EM EVIDÊNCIA – GENTE QUE ACONTECE E FAZ ACONTECER
Andréa Vainer, Carola Videira, Alexandre Pacheco da Silva, Alexandre Schwartsman, Natalie Klein, Vivianne Pasmanter, Rony Vainzof, Paula Puppi, Embaixador Daniel Zonshine, Arie Kizel, Monica Rosenberg, Michel Gherman, Santiago Peña, Presidente do Paraguai, Jack Terpins, Daniela Wainer e Rosely Roth.
CONIB promove evento para discutir aspectos jurídicos e sociais do discurso de ódio e do antissemitismo
Em um momento em que o discurso de ódio e o antissemitismo vem crescendo a níveis alarmantes em todo o mundo, a Confederação Israelita do Brasil (CONIB) realizou em São Paulo, na Unibes Cultural, um debate com o tema: “Discurso de ódio e antissemitismo nas redes: aspectos jurídicos e sociais”.
O evento contou com a presença de especialistas de dentro e de fora da comunidade judaica. Eram eles: Andréa Vainer, advogada criminalista, Carola Videira, especialista em gestão de diferenças no ensino e no ambiente corporativo, Alexandre Pacheco da Silva, Doutor em Política Científica e Tecnológica pela Unicamp, Alexandre Schwartsman, sócio-diretor da Schwartsman & Associados Consultoria Econômica, especializado em macroeconomia, Natalie Klein, empresária da moda, criadora da NK Store e uma das fundadoras do movimento PinForPeace e Vivianne Pasmanter (foto), premiada atriz paulistana com atuações no teatro, cinema e televisão.
A mediação dos dois painéis ficou por conta do advogado Rony Vainzof e de Paula Puppi, presidente do conselho do IAB, atuando no desenvolvimento e regulamentação do mercado digital brasileiro.
Diretoria da ACIB participa de jantar na embaixada de Israel
O Embaixador Daniel Zonshine recebeu na embaixada de Israel a diretoria da ACIB (Associação Cultural Israelita de Brasília) no último dia 20 de maio para um jantar, que contou com a presença do professor Arie Kizel, da Universidade de Haifa. Kizel cumpria agenda na Universidade Católica de Brasília em congresso que reuniu professores e pesquisadores do Brasil e de países como Noruega, Equador, Chile e Austrália e que teve a finalidade de estabelecer-se como espaço de debates acerca dos novos contextos emergentes no campo da formação docente.
Kizel é presidente da Associação Mediterrânea de Filosofia e figura de destaque no campo da educação para crianças com necessidades especiais.
“Mulher judia na política”
Mais um enriquecedor encontro foi realizado pelo Grupo de Ativismo Feminino da B’nai B’rith São Paulo. Desta feita o tema foi “Mulher Judia na Política”, ministrado pela advogada e especialista em combate à corrupção Monica Rosenberg.
Foi uma tarde de muito aprendizado, troca de experiências e fortalecimento da luta por igualdade e justiça.
Palestra no Colégio Gracinha
Michel Gherman, assessor acadêmico do IBI – Instituto Brasil-Israel, ministrou a palestra “Gramática antissemita e subjetividade nazista” para dezenas de alunos e professores do Colégio Gracinha, em São Paulo, onde houve um caso recente de antissemitismo.
Presidente do Paraguai participará do 30º ano do atentado à Amia
Santiago Peña, Presidente do Paraguai, já confirmou presença na celebração do 30º aniversário do atentado à Amia, instituição judaica argentina de apoio à comunidade.
Em 18 de julho de 1994, um carro-bomba estacionou em frente a entidade e deixou um saldo de 85 mortos e centenas de feridos. Até hoje, os familiares das vítimas clamam por justiça. Os perpetradores, ligados ao governo iraniano, já foram condenados, no entanto, não foram punidos.
“Esse ataque vitimou argentinos, não apenas judeus. Tinham pessoas de fora da comunidade e foram igualmente atingidos. Pedimos há anos por justiça”, reivindica Jack Terpins, presidente do Congresso Judaico Latino-Americano.
Mais chefes de Estado, assim como membros de chancelarias e governos participarão da cerimônia, que reúne milhares de pessoas, e que acontece na mesma data do atentado, em 18 de julho defronte a sede da Amia.
Memória e dignidade
Daniela Wainer (foto), coordenadora do Gaavah, coletivo judaico LGBTQIA+ do IBI – Instituto Brasil-Israel, está à frente da campanha para que seja colocada a lápide no túmulo de Rosely Roth, ícone da luta pela visibilidade lésbica. Ela se suicidou nos anos 1990 e foi enterrada quase como uma indigente no cemitério judaico de Vila Rosali (velho), no Rio de Janeiro. Desde então há uma tentativa de apagamento de sua memória.
“Nós, do Gaavah, estamos há quase três anos fazendo um trabalho de resgate, tentando reconstituir momentos da sua vida. Era muito difícil encontrar qualquer informação sobre ela além do básico. Foi por meio desta pesquisa que conseguimos descobrir onde ela foi enterrada. Dadas as circunstâncias trágicas da sua morte, a ausência de lápide se tornou um símbolo muito forte do apagamento que ela sofreu”, conta Daniela.
No judaísmo, a matzeivá, “pedra tumular”, é um ato de respeito aos que se foram, de forma que não sejam esquecidos. Na lápide, está o nome da pessoa, com a data de nascimento e de morte, além de uma mensagem que pode ser escolhida pela família. O primeiro judeu a colocar uma lápide no túmulo de uma pessoa morta foi Jacó, ao homenagear a esposa, Rachel. Rosely Roth, mulher, judia, lésbica, ativista pela diversidade, não teve essa homenagem – ainda.
O Gaavah, com apoio do Instituto Brasil-Israel, está disposto a mudar essa história. O coletivo está promovendo uma campanha para colocar a matzeivá em seu túmulo.
Quer ajudar?
O valor da matzeivá é de R$ 10 mil. Qualquer contribuição faz a diferença:
PIX: Quer saber mais sobre a história de Rosely Roth? Ouça o episódio do “E eu com isso?” sobre ela!
Fonte: Newsletter do IBI de 25/05/24
