Medicina intervencionista no Einstein: maior precisão no diagnóstico e tratamento de pacientes oncológicos
- A medicina intervencionista vem evoluindo junto com a tecnologia e abrindo espaço para métodos inovadores que garantem mais precisão no diagnóstico e tratamento de diferentes doenças na cardiologia, na neurologia, mas, sobretudo, na oncologia.
- Os procedimentos intervencionistas – diagnósticos e terapêuticos – são realizados com base em imagens de radiologia, como angiografia, ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética, de forma minimamente invasiva, ou seja, sem a necessidade de incisões cirúrgicas convencionais.
- A especialidade viabiliza tratamentos menos invasivos e com menos chances de complicações, e garante a melhora do quadro clínico em um intervalo menor de tempo, permitindo retorno breve às atividades cotidianas. Por isso, vem contribuindo significativamente com a qualidade de vida dos pacientes.
- As técnicas de medicina intervencionista são cuidadosamente personalizadas para cada paciente, levando em consideração um conjunto de fatores específicos do seu perfil clínico. Entre esses fatores estão o estado geral de saúde, a idade, a condição física, o histórico médico (incluindo a presença de comorbidades como doenças cardíacas, pulmonares, etc), além das expectativas e preferências do paciente em relação à recuperação. Adicionalmente, a escolha dos procedimentos também é feita de acordo com o tipo e a localização exata da doença, garantindo que o tratamento seja o mais adequado para cada situação individual.”
- No Einstein, o Centro de Medicina Intervencionista existe há 10 anos. A área, que começou com cerca de 1,2 mil procedimentos por ano, realiza, atualmente, em torno de 15 mil procedimentos anuais. Esse crescimento exponencial ao longo dos anos traduz o imenso potencial da especialidade, demonstrando sua relevância e eficácia no tratamento de uma ampla variedade de condições médicas de forma minimamente invasiva, sempre com foco no bem-estar e na recuperação dos pacientes.
- Nos últimos cinco anos, a organização aumentou em 40% o número de atendimentos dentro da unidade hospitalar do Morumbi, em São Paulo, sobretudo no campo da oncologia intervencionista, principalmente para tratamento de câncer colorretal metastático, tumores de próstata, rim, osso, mama pulmão.
- No ano passado, a organização se tornou o primeiro hospital da América Latina a receber a acreditação do IASIOS (International Accreditation System for Interventional Oncology Services), uma certificação de prestígio mundial, com sede na Áustria, que é restrita a centros de alto volume e comprovada qualidade. O processo de certificação envolveu uma rigorosa análise e revisão de processos, com ênfase na garantia da qualidade, segurança e adoção das melhores práticas clínicas. Foram revisados mais de 100 casos terapêuticos, além da implementação de novas tecnologias e a formação contínua de médicos e enfermeiros, consolidando o compromisso da instituição com a excelência nos serviços de medicina intervencionista.”
- Fora do âmbito privado, os pacientes atendidos na rede pública, nas unidades do SUS gerenciadas pelo Einstein, também vem sendo beneficiados pelas inovações da área.
Abaixo, o que o Einstein fez e faz em medicina intervencionista para pacientes com câncer:
Na assistência
A fim de ajudar no tratamento oncológico, com apoio da medicina intervencionista, o Einstein implementa tratamentos focais permeados por técnicas inovadoras
- Eletroporação Irreversíve (NanoKnife®): procedimento minimamente invasivo aplicado no tratamento do câncer de próstata, pâncreas, fígado e tecidos moles (sarcomas, melanomas e tumores desmóides), feito por meio de uma corrente elétrica, que, a partir do uso de múltiplos eletrodos inseridos ao redor dos tumores, realiza uma “abertura” nos poros celulares, fazendo com que as células cancerígenas morram. A tecnologia permite tratar os pacientes com câncer inicial e localizado, na maioria das vezes, em apenas uma sessão.
