Lançamento de livros
“Armagedom” de Alexandre Santos, “Layla e a Uva” de Eliane Tonello em português, hebraico, francês e alemão, “Filipson: memórias de uma menina na primeira colônia judaica no Rio Grande do Sul (1904‐1920)” de Frida Alexandr e e-book “Holocausto: tudo o que você precisa saber”.
Armagedom de Alexandre Santos
Ao longo da história, muitos líderes (especialmente aqueles de natureza religiosa) vêm especulando sobre o fim dos tempos – se perguntam quando e como a Humanidade será extinta. Este é o tema do romance ‘Armagedom’, de Alexandre Santos, cujo texto trata da eterna luta do bem contra o mal, na perspectiva do livro do Apocalipse. Como nos escritos antigos – que associam o fim dos tempos a grandes pecados e apontam sinais do cataclismo final -, ‘Armagedom’ registra o tsunami de 2004, o surgimento da AIDS, a presença de grandes nuvens de gafanhotos no sul do Brasil, tempestades de areia saariana no México, a pandemia de coronavírus, aumento da fome e da violência como alguns dos sinais da aproximação do Juízo Final e conta uma grande aventura com o propósito de evitar o cumprimento das profecias de João. ‘Armagedom’ é um livro ousado e desnuda alguns dos frequentes pecados que, embora graves, vêm sendo cometidos de forma impune e, se não contidos à tempo, poderão levar a Humanidade à barbárie terminal. Não é livro para fracos de espírito.
SOBRE ALEXANDRE SANTOS
Autor de romances e contos premiados, Alexandre Santos marca presença em diversas searas da cena cultural. Além de coordenador nacional da Câmara Brasileira de Desenvolvimento Cultural, editor-geral do semanário ‘A voz do Escritor’ e diretor-geral do Canal Arte Agora, Alexandre Santos alimenta as redes sociais com crônicas diárias sobre a conjuntura política e econômica do País.
Eliane Tonello lança obra em português, hebraico, francês e alemão
Na Livraria Cameron de Porto Alegre e em parceria com a Aôba Kids, no Shopping Burbom Country, ocorreu o lançamento e sessão de autógrafos da segunda edição da obra “Layla e a Uva – edição para colorir”, da escritora Eliane Tonello, com quatro idiomas em um só livro: português, hebraico, francês e alemão.
A primeira edição, lançada durante a pandemia, já encantou crianças, adultos e adultos maduros. Na obra Layla e a Uva (2020) a menina Layla, que mora na cidade, escolhe passar as férias no campo para realizar um sonho. Edição quadrilíngue (português, italiano, espanhol e inglês).
Mauro da Silva Gomes (Kaow), ilustrador da segunda edição, assim nos diz: “Foi uma satisfação trabalhar neste projeto. Uma sensação de foco e esforço colocados em cada página, foi um prazer estar na produção do livro! Com disciplina e os estudos certos se alcançam nossos objetivos. A chave é não desistir do que se faz”.
O papel do sonhar é importante pois elucida o início da capacidade simbólica do sujeito capaz de decodificar e expressar os afetos. Além de consolidar a memória, mostra sinais de bem-estar, saúde e autoconhecimento. Já dizia o poeta Mário Quintana, “a vida é um dever que trouxemos para fazer em casa….”.
Quando dentro de casa é estimulada a fantasia e a concretização dos sonhos, o mundo exterior se torna menos amedrontador. Defende Jean Piaget que há um tipo de inteligência criadora que inventa o novo e introduz no mundo algo que não existia. Quem inventa, rompe maneiras de pensar e agir decorrentes de tradições cristalizadas. Não se pode ter medo de errar mesmo sabendo que se estará em terras desconhecidas.
Filipson: memórias de uma menina na primeira colônia judaica no Rio Grande do Sul (1904‐1920)
“Já ouviram falar de Filipson? Um nome esquisito. Nem parece brasileiro. Mas, dentro do Brasil imenso, constituía um pontinho minúsculo que ficava lá nas bandas do Sul, perdido no meio de diversas colônias prósperas compostas em sua maioria de imigrantes espanhóis, italianos e alemães e uma ou outra fazenda de brasileiros”.
