As violações do Hezbollah e suas ameaças ao futuro do Oriente Médio

Desde 8 de outubro, o Hezbollah tem violado sistematicamente as normas internacionais, intensificando as agressões com o lançamento de mais de oito mil mísseis e foguetes, além do uso de centenas de drones. Esses ataques resultaram na morte de dezenas de civis inocentes, espalhando destruição e terror, sobretudo no norte de Israel. As consequências vão além da perda de vidas, gerando uma crise humanitária com o deslocamento forçado de mais de 100 mil civis, que abandonaram suas casas destruídas, além da devastação de mais de 250 mil hectares.

O Hezbollah é a maior e mais poderosa organização terroristas do mundo, com cerca de 100 mil membros – dez vezes maior que o Hamas – e um arsenal impressionante de mais de 150 mil mísseis e foguetes, superando o de muitos países da OTAN. Seu braço armado inclui unidades anfíbias e marítimas, além de comandos de elite, como os Radwan, preparados para invadir Israel a qualquer momento. A presença de dezenas de milhares de mísseis equipados com cargas úteis superiores a 500 quilos de explosivos apenas reforça sua imensa capacidade destrutiva e seu potencial de ameaça.

Com sua fundação em 1986, sob o apoio do Irã, o Hezbollah tem sido responsável pela maior parte dos ataques terroristas ocorridos no mundo nas últimas décadas, os quais se destacam os atentados contra a Embaixada de Israel em Buenos Aires em 1992 e contra a AMIA em 1994, que causaram 184 mortes. O grupo atua como braço direito do Irã, recebendo 1 bilhão de dólares por ano, além de treinamento e ordens diretas de Teerã.

A organização visa não apenas a implosão do Líbano, mas a transformação do país em uma proxy iraniana, a qual ajudaria a cumprir um de seus principais objetivos: a aniquilação do Estado de Israel. O Hezbollah, também, é a maior das diversas proxies de Teerã, como a Jihad Islâmica Palestina e o Hamas, que auxiliam no estabelecimento da dominação do Islã Xiita no Oriente Médio e na sua propagação no mundo.

O grupo viola flagrantemente o direito internacional, desrespeitando as resoluções 1559 e 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que exigem seu desarmamento e retirada das áreas fronteiriças ao sul do Líbano. A persistência do Hezbollah em ignorar essas decisões pacificadoras revela o comprometimento do grupo com uma agenda beligerante e genocida, que ultrapassa qualquer esforço legítimo de Israel para alcançar a paz na região.

A presença militar e os ataques do Hezbollah na fronteira representam uma ameaça constante à estabilidade do Oriente Médio e à segurança internacional. Diante dessa agressão contínua, a resposta de Israel, respaldada pelo direito à autodefesa previsto no artigo 51 da Carta da ONU, é inevitável e legítima. Assim, as ações de Israel devem ser entendidas não apenas como uma defesa de sua soberania, mas como uma reação justificada à violência indiscriminada e às ameaças existenciais representadas pelo Hezbollah. A autodefesa, nesse contexto, é uma obrigação frente às tentativas constantes de desestabilizar a região.


NOTA – Matéria recebida do Consulado Geral de Israel

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