- Terapias ablativas térmicas para tumores sólidos: realizada por meio do uso de tecnologias como radiofrequência, microwave ou crioablação, quando um probe no formato de agulha delgada, entrega energia no interior das lesões, destruindo os tumores com margem de segurança, aquecendo ou congelando os tecidos
- HIFU ( high intensity focused ultrasound – ultrassom focado de alta intensidade): terapia que utiliza ondas de ultrassom para destruir tumores de próstata usando feixes focados de ultrassom de alta intensidade, que destrói tumores com precisão milimétrica, sem a necessidade de inserção de agulhas
- Radioembolização: a radioembolização é um tratamento minimamente invasivo que combina radioterapia e embolização para tratar tumores, geralmente no fígado. Pequenas esferas radioativas são inseridas nas artérias que alimentam o tumor, bloqueando o fluxo sanguíneo e liberando radiação diretamente nas células tumorais, com o objetivo de reduzir o tumor ou estabilizar sua progressão, minimizando o impacto nos tecidos saudáveis ao redor. O Centro de Medicina Intervencionista detém o selo de Centro de Excelência Sirtex® nessa prática, sendo o único Hospital da América Latina apto a treinar especialistas do mundo todo nessa tecnologia de ponta.
- Soluções paliativas para o tratamento da dor: usada para fazer a destruição focal de metástases ósseas, modulação neural, bloqueios anestésicos, a fim de controlar a dor dos pacientes nos mais diversos cenários. Além disso, ao longo dos anos, o hospital expandiu significativamente sua oferta de diagnósticos invasivos, incluindo biópsias profundas em regiões de difícil acesso, além de incorporar técnicas teranósticas, que combinam diagnóstico e tratamento em um único procedimento. O objetivo é proporcionar um diagnóstico cada vez mais personalizado, permitindo a escolha do tratamento mais adequado às especificidades de cada caso.
Na pesquisa
A fim de enriquecer a prática com medidas inovadoras e aplicáveis, o Einstein também capacita seus profissionais e investe na produção científica
- Entre o início de 2020 e julho de 2024, no que tange a medicina intervencionista, o hospital realizou 281 publicações relevantes e vinculadas a projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.
- No escopo voltado à oncologia, foram realizadas 50 publicações acadêmicas sobre temas relacionados a nódulos pulmonares, tratamento focal do câncer de próstata, tumores de tecidos moles, hepáticos, tumores ósseos, renais, entre outros.
- O Centro de Medicina Intervencionista do Hospital Albert Einstein também está fortemente comprometido com a realização de análises de economia da saúde ao incorporar novas práticas e tecnologias. Esse enfoque busca demonstrar o valor real e a sustentabilidade da medicina minimamente invasiva, evidenciando não apenas a eficácia clínica dos tratamentos, mas também o impacto econômico positivo para o sistema de saúde e para os pacientes. Ao integrar esses dados, o hospital garante que as inovações implementadas tragam benefícios concretos, tanto em termos de resultados clínicos quanto na otimização de recursos, promovendo um modelo de cuidado eficiente e acessível a longo prazo.
- O Centro de Medicina Intervencionista do Hospital Albert Einstein oferece, há mais de 15 anos, três vagas anuais para formação de jovens médicos nas áreas de Radiologia Intervencionista e Oncologia Intervencionista. Reconhecido pela excelência de sua equipe e pela alta demanda de procedimentos, o programa de formação é amplamente considerado um dos mais concorridos do Brasil. A combinação de aprendizado teórico, prática intensiva com tecnologias avançadas e supervisão de especialistas renomados atrai candidatos de todo o país, tornando o processo seletivo extremamente disputado.
Perspectivas para o futuro
As perspectivas futuras do Centro de Medicina Intervencionista do Einstein são promissoras, especialmente com a inauguração, em 2027, do Centro Oncológico e de Terapias Avançadas no complexo do Parque Global, em São Paulo. Equipado com tecnologia de ponta, o novo centro reunirá uma equipe multidisciplinar de especialistas altamente qualificados, reforçando o compromisso com tratamentos personalizados e inovadores. Com a premissa de “molecular first”, o foco da inciativa será na integração de abordagens terapêuticas baseadas no perfil molecular de cada paciente, oferecendo tratamentos de precisão e elevando ainda mais o padrão de excelência da instituição em cuidados oncológicos e intervencionistas.