Prêmio Nobel – Em 2015, o Times Higher Education classificou Israel como o quinto melhor desempenho deste século

Estabelecido pelo inventor sueco Alfred Nobel em 1895, o Prêmio Nobel é um conjunto de prêmios anuais concedidos a indivíduos em reconhecimento aos avanços culturais e/ou científicos em seis categorias – Literatura, Química, Economia, Física, Paz Mundial e Medicina.

Israel produziu um número desproporcional de vencedores do Prêmio Nobel. Em agosto de 2015, o Times Higher Education classificou Israel como o quinto melhor desempenho deste século com base no número de Prêmios Nobel ganhos, bem como na importância e prestígio de cada um. A publicação também classificou as universidades globais com base nos vencedores do Prêmio Nobel e o Technion-Israel Institute of Technology ficou em oitavo lugar na lista, acima de Harvard e de todas as universidades britânicas.

Não nos surpreendemos mais quando talentosos judeus são apontados como ganhadores do prêmio Nobel. Entre 1901 e 2022, o Prêmio Nobel foi concedido a mais de 900 indivíduos e organizações. Pelo menos 211 deles são judeus.

Há uma lista significativa em número e mentes de judeus que contribuiram para o desenvolvimento científico, prático e intelectual, através de pesquisas e descobertas que determinaram novos rumos ao presente e futuro do planeta e da humanidade.

Lições para a Vida

O Nobel de Física chegou a ser dividido entre o americano Bruce Beutler, o franco-luxemburguês Jules Hoffmann e concedido ao judeu canadense Ralph Steinman, falecido três dias antes do anúncio oficial, sem que a comissão soubesse antes. Como Steinman não havia sido contactado, e apenas souberam mais tarde de sua morte, o prêmio foi mantido em homenagem póstuma recebida por seus familiares. Steinman faleceu na véspera de Rosh Hashaná.

O caso de Steinman nos ensina que é uma pena não termos tido o reconhecimento em vida de nosso trabalho, mas no entanto, mesmo após a morte, podemos ser avaliados e homenageados por nossas contribuições. Construir um bom nome também pode ser comparado a um monumento. No caso do cientista, ele deixou um legado, um monumento à humanidade. Outro exemplo tem sido o judeu israelense Dan Shechtman, Nobel de Química, (cientista do Instituto de Tecnologia de Israel, Technion), pela descoberta dos quase-cristais.

Na manhã de 8 de abril de 1982, enquanto examinava uma liga de alumínio e manganês em um microscópio eletrônico, Shechtman viu uma imagem que contradizia as leis da natureza e inicialmente duvidou do que havia observado. Mais difícil foi convencer a comunidade científica de que se tratava de uma importante descoberta. Um dos que duvidaram foi Linus Pauling, ganhador do Nobel de Química em 1954. Em toda matéria sólida, até então se achava que os átomos se agrupavam dentro de cristais em padrões simétricos repetidos periódica e constantemente. Para os cientistas, essa repetição era fundamental de modo a se obter um cristal.

A imagem vista por Shechtman mostrava algo diferente: que átomos em um cristal poderiam ser agrupados em um padrão que simplesmente não se repetiria jamais. A descoberta foi tão polêmica que o próprio cientista foi convidado a deixar o grupo de pesquisa do qual fazia parte. O diretor do laboratório até mesmo lhe deu um manual de cristalografia, aconselhando-o a estudar mais. Durante 29 anos foi desacreditado, criticado e desprezado por colegas. Perdeu até seu lugar junto ao seu grupo de pesquisas.

No entanto, os mosaicos ajudam a elucidar sua descoberta. Mosaicos não periódicos, como os medievais encontrados em construções islâmicas – tal qual o palácio de Alhambra, na Espanha, ou a mesquita Darb-i Imam, no Irã. Eles ajudaram os cientistas a entender como os quase-cristais se parecem no nível atômico. Assim como os quase-cristais, esses mosaicos têm padrões regulares, que seguem regras matemáticas, mas nunca se repetem.

Depois da descoberta de Shechtman, outros cientistas produziram diversos tipos de quase-cristais em laboratório. Na natureza, essas formas inusitadas também são encontradas. Foram observadas em amostras de minerais de um rio na Rússia e em um tipo de aço feito na Suécia. Quase-cristais estão sendo experimentados nos mais variados produtos, de frigideiras e motores a diesel.

