Museu Judaico de São Paulo apresenta “Artistas do Papel: Obras colecionadas por Ruth Tarasantchi para o acervo do MUJ”
Mostra fica aberta até o dia 13 de agosto e reúne 32 obras que utilizam o papel como suporte para diversas técnicas, destacando o protagonismo feminino no núcleo artístico
O Museu Judaico de São Paulo abriu no último dia 6 de maio a exposição “Artistas do Papel: Obras colecionadas por Ruth Tarasantchi para o acervo do MUJ”, que reúne 32 obras de artistas mulheres judias feitas em papel em variadas técnicas, visando destacar a importância da presença de mulheres no núcleo artístico.
São elas: Agi Straus; Alice Brill; Anico Herkovits; Berta Worms; Clara Pechansky; Eliana Anghinah; Estela Sahn; Fayga Ostrower; Gerda Brentani; Gerty Sarue; Gisela Eichbaum; Giselda Leirner; Guita Charifker; Hannah Brandt; Helena Muller da Silva; Irene Luftig; Jacqueline Aronis; Miriam Nigri Schreier; Miriam Topolar; Myriam Glatt; Nara Sirotsky; Nelly Gutmacher; Ninetta Salfatis Rabner; Norma Grinberg; Ofra Holz Grinfader; Paulina Eizirik; Renina Katz; Rosalia Lerner; Ruth Kelson; Ruth Sprung Tarasantchi; Sara Müller e Zila Goldstein Troper.
É a primeira mostra composta exclusivamente por obras do acervo do Museu. As peças foram coletadas por Ruth Sprung Tarasantchi, curadora e uma das fundadoras do Museu Judaico de São Paulo, que as recebeu como doações das próprias artistas ou de seus familiares, e trazidas à exposição em curadoria conjunta de Felipe Chaimovich.
Os conjuntos das obras tiveram sua organização pensada a partir de categorias de arte acadêmica, tais como retratos, cidades e paisagens, passando ainda por abstrações e também por um conjunto sobre temas da judeidade.
Felipe Chaimovich conclui: “A relevância das mulheres na formação deste acervo inaugural de arte indica a atenção do Museu para com uma história da arte plural e inclusiva, e que aproxime artistas menos conhecidas de autoras consagradas”.
Uma das artistas homenageadas no painel de abertura da exposição é a imigrante francesa Bertha Worms, cuja trajetória artística como primeira mulher a ser professora profissional de pintura em São Paulo no século XX foi estudada por Ruth.
Ruth, além de curadora e uma das fundadoras do MUJ, é também pioneira no tratamento de lacunas em exposições quanto a questões de gênero. Na mostra “Mulheres Pintoras”, em 2004 na Pinacoteca, evidenciou – no papel de curadora, a sub-representação de artistas mulheres nas coleções museológicas brasileiras.
Sobre o Museu Judaico de São Paulo (MUJ)
Inaugurado após vinte anos de planejamento, o Museu Judaico de São Paulo é fruto de uma mobilização da sociedade civil. Além de quatro andares expositivos, os visitantes também têm acesso a uma biblioteca com mais de mil livros para consulta e a um café que serve comidas judaicas. Para os projetos de 2023, o MUJ conta com o Banco Alfa e Itaú como patrocinadores e a CSN, Leal Equipamentos de Proteção, Banco Daycoval, Porto Seguro, Deutsche Bank, Cescon Barrieu, Drogasil, BMA Advogados, Credit Suisse e Verde Asset Management como apoiadores.
Endereço: Rua Martinho Prado, 128 – São Paulo, SP
Grupo de artistas com os curadores Ruth Tarasantchi e Felipe Chaimovich
Camila, Renata e Claudia Rabner
Miriam Nigri Schreier, Helena Muller e amigas
Ruth Tarasantchi e Ninetta Rabner
Sueli Cauduro, Miriam Nigri Schreier e Rosalia Lerner
Miriam Nigri Schreier e Renata Simon
As artistas Ninetta Rabner e Miriam Schreier ladeiam o curador Felipe Chaimovich