TDAH, TEA e DISLEXIA: Ruth Sznajdleder, neuropsicoterapeuta, explica – Por Glorinha Cohen
Dentre os transtornos tratados por um neuropsicoterapeuta estão os de Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Dislexia, avaliando funções como atenção, memória e linguagem, além de tratar de dificuldades de aprendizagem.
Pós-graduada em Neuropsicopedagogia, artista plástica pela Faculdade Federal da Bahia com licenciatura em educação artística pela FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado, pedagoga com especialização em Supervisão e Magistério pela PUC – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Instituto Mackenzie, Ruth Sznajdleder já comandou, em diversas instituições, oficinas dos mais variados tipos, como as de livre-expressão para a terceira idade, modelagem em argila, recorte e costura de bolsas, luvas e aventais, criatividade e corte-costura para pessoas com distúrbios psíquicos e para mães com crianças em tratamento oncológico, dentre outras.
Já foi professora de artes para educadores e pessoas da terceira idade, de pré-escola, de ensino fundamental e de escultura/galeria, coordenadora pedagógica, consultora em negócios de artesanato, proferiu inúmeras palestras e dinâmicas sobre a arte e sua função curativa e é autora do livro de autoconhecimento “Buscando o Equilíbrio – Quem somos e o que Buscamos”, lançado em 2005.
Portanto, tem a qualificação necessária para bem exercer as funções de neuropsicopedagoga, que nada mais é do que aquele profissional que avalia e diagnostica dificuldades de aprendizagem, desenvolve estratégias pedagógicas personalizadas para atender às necessidades individuais dos alunos, identifica e trata transtornos neurológicos, orienta pais, professores e outros profissionais da educação e promove a reintegração social, pessoal e educacional. Trocado em miúdos, são os chamados Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Dislexia, que se refere às funções como atenção, memória e linguagem, além de tratar de dificuldades de aprendizagem.
“Escolhi ser neuropsicopedagoga quando comecei a perceber que, nas aulas de artes que dava nas escolas, as crianças mais atrapalhadas permaneciam mais ativas e interessadas em aula e faziam bons projetos pois eu trabalhava com método que criei e que estimulava a criatividade, a autonomia e a cooperação. Depois vi que na família algumas pessoas e crianças tinham comportamentos que traziam dificuldades de aprender, de se relacionar e que pareciam apresentar sofrimento de alguma forma. Cheguei, então, à conclusão de que muitos pais não percebiam que seu filho tinha algum distúrbio e o que faziam o prejudicava muito, precisando serem orientados a mudar seu comportamento, o que nem sempre era aceito. E como educadora, sei a importância do vínculo afetivo e papel dos pais e família no desenvolvimento da criança”, explica Ruth.
Mas, quais os sinais que a pessoa dá para ter TDAH, TEA E DISLEXIA e quando os pais têm que procurar ajuda?
“As crianças podem apresentar características típicas de cada distúrbio ou ter uma mescla de características que chamamos de comorbidades que denotam que possa ter vários. Hoje é mais comum as crianças apresentarem dificuldades de atenção e hiperatividade pois, com uso de celular e ausência de alguém que esteja oferecendo diretriz de conduta e orientação nos estudos, estes comportamentos podem estar mais eminentes. Podem ser um alerta para o TDAH. A criança se dispersa, se entretém com qualquer coisa e com isso não consegue focar na aula e na lição de casa e não aprende. Crianças que tem gestos repetitivos e pouca necessidade de se relacionar com os colegas, podem apresentar tendências de excluir muitos alimentos e sentir que determinadas roupas os incomodam, bem como podem ter atraso na fala e dificuldades para aprender. Estas podem ser características de um tipo de autismo embora o TEA apresente vários graus e várias maneiras de se expressar. Crianças disléxicas podem ser vistas como rebaixadas intelectualmente, porém isto não é real. Elas apresentam uma maneira peculiar de aprender. Por exemplo, podem apresentar dificuldades na leitura e precisam que alguém leia para elas para que possam entender o texto, mas têm capacidade de se formar em qualquer área que tenham interesse. Portanto, ao perceber que a criança está tendo dificuldades de aprender na escola é importante ver qual é a queixa e se em casa tem algo semelhante encaminhá-la para o neuropsicopedagogo”, diz ela e finaliza:
“Os distúrbios cognitivos podem ocorrer por causas neurológicas, psiquiátricas ou por falta de bons professores também. Normalmente apresentam sintomas que contém outras comorbidades associadas e por isto, diagnósticos e testes são necessários para detectar onde reside a dificuldade”.
Ruth atende crianças e adultos com esses distúrbios em sessões semanais que podem ser feitas no consultório ou a domicílio. Contato pelos fones (11) 3822-5773 ou 99823-6707, ou pelo email ruthsznai@gmail.com .