O tempo e outras pesquisas mostraram que Shechtman estava certo e sua descoberta acabou alterando o conceito e o conhecimento sobre a matéria sólida. Shechtman receberá 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 2,8 milhões) em cerimônia em dezembro, em Estocolmo. Mas sua recompensa é muito maior que a monetária: é ter sido reconhecido, ter dado a volta por cima deixando surpresa toda uma classe científica.

A lição que devemos levar para nossas vidas, em nosso relacionamento com colegas, amigos e familiares e para nós mesmos são significativas: devemos aprender a escutar sempre as pessoas à nossa volta. Jamais devemos subestimar nossos colegas, irmãos, amigos. Devemos sempre dar respeito e espaço para que possam se expressar.

Ficaremos surpresos com a capacidade e resultados que poderão ser conquistados.

Economia

· 1970 – Paul Samuelson

· 1971 – Simon Kuznets

· 1972 – Kenneth Arrow

· 1973 – Wassily Leontief

· 1975 – Leonid Kantorovich

· 1976 – Milton Friedman

· 1978 – Herbert A. Simon

· 1980 – Lawrence Robert Klein

· 1985 – Franco Modigliani

· 1987 – Robert M. Solow

· 1990 – Harry Markowitz
Merton Miller

· 1992 – Gary Becker

· 1993 – Robert Fogel

· 1994 – John Harsanyi

· 1997 – Myron Scholes

· 2001 – Joseph Stiglitz
George A. Akerlof

· 2002 – Daniel Kahneman

· 2005 – Robert Israel Aumann

· 2007 – Leonid Hurwicz
Eric Maskin
Roger Myerson

· 2008 – Paul Krugman

· 2010 – Peter Diamond

· 2012 – Alvin Roth

· 2018 – William Nordhaus

· 2019 – Michael Kremer

· 2020 – Paul Milgrom

· 2021 – Joshua Angrist

· 2022 – Ben Bernanke

Física

· 1907 – Albert Abraham Michelson

· 1908 – Gabriel Lippmann

· 1921 – Albert Einstein

· 1922 – Niels Bohr

· 1925 – James Franck
Gustav Hertz

· 1943 – Otto Stern

· 1944 – Isidor Issac Rabi

· 1945 – Wolfgang Pauli

· 1952 – Felix Bloch

· 1954 – Max Born

· 1958 – IgorTamm

·           – Il’ja Mikhailovich Frank

· 1959 – Emilio Segrè

· 1960 – Donald A. Glaser

· 1961 – Robert Hofstadter

· 1962 – Lev Davidovich Landau

· 1963 – Eugene Wigner

· 1965 – Richard Feynman
Julian Schwinger

· 1967 – Hans Bethe

· 1969 – Murray Gell-Mann

· 1971 – Dennis Gabor

· 1972 – Leon Cooper

· 1973 – Brian David Josephson

· 1975 – Benjamin Mottleson

· 1976 – Burton Richter

· 1978 – Arno Penzias
Pyotr Kapitsa

· 1979 – Stephen Weinberg
Sheldon Glashow

· 1987 – K. Alexander Muller

· 1988 – Leon Lederman
Melvin Schwartz
Jack Steinberger

· 1990 – Jerome Friedman

· 1992- Georges Charpak

· 1995 – Martin Perl
Fredrick Reines

· 1996 – David M. Lee

· 1997 – Claude Cohen-Tannoudji

· 2000 – Zhores I. Alferov

· 2003 – Vitaly Ginzburg
Alexei A. Abrikosov

· 2004 – H. David Politzer
David Gross

· 2005 – Roy Glauber

· 2011 – Saul Perlmutter
Adam Riess

· 2012 – Serge Haroche

· 2013 – Francois Englert

· 2016 – J. Michael Kosterlitz

· 2017 – Rainer Weiss
Barry C. Barish

· 2018 – Arthur Ashkin

· 2020 – Roger Penrose

Literatura

· 1910 – Paul Heyse

· 1927 – Henri Bergson

· 1958 – Boris Pasternak
(Foi forçado a recusar o prêmio pela União Soviética.)

· 1966 – Shmuel Yosef Agnon
Nelly Sachs

· 1976 – Saul Bellow

· 1978 – Isaac Bashevis Singer

· 1981 – Elias Canetti

· 1987 – Joseph Brodsky

· 1991 – Nadine Gordimer

· 2001 – Imre Kertesz

· 2005 – Harold Pinter

· 2016 – Bob Dylan

· 2020 – Louise Gluck

Medicina e Fisiologia

· 1908 – Elie Mechnikov
Paul Ehrlich

· 1914 – Robert Barany

· 1922 – Otto Meyerhof

· 1930 – Karl Landsteiner

· 1936 – Otto Loewi

· 1944 – Herbert Spencer Gasser
Joseph Erlanger

· 1945 – Ernst Boris Chain

· 1946 – Hermann Joseph Muller

· 1950 – Tadeus Reichstein

· 1952 – Selman Abraham Waksman

· 1953 – Hans Krebs
Fritz Lipmann

· 1958 – Joshua Lederberg

· 1959 – Arthur Kornberg

· 1964 – Konrad Bloch

· 1965 – Francois Jacob
Andre Lwoff

· 1967 – George Wald

· 1968 – Marshall Nirenberg

· 1969 – Salvador Luria

· 1970 – Julius Axelrod
Bernard Katz

· 1972 – Gerald Maurice Edelman

· 1975 – David Baltimore
Howard Temin

· 1976 – Baruch Blumberg

· 1977 – Rosalyn Sussman Yalow
Andrew V. Schally

· 1978 – Daniel Nathans

· 1980 – Baruj Benacerraf

· 1984 – Cesar Milstein

· 1985 – Michael Stuart Brown
Joseph Goldstein

· 1986 – Stanley Cohen
Rita Levi-Montalcini

· 1988 – Gertrude Elion

· 1989 – Harold Varmus

· 1994 – Alfred Gilman
Martin Rodbell

· 1997- Stanley B. Prusiner

· 1998 – Robert Furchgott

· 2000 – Paul Greengard
Eric Kandel

· 2002 – H. Robert Horvitz
Sydney Brenner

· 2004 – Richard Axel

· 2006 – Andrew Fire

· 2011 – Ralph Marvin Steinman
Bruce Beutler

· 2013 – James E. Rothman
Randy W. Schekman

· 2017 – Michael Rosbash

· 2020 – Harvey Alter

· 2021 – David Julius

Paz

· 1911 – Alfred Fried
Tobias Michael Carel Asser

· 1968 – Rene Cassin

· 1973 – Henry Kissinger

· 1978 – Menachem Begin

· 1986 – Elie Wiesel

· 1994 – Shimon Peres
Yitzhak Rabin

· 1995 – Joseph Rotblat

Química

· 1905 – Adolph Von Baeyer

· 1906 – Henri Moissan

· 1915 – Richard Willstaetter

· 1918 – Fritz Haber

· 1943 – George Charles de Hevesy

· 1961 – Melvin Calvin

· 1962 – Max Ferdinand Perutz

· 1972 – William Howard Stein
Christian Anfinsen

· 1977 – Ilya Prigogine

· 1979 – Herbert Charles Brown

· 1980 – Paul Berg
Walter Gilbert

· 1981 – Roald Hoffmann

· 1982 – Aaron Klug

· 1985 – Herbert Hauptman
Jerome Karle

· 1989 – Sidney Altman

· 1992 – Rudolph Marcus

· 1994 – George Olah

· 1998 – Walter Kohn

· 2000 – Alan Heeger

· 2004 – Avram Hershko
Aaron Ciechanover
Irwin Rose

· 2006 – Roger Kornberg

· 2008 – Martin Chalfie

· 2009 – Ada Yonath

· 2011 – Daniel Schechtman

· 2012 – Robert Lefkowitz

· 2013 – Michael Levitt
Arieh Warshel
Martin Karplus

Fonte: Jewish Virtual Library

NOTA – matéria pulicada no https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/6040064/jewish/O-Prmio-Nobel.htm#utm_medium=email&utm_source=1616_revista_pt&utm_campaign=pt&utm_content=content

20
20