O TERROR DA HAMAS É TERROR PALESTINO E É TERROR  – Por David S. Moran, direto de Israel

Em que mundo vivemos? Num mundo que aplaude organizações terroristas? Pelo visto nos últimos acontecimentos parece que sim. A organização terrorista Hamas fundada em 1987 pela organização islamista radical, a “Irmandade Muçulmana”, que é proibida em muitos países árabes. O nome Hamas tem 2 significados. Um é traduzido para “entusiasmo” e o segundo é abreviação do Movimento de Resistência Islâmica.

Toda a essência da Hamas é de usar o terror contra seus adversários e impor a lei da “sharia”- do islamismo- e quem não aceitar, será morto. Por seus atos durante os anos, muitos países declararam que a Hamas é uma organização terrorista. Entre eles, os Estados Unidos, Israel, Reino Unido, os países da União Europeia, Australia, Jordania, Japão, Noruega, Islândia e Paraguai.

Israel trava uma guerra contra a Hamas, que subiu ao poder na Faixa de Gaza em 2007 e aprofundou suas hostilidades também contra a Autoridade Palestina do Mahmud Abbas, que controla partes da Cisjordânia. A organização terrorista Hamas almeja e clama abertamente que quer destruir o Estado de Israel e formar um Estado islâmico Palestino do Rio Jordão (no mapa corre desde o Libano até o Mar Morto) até o Mar Mediterrâneo, isto é sem o Estado de Israel.

Não só fala abertamente. Hamas, com outros grupos palestinos como a Jihad Islâmica recebem verbas do Irã e do Qatar e fazem atos terroristas contra Israel. O cume deles foi a invasão surpresa de cerca de 3.000 terroristas ao território israelense no dia 7 de outubro último. Atacaram civis pacatos dos kibutzim em volta da Faixa de Gaza, que até empregavam palestinos de Gaza. Os terroristas realizaram a maior matança de judeus desde o Holocausto, de mais de 1.200 pessoas de bebes até idosos. Estupraram, degolaram e até queimaram bebes em micro ondas. Esta invasão não foi realizada para exigir independência (que já tem desde 2005- quando forças israelenses se retiraram de Gaza). Esta selvageria é uma brutalidade desumana, como a fazem outra organizações terroristas islâmicas, tipo Boko Haram, o Estado Islâmico (ISIS) e outras.

Esta selvagem invasão surpreendeu duplamente, pois para ganhar fronteira calma, Israel permitiu a Qatar entregar livremente 30 milhões de dólares a moradores de Gaza carentes e a passagem de caminhões transportando necessidades básicas para Gaza. Tudo isto da fronteira de Israel com Gaza e não do Egito que fechou as portas temendo que Hamas transferisse suas atividades para o país. Ninguém no mundo exigiu que o Egito ajudasse “os irmãos árabes” no transporte de alimentos e outras necessidades para Gaza. A única entrada com o Egito é a de Rafah (agora tomada por Israel) por onde passava extenso comércio ilegal, gerando muito dinheiro corrupto aos soldados e policiais egípcios ali acantonados. Por lá contrabandeavam habitantes de Gaza que tinha dinheiro e os passavam ao Egito. Estima-se que entre depois de 7/10, entre 80.000 a 100.000 gazenses passaram ao Egito. Debaixo da cerca que o Egito construiu na fronteira com Gaza há inúmeros túneis e por lá passam veículos, armamento e outro material que a Hamas a troco de suborno às autoridades egípcias.

Logo depois do ataque da Hamas contra Israel e o sequestro de 250 israelenses para Gaza, Israel foi avisando a população do norte da Faixa de Gaza para evacuar ao sul. Israel tem interesse em liquidar os terroristas e não a população civil. Durante semanas a população foi notificada por meio de panfletos lançados, intervenções nas rádios locais e com telefonemas. Hamas que usa o terror contra Israel, usou-o também contra a população escondendo-se atras de civis. Em todos os hospitais, escolas, dependências da UNRWA e até mesquitas há tuneis e material bélico foi encontrado pelo exército israelense.

