15 FATOS SOBRE O SEDER DE PÊSSACH – Por Menachem Posner

1 – O Seder é o Banquete de Pêssach

A palavra seder significa “ordem”, e refere-se ao banquete altamente estruturado feito na véspera de Pêssach, o aniversário de quando D’us (agindo através de Moshê) tirou nossos ancestrais da escravidão egípcia há mais de 3.000 anos.

2 – Carne Assada Era uma Parte Importante

Desde a própria véspera do Êxodo, o elemento central da refeição do Seder era o cordeiro assado, conhecido como Corban Pessach (“Oferenda de Pêssach”). Que era abatido no pátio do Templo Sagrado e então levado para casa para ser assado e apreciado junto com a família e amigos. Desde a destruição do Templo Sagrado em Jerusalém, este sacrifício foi suspenso.

3 – Os Principais Alimentos são Matsa e Maror

A Torá ordena que o cordeiro de Pêssach seja consumido junto com matsá e maror (“ervas amargas”, mais comumente alface romana e/ou raiz forte). A matsá que é assada antes de ter uma chance de crescer, nos lembra a pressa com que deixamos o Egito, e o maror lembra o amargor da nossa escravidão.

4 – A Refeição ao Redor do “Prato do Seder”

Arte de Sefira Lightstone

Os alimentos simbólicos são arrumados numa travessa especial, conhecida em hebraico como keará (“bandeja”), que é colocada diante do condutor do seder. Em algumas tradições, a matsá fica na bandeja (com frequência sob um pano sobre o qual os outros alimentos são colocados), enquanto outros a colocam em sua própria travessa.

5 – A Hagadá é o Principal

O livro judaico mais popular de todos os tempos é a Hagadá (“Contando”), que nos guia através da tarde, durante a qual focamos em recontar (e expressar nossos agradecimentos) pelos milagres do Êxodo . Considerando que o povo judeu foi espalhado por toda a terra durante milhares de anos, o fato de que nossas Hagadot são quase idênticas é memorável.

6 – Há 15 Etapas

Conforme destacado na Hagadá, o procedimento inteiro do Seder é dividido em 15 passos, o que torna fácil para todos lembrar o que vem em seguida naquilo que de outra forma pode ser uma sequência entre ler, beber, comer, lavar, mergulhar, e mais.

7 – Chamamos convidados

Participar num Seder é a mais onipresente de todas as observâncias judaicas, mais até que jejuar em Yom Kipur ou acender velas no Shabat. Não é e admirar portanto que a experiência seja introduzida por uma breve prece que – entre outras coisas – convida a todos os necessitados a se reunir para a refeição de Pêssach.

8 – Bebemos Quatro Copos de Vinho

Arte de Sefira Lightstone

Bebemos quatro copos de vinho (ou suco de uva) no decorrer do Seder, para celebrar nossa liberdade:

1. O primeiro copo segue o Kidush, uma breve prece destacando a santidade do dia.

2. O segundo copo vem depois que contamos (e falamos sobre) os milagres do Êxodo.

3. O terceiro copo bebemos após o Bircat Hamazon, prece de Agradecimento Após as Refeições.

4. Tomamos o copo final após concluir o Halel, Salmos de Louvor.

9 – Narramos a História do Êxodo

Antes de comermos a matsá e o maror, narramos a História de nossa saída da escravidão e nosso Êxodo bem como sua continua relevância para nós hoje e para as gerações. O texto principal, conhecido como Maguid, é centrado no texto de quatro versos que os agricultores israelenses recitavam ao trazer bikurim (o primeiro fruto) para Jerusalém, conforme exposto no Midrash. Isso foi expandido ainda mais até a forma final, como o conhecemos, e que tomou forma na Idade Média.

10 – Crianças Desempenham o Papel Principal

Sobre nosso relato da saída do Egito, a Torá nos diz: “E você deverá contar ao seu filho naquele dia.” Tudo que fazemos durante o Seder é feito para despertar a curiosidade da criança e então provê-la com alimento espiritual apropriado para a idade. Assim, Maguid começa com a criança fazendo as Quatro Perguntas, cada uma das quais aponta outro elemento incomum do ritual do Seder.

11 – Nós “Mergulhamos” Duas Vezes

Arte de Sefira Lightstone

Entre as anomalias destacadas nas Quatro Perguntas está que mergulhamos durante o seder, não apenas uma vez mas duas: Primeiro mergulhando nosso antepasto vegetal (Carpas) em água salgada e então mergulhando o maror amargo no charosset, uma pasta doce.

12 – Nos Reclinamos ao Comer

A criança também destaca que nos reclinamos enquanto comemos nossa matsá e bebemos nosso vinho, seguindo a etiqueta de um banquete formal durante a era do Segundo Templo. Essa é uma expressão da nossa liberdade, pois escravos jamais apreciariam uma refeição dessa maneira.

13 – Derramamos o Vinho

Durante Maguid, quando listamos as 10 pragas que atingiram os egípcios, bem como outros elementos da retribuição Divina imposta sobre nossos antigos atormentadores, derramamos gotas de vinho de nossas taças.

14 – Tentamos Terminar à Meia-Noite

Quando o Seder apresentaca o cordeiro Pascal, éramos obrigados a terminar de consumi-lo à meia-noite, o momento em que D’us feriu os primogênitos egípcios, o golpe final que garantiu nossa liberdade da escravidão.

Mesmo que não tenhamos mais cordeiro na véspera de Pêssach, tentamos comer nosso pedaço final de matsá, conhecido como o afikoman, antes de chatzot (“meia-noite haláchica”) na primeira noite de Pêssach.

15 – Fazemos Isso Duas Vezes na Diáspora

Durante grande parte da história, o início de cada mês judaico era declarado pelo Tribunal após a “lua nova” ter sido vista. Isso significava que aqueles que estavam longe da corte (Jerusalém) muitas vezes não sabiam a data hebraica exata até várias semanas depois. Desenvolveu-se assim na diáspora a prática de celebrar as festas judaicas por dois dias, para garantir que fosse celebrada no dia correto. Isso foi consagrado na Halachá, a lei judaica, e permaneceu como prática normativa, embora o calendário agora seja definido com antecedência. Dessa forma, na Diáspora (fora da Terra de Israel) o Seder é celebrado na véspera de 15 de Nissan e então novamente na noite seguinte, 16 de Nissan.

Fonte: https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/5491714/jewish/15-Fatos-Sobre-o-Seder-de-Pssach.htm


Menachem Posner

Rabi Menachem Posner atua como editor no Chabad.org, o maior site informativo judaico do mundo. Ele tem escrito, pesquisado e editado para Chabad.org desde 2006, quando recebeu seu certificado rabínico da Yeshiva Central Tomchei Temimin Lubavitch. Reside em Chicago, Illinois, com sua família.

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