns para a diminuição da libido?

– Entre as causas mais comuns da diminuição da libido temos: fatores psicológicos; problemas de relacionamento; uso de alguns tipos de medicamentos; baixa testosterona; doenças crônicas e câncer de próstata.

Por mais que possa estar ligada a fatores emocionais, caso você sinta perda no seu desejo sexual é fundamental que busque o urologista para um check-up completo da saúde masculina. Não tenha vergonha em buscar ajuda de um especialista. Saiba que você não está sozinho.

– Quando e para que a prótese peniana é indicada? Quais são os tipos?

– A prótese peniana é um dispositivo que é inserido dentro do órgão masculino. Esta opção é indicada quando o paciente sobre de disfunção erétil ou não conseguiu bons resultados ou não pôde usar medicamentos orais ou injeções penianas. Há dois principais tipos: maleável e inflável, indicadas quando os tratamentos com medicações por via oral ou injetável não são capazes de induzir uma ereção adequada.

Dr. David Jacques Cohen

Formado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, é Mestre em Ciências da Saúde e Membro da Sociedade Brasileira de Urologia, da European Urological Association (EUA) e da International Society of Sexual Medicine. É médico urologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Membro da equipe do check-up do homem do Grupo Fleury de São Paulo e assistente da disciplina de urologia do Instituto do Homem. Também faz parte do quadro científico da ABEMSS – Associação Brasileira de Estudos em Medicina e Saúde Sexual, integrando o Departamento de Cirurgia Peniana na qualidade de Membro para o biênio de 2023 e 2024.


Dra. Sofia Lagudis, cardiologista

– Estou com pressão alta e meu médico indicou um medicamento. Terei que tomar pra sempre?

– A hipertensão é uma doença crônica e portanto requer acompanhamento e tratamento permanentes. Porém, é possível minimizar ou mesmo, em alguns casos, até dispensar o uso de medicamentos, com a adoção de um estilo de vida saudável, que inclua boa alimentação, controle de peso e uma rotina de exercícios físicos.

– Tive uma dor no peito, foi detectado um problema nas coronárias e foi colocado um stent. Estou curado da doença?

– Pacientes recebem stents coronários quando têm entupimentos importantes nas artérias coronárias do coração. Resolvido problema imediato, o foco do cardiologista passa a ser estabelecer uma prevenção para evitar reaparecimento da doença, ou seja tratar os fatores de risco que levaram àqueles entupimentos por placas de gordura nas paredes das artérias. Controle de pressão, diabetes e combate ao fumo, sedentarismo estresse fazem parte desta prevenção.

Sofia Lagudis

Graduação: Universidade de São Paulo (FMUSP)

Especialização:

Pós-graduação doutorado em Ciências Médicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP)

Especialista em Medicina Intensiva pela Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva

Especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia