Festival Chai Mulheres celebrou a força da mulher e a união das entidades femininas judaicas
A Hebraica foi palco do Festival Chai Mulheres, um evento inédito que celebrou a força, a resiliência e a liderança feminina na comunidade judaica.
Organizado por sete importantes entidades femininas, Voluntariado do Hospital Israelita Albert Einstein, Divisão Feminina do Fundo Comunitário, Emunah Brasil, Na’amat SP, Wizo SP, Unibes e ELF – Grupo de Empoderamento e Liderança Feminina da FISESP, com o apoio do Clube A Hebraica de São Paulo e patrocínio do Banco BTG, o festival promoveu um espaço de reflexão e ação, destacando desafios e oportunidades para as mulheres em diversas áreas da sociedade.
Fizeram parte da programação palestras e painéis sobre temas essenciais como inteligência artificial, empoderamento financeiro, saúde mental, mercado de trabalho e relacionamentos saudáveis. Além disso, os stands das entidades organizadoras ofereceram informações e suporte em diversas frentes, reforçando a importância da união feminina na busca por mudanças.
O evento contou com uma série de palestras mediadas por Telma Sobolh, presidente do voluntariado do Einstein, abordando temas essenciais para o bem-estar, como o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, estilo de vida e saúde, a conexão entre corpo e mente para uma vida mais equilibrada, além de questões relacionadas à menopausa, pós-menopausa e a Síndrome do Ninho Vazio.
Telma aproveitou a ocasião para reforçar a importância do voluntariado do Einstein. “O Einstein cresceu com o trabalho incansável das voluntárias, que arrecadaram fundos de forma inovadora para construir esse hospital de referência. Hoje, com 660 voluntários em 10 unidades, seguimos expandindo nossa atuação para novas cidades. Vestir o avental do voluntariado é uma honra e um compromisso com a missão das mulheres pioneiras que idealizaram esse projeto. A força feminina é fundamental para o impacto positivo que continuamos gerando”.
A Diretora Executiva do BTG Pactual Asset Management, Dora Szwarc, trouxe uma palestra essencial sobre “Investimentos Imobiliários e Propriedade Feminina: Construindo um Futuro Sólido Financeiro”. Com ampla experiência no mercado financeiro, Dora abordou estratégias para mulheres fortalecerem sua independência financeira por meio do investimento imobiliário, proporcionando insights valiosos para quem busca segurança e crescimento patrimonial.
Outra palestra de grande impacto foi “Como as Transformações Globais e IA Moldam o Futuro do Trabalho”. Mediado pela presidente. da Na’amat SP Joyce Markovits, o painel contou com a participação de três especialistas que discutiram como a inteligência artificial e as inovações tecnológicas estão redefinindo carreiras e criando novas oportunidades para as mulheres no mercado de trabalho.
Quem visitou a Hebraica também teve a oportunidade de conferir a exposição “Unindo Vozes Contra a Violência de Gênero”, que reúne 22 obras de 14 artistas israelenses denunciando a violência sofrida por mulheres e meninas em 7 de outubro e reforçando a luta pelos direitos femininos em tempos de conflito.
Outro momento especial foi o lançamento do livro “Vamos Falar de Relacionamentos Saudáveis”, com sessão de autógrafos da autora Caroline Blaj. A obra é um instrumento essencial para pais, educadores e profissionais da área na construção de relações saudáveis desde a infância.
O presidente do KKL Brasil, Rudi Solon, trouxe um toque de magia ao evento e encantou o público com um espetáculo de ilusionismo e muito bom humor.
A programação foi encerrada com o depoimento emocionante de Karina Engel-Bart, sobrevivente dos ataques de 7 de outubro, que participou de um bate-papo especial, mediado por Debora Sutton Chammah, Gerente de Educação da StandWithUs Brasil.
Seu marido Ronen Engel, foi assassinado pelos terroristas, e ela foi mantida refém em Gaza junto com suas filhas. “O mundo se virou contra nós, mas dentro da nossa comunidade não nos calamos. A dor que vivi e que tantas mulheres enfrentam precisa ser ouvida e reconhecida. Ela também fez um apelo para que todos os reféns que ainda estão em Gaza sejam devolvidos o quanto antes e agradeceu por todo apoio e carinho que vem recebendo”.
O presidente da Fisesp, Marcos Knobel falou sobre os impactos do 07 de outubro e da resiliência do povo judeu. “Os ataques de 7 de outubro foram um marco doloroso para a comunidade judaica global. No entanto, a história mudou, pois estamos mais fortes e unidos contra o antissemitismo. Infelizmente, as vozes femininas foram silenciadas no cenário global, e muitas organizações ignoraram as atrocidades sofridas por mulheres judias. O Grupo ELF tem sido essencial na defesa dessas mulheres e na conscientização mundial. Precisamos continuar denunciando e promovendo justiça, pois nossa luta é por dignidade e memória”.
Ao final do evento, Miriam Vasserman, vice-presidente da Fisesp e diretora do Grupo ELF, chamou todos os profissionais e voluntários para subirem ao palco, fez um agradecimento especial e comemorou o sucesso do evento. ” Em tempos desafiadores, é essencial unir forças para impulsionar mudanças reais em diversas áreas, como saúde, finanças e mercado de trabalho, bem como amplificar a voz das mulheres, especialmente frente à violência de gênero. O Festival Chai Mulheres foi mais do que uma celebração; foi um chamado à ação para garantir que nenhuma mulher judia fique para trás”.
Fotos: Flavio Mello
Voluntárias e profissionais sobem ao palco
Ricardo Berkiensztat e Miriam Vasserman abriram o evento
Carol Blaj autografa seu livro
A ex-refém Karina Engel-Bart compartilhou sua história
Telma Sobhol falou sobre o voluntariado