A simpatia e solidariedade internacional ao Estado de Israel pela invasão da Hamas, foi enfraquecendo com a reação de Israel atacando a Hamas e em consequência atingindo civis também. Não há números exatos, mas todos aceitam os números que Hamas publica, mesmo assim os especialistas dizem que a proporção de civis atingidos e dos armados da Hamas é a menor de todas as guerras que envolvem civis.

Qatar é um país radical islâmico, com verbas ilimitadas graças ao petróleo e ao gás do seu solo, anos a fio investia em universidades e fóruns de opinião pública. Seu esforço agora saiu à tona com as manifestações em universidades de renome contra Israel e a favor de uma organização terrorista, Hamas e com muita conotação antissemita. Os gritos de “libertem a Palestina”, ou “do Rio (Jordão) ao Mar (Mediterrâneo), Palestina será livre, muitos universitários nem sabem o significado disso (destruição do Estado de Israel). Perguntados aonde é Israel no mapa, não sabem apontar, ou porque os árabes lutam contra Israel, fica sem resposta.

Israel representa o Ocidente, a evolução, o modernismo, progresso e invenções que beneficiam o mundo todo. Os países muçulmanos não podem apontar uma invenção sua das últimas décadas, ou mesmo centenas de anos. Eles são retrógados, atrasados e de governos autoritários. Os países árabes ricos, o são por sorte que em suas terras há petróleo e gás em abundância e não por mérito de esforços e trabalho.

Hamas, em nome dos palestinos, usa o terror contra artistas, intelectuais, cantores, esportistas e pessoas que não aceitam suas opiniões. Isto vale não só aos Ocidentais e é empregado também contra governos árabes. Na quarta-feira a cantora israelense Eden Golan fez um ensaio de sua canção em Malmo, Suécia, onde está sendo realizado o festival europeu da Canção, a Eurovisão. Uma porção de arruaceiros tentaram interromper o ensaio com vaias. Em muitos lugares na Europa e mesmo nos Estados Unidos há judeus que sentem perigo em andar em certos lugares.

Os países europeus que permitiram a “invasão” de muçulmanos ás suas comunidades, já estão sentindo suas consequências. Esses imigrantes não fazem esforço de se absorver na nova região. Montam concentração de islamistas em cidades – como Malmo – e caem no ônus do dinheiro público local.

Universidades, inclusive na USP, há vozes para terminar a cooperação e investimentos em universidades israelenses. Acredito que estes passos são contraprodutivos aos que querem boicotar, pois com as universidades tem muitos benefícios. Algumas recentes para citar: A Universidade de Tel Aviv está desenvolvendo vacina que protegerá do mal de Alzheimer e de AVC. O Technion desenvolveu teste de sangue que identifica vários tipos de câncer. O laboratório de imagem Given desenvolveu câmera minúscula engolida como um analgésico e transmite milhares de fotos para identificar pólipos, câncer e sangramento interno. A Universidade Hebraica de Jerusalém desenvolveu simulador neuro estimulador elétrico para implantar nos doentes de Parkinson evitando os sinais da tremedeira. Cientistas do Hospital Hadassa de Jerusalém inventaram o primeiro remédio para Esclerose lateral amiotrófica, chamada Lou Gehring. O cientista Stephen Hawking, que sofria desta doença, era tratado por métodos descobertos por cientistas

israelenses. Isto sem mencionar o Wase, o Sistema de irrigação por gotas da Netafim, o Voip, de comunicação pela internet, sistema de aquecimento de água por raios solares, armazenamento de dados no disk on key, a tomografia por CT e muito mais por uma nação de menos de 10 milhões de habitantes. O que trouxeram ao mundo 56 nações islâmicas com mais de 1. 5 bilhões de habitantes. É verdade que nem todos os muçulmanos são terroristas (a grande maioria não o é), mas todos os atuais terroristas que abalam o mundo são muçulmanos.


DAVID S. MORAN

Mora em Israel, é formado em Relações Internacionais pela Universidade Hebraica de Jerusalém e Major da reserva do exército israelense.

vavamoran@hotmail.com