Um dos maiores historiadores brasileiros, morre Boris Fausto aos 92 anos
O historiador Boris Fausto morreu, nesta terça-feira (18/abril), aos 92 anos. Ele deixa dois filhos, o antropólogo Carlos Fausto e o cientista político Sergio Fausto, diretor-geral na Fundação FHC, e quatro netos.
Fausto nasceu em 8 de dezembro de 1930 em São Paulo. Se formou em Direito e História pela Universidade de São Paulo (USP). Na instituição, realizou estudos de pós-graduação e obteve os títulos de doutor e livre-docente. Se tornou um dos pioneiros em estudos sociais do país.
Nascido em uma família de imigrantes judeus, filho de Eva Fausto, nascida na Turquia, e Simon Fausto, na região da Transilvânia, hoje Romênia, frequentou o então chamado curso primário e o ginasial do Colégio Mackenzie e o ciclo colegial do Colégio São Bento.
Realizou uma carreira profissional paralela como assessor jurídico da USP e como historiador. Sob o último aspecto, desenvolveu pesquisas principalmente sobre a história política do Brasil no período republicano, sobre a imigração em massa para o Brasil, crime e criminalidade em São Paulo, e sobre o pensamento autoritário.[3]
Sua principal obra é A Revolução de 1930 – historiografia e história publicada pela primeira vez em 1970 e considerada ainda hoje um clássico das ciências sociais brasileiras, na qual, apesar de ser paulista, Boris Fausto contesta as versões que defendem São Paulo durante a Revolução de 1930 e na Revolução Constitucionalista de 1932. Uma de suas obras mais populares[carece de fontes] é História do Brasil, onde analisa os 500 anos de história brasileira com foco para o ensino médio. Escreveu também Trabalho Urbano e Conflito Social e Crime e Cotidiano.
Fonte: www.wikipedia.org