A UNRWA PERPETUA O CONFLITO DOS PALESTINOS – Por David S. Moran, direto de Israel

A UNRWA é uma instituição da ONU, iniciando suas atividades em maio de 1950. Enquanto todos os refugiados do mundo têm a ACNUR para lhes tratar, os palestinos recebem tratamento exclusivo da UNRWA. Refugiado é uma pessoa que saiu da sua casa por motivo de guerra, perseguição, causa econômica, etc… A ACNUR atende 108 milhões de refugiados de 137 países com 20.000 funcionários, enquanto a UNRWA atende 5.9 milhões de ditos refugiados palestinos com 30.000 funcionários. O privilégio dos refugiados palestinos é incalculável. A sua condição de refugiado passa de pai para o filho e já chega a quinta geração. A ACNUR atende os refugiados por 2 anos, presumindo que a pessoa se adaptou e deixa de ser refugiado.

É indiscutível que os árabes queriam manter o problema dos refugiados palestinos em banho maria e por isso confinaram-nos em campos de refugiados. O Ocidente, que sempre vai acordar tarde, colaborou com este status, não se preocupando com a falta de entrosamento dos palestinos com o povo libanês, ou jordaniano, ou sírio e as outras nações para onde emigraram. Enquanto os palestinos estavam confinados nos campos de refugiados, a sua luta e a dos países árabes com Israel estaria viva.

Com o passar do tempo, o mundo árabe entendeu que Israel é um fato consumado e que eles poderiam se beneficiar reconhecendo-o. Assim, o Egito o maior país árabe foi o primeiro a reconhecer o Estado de Israel, depois veio a Jordânia, Marrocos, Emirados Árabe Unidos e agora estão em negociações com a Arabia Saudita. Outros países árabes também tiveram relações com Israel, seja abertamente ou sigilosamente, principalmente nos campos da segurança e no econômico.

Só com os palestinos nada mudou. Apesar da Autoridade Palestina reconhecer o Estado de Israel e vice versa, as relações tem altas e baixas e não são como se esperaria em benefício dos dois lados. A Autoridade Palestina é corrupta e hostil com disfarce, diferentemente da Hamas que é hostil e não esconde este fato.

Com o ataque da organização terrorista Hamas e o apoio de suas congêneres, invadindo Israel em 7 de outubro a máscara caiu. Israel há anos que tem informações incriminatórias contra as atividades da UNRWA, mas evitava publicá-las por motivos diplomáticos. Também tinha a preocupação se a UNRWA não atuaria na região o caos seria maior.

É fato conhecido que as dependências da UNRWA servem para ensinar e educar odiar os israelenses e os judeus. Nas escolas da UNRWA, os professores, muitos deles militantes do Hamas ensinam os alunos desde o jardim de infância a segurar armas e matar os judeus. Do orçamento anual de 1.5 bilhões de dólares, mais da metade vai à educação. Essas escolas que fomentam o ódio belicoso contra Israel e glorificam os “shahid” (mártires).

Lá se aprende história distorcida, como a negação de existência judaica há milênios nesta terra e que Jerusalém foi a Capital do rei David. Os palestinos conseguiram passar a ignorantes, como o motorista

de ônibus, atual presidente da Venezuela de que Jesus que nasceu em Belém, na Palestina (que não existia na sua época) nasceu como menino palestino. Nos hospitais em Gaza, havia provas da colaboração de médicos e enfermeiros com a Hamas. O diretor do maior hospital de Gaza, o Shifa, admitiu que pertencia a Hamas. E a UNRWA não sabia de nada? No subsolo dos hospitais e de mesquitas passam túneis que serviam os terroristas da Hamas. (na foto dependências de chefes da Hamas em túnel, que tem banheiro, cozinha,sala de dormir,etc).

Os funcionários da UNRWA apoiam o Hamas. Israel mostrou provas de que 12 dos seus funcionários tomaram parte ativa no massacre de 7/10, quando mais de 1.200 israelenses foram brutalmente assassinados e cerca de 300 foram sequestrados para Gaza, inclusive cadáveres. No grupo de mais de 3.000 professores da UNRWA, consta que eles elogiaram a terrível chacina e denominaram os terroristas de “heróis”. Adicionaram pedido de matar os sequestrados.

Por incrível que pareça, os países árabes que tem fortunas, não ajudam os seus irmãos “palestinos “e ainda tem a ousadia de criticar os países ocidentais que decidiram suspender as verbas transferidas à UNRWA. Isto depois de receberem provas da relação UNRWA- Hamas. Só para os./as leitores/as terem ideia a ajuda financeira dos EUA à UNRWA é de 344 milhões de dólares, Alemanha-202 milhões, União Europeia-114 milhões, Suécia -60.9 milhões, Noruega- 34.2 milhões,(esses 2 países ainda não suspenderam), França-29, Arabia Saudita-29 milhões, Suíça e Turquia-25 milhões cada, Canadá-24 milhões de dólares. Entre os 20 primeiros países constam apenas 3 países árabes, a Arábia Saudita 29 milhões, Quweit-12 milhões e Qatar-10.5 milhões de dólares.

O absurdo do tratamento mundial aos palestinos não começou agora. Desde a criação da UNRWA, o mundo tratou os palestinos de forma diferente. Diferentemente dos demais refugiados, os tratados pela UNRWA, recebem o status de refugiado palestino, digitalmente, não é preciso se apresentar pessoalmente. Os refugiados que já deixaram o campo de refugiados, continuam sendo contabilizados, com se ali estivessem. Um exemplo são os refugiados no Líbano. Eles eram 490 mil e atualmente lá vivem 290 mil, mas contam 450 mil.

A UNRWA devia educar os refugiados e prepara-los para a “vida” até profissionalmente, no entanto a UNRWA é guiada por palestinos que apoiam o terror e querem perpetuar sua condição de refugiado- mesmo na quinta ou sexta geração. Por este e outros motivos, o Embaixador de Israel a ONU, Gilead Erdan diz que há que desmantelar a UNRWA. Ele diz: “depois que foi provado que a UNRWA não só ajuda o terror, mas faz parte ativa da organização terrorista Hamas, peço a todos os países contribuintes não renovar sua contribuição”.

Depois de 75 anos é hora de fechar a UNRWA e toda a instituição de refugiados. Se quiserem continuar sendo refugiados, entrem na ACNUR e depois de 2 anos, acabou a festa. Seria bom para todos. As pessoas obteriam melhor educação e iriam trabalhar decentemente e prosperar na vida.


DAVID S. MORAN

DAVID S. MORAN – Mora em Israel, é formado em Relações Internacionais pela Universidade Hebraica de Jerusalém e Major da reserva do exército israelense.

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