Desde a primeira linha, Frida Alexandr surpreende o leitor, interpelando‐o com uma pergunta. Mesmo em 1967, quando suas memórias foram publicadas em edição restrita, provavelmente poucos responderiam afirmativamente à sua questão.
Filipson foi a primeira colônia judaica oficial do Brasil, formada por imigrantes judeus provenientes da Bessarábia (na região onde atualmente se localiza a Moldávia). Os pais e irmãos mais velhos de Frida chegaram com o grupo pioneiro, em 1904. Em Filipson: memórias de uma menina na primeira colônia judaica no Rio Grande do Sul (1904‐1920), Frida faz um registro de sua infância na colônia onde nasceu até a melancólica despedida, em 1920, quando a família decide partir novamente.
Entre os dois pontos, desliza a memória de Frida, que organiza os fatos sem a preocupação de ordená‐los no tempo. O importante é como as cenas — que envolvem seus familiares, sua passagem pela escola, as dificuldades financeiras da família, as ameaças representadas por uma natureza nem sempre hospitaleira — repercutem em sua sensibilidade. Frida se vale da linguagem para transmitir a emoção na forma como a vivenciou.
Filipson, com posfácio da pesquisadora e escritora Regina Zilberman, é um testemunho de uma etapa do processo de adaptação e preservação dos judeus do leste da Europa no Brasil. Mas esse caráter documental é acompanhado pela recuperação sensível daqueles momentos fundadores, como se a autora, à maneira de Proust, fosse em busca das vivências daquele tempo, para transmiti‐lo a um leitor que pouco conhece sobre o período.
Sobre Frida Alexandr
Frida Alexandr (29 de dezembro de 1906 – 7 de junho de 1973) foi dona de casa, voluntária e autora judaico‐brasileira. Filipson, sua única obra publicada, descreve a colônia agrícola estabelecida por imigrantes judeus no Rio Grande do Sul no início do século XX. Ela foi a primeira mulher a publicar histórias sobre imigrantes judeus a viverem no Brasil rural e a única mulher de Filipson a escrever sobre a colônia de uma perspectiva pessoal.
Sobre Regina Zilberman
Regina Zilberman é doutora pela Universidade de Heidelberg, com estágios de pós‐doutorado na Inglaterra (University College London) e nos Estados Unidos (Brown University). É pesquisadora do CNPq e professora associada do Instituto de Letras, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Publicou, entre outras obras, Estética da recepção e história da literatura e A formação da leitura no Brasil.
Museu lança e-book “Holocausto: tudo o que você precisa saber”
Com 70 perguntas e respostas rápidas e objetivas elaboradas por especialistas, o Museu do Holocausto lançou o e-book “Holocausto: tudo o que você precisa saber”. A obra, lançada em 1º de junho, traz não apenas informações históricas precisas, mas aborda questões éticas e sociais relevantes para os dias de hoje.
O principal objetivo do trabalho é combater os negacionismos, notícias falsas e a desinformação. O enfrentamento a esses fenômenos atuais é feito por meio de comprovações científicas. “O livro pode ser muito útil, elucidar dúvidas e ser empregado nos mais diversos ambientes, da sala de aula ao almoço em família”, reforça Michel Ehrlich, coordenador de História do Museu e autor do texto “A que serve um FAQ?”, presente na obra.
O livro é também o resultado da união entre as premissas da existência do Museu (e seus objetivos educativos) e o compromisso do Brasil, ao ingressar recentemente na Aliança Internacional de Memória do Holocausto (IHRA), de sua responsabilidade perante o mundo em reforçar as iniciativas em relação à transmissão dos legados desse genocídio.
A obra é fruto de um projeto de Andrea Bidlovski com o coordenador-geral do Museu do Holocausto, Carlos Reiss. “Hoje entendo que aprender sobre o Holocausto é também aprender sobre Justiça, Direitos Humanos, liberdade, resistência, tolerância, empatia e resiliência”, afirma Bidlovski.
Na apresentação do livro, Carlos Reiss destaca a importância da tolerância, do combate ao preconceito e do respeito à diversidade e alerta para os perigos do fascismo e dos riscos à democracia.