DEBATE SOBRE LIVRO “A GUERRA DE NARRATIVAS” REÚNE NA HEBRAICA O JORNALISTA ROBERTO CABRINI E O AUTOR RAFAEL ROZENSZAJN
O clube Hebraica sediou um debate em torno do livro A Guerra de Narrativas (Editora Citadel), recém-lançado no Brasil por Rafael Rozenszajn, primeiro porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF) em português e advogado especialista em Direito Internacional.
Com base em sua experiência de 18 anos no Exército de Israel, onde atuou em funções militares e jurídicas, Rafael relata os bastidores da guerra informacional, analisando os desafios de enfrentar o terrorismo em meio à pressão internacional e à polarização nas redes sociais. O livro tem prefácio do ministro do STF André Mendonça e posfácio do presidente da Conib, Claudio Lottenberg.
O evento contou com a mediação do jornalista Roberto Cabrini, que conduziu uma conversa franca sobre os desafios da comunicação em tempos de conflito e o papel das narrativas na percepção internacional sobre Israel e o Hamas.
Na abertura, o presidente da Hebraica, coorganizador do evento, Deivid Arazi deu boas-vindas a todos. Depois o presidente do Hillel-SP, Fabio Topczewski fez a apresentação do Hillel Internacional e o caminho que pretende trabalhar na cidade de São Paulo.
“Em tempos de intolerância, a educação é essencial para transmitir nossas raízes, valores e tradições, despertando orgulho da identidade judaica e responsabilidade com a sociedade. O Hillel tem como missão preparar jovens para serem líderes ativos da comunidade judaica e cidadãos comprometidos com um mundo mais tolerante. Presente em 16 países e em mais de 800 universidades, a instituição acolhe jovens de diferentes origens com o propósito de fortalecê-los para o futuro. A comunidade precisa de cada um de vocês, e o Hillel está aqui para apoiar essa jornada. Somos um povo pequeno em número, mas uma grande família, e uma família de 16 milhões de pessoas é simplesmente invencível.”
O presidente da Confederação Israelita do Brasil (CONIB), Claudio Lottenberg, destacou a importância de combater a desinformação e lembrou que Israel enfrenta duas batalhas paralelas: a militar e a midiática.
“Israel não busca destruir Gaza, mas libertar Gaza do Hamas. Busca trazer de volta os reféns às suas famílias e garantir o direito de existir em segurança. Diferente de seus inimigos, que desprezam a vida, Israel valoriza a vida. Por isso, a guerra da comunicação é tão crucial quanto a militar, e temos a obrigação de combatê-la com dados, fatos e argumentos”, afirmou Lottenberg.
Rozenszajn ressaltou que a guerra de narrativas é hoje um dos maiores desafios para quem combate o terrorismo. “O povo brasileiro demonstra enorme simpatia por Israel, mas muitas vezes não tem acesso às informações corretas. Nosso papel é trazer dados e fatos que desmintam acusações infundadas, como as de genocídio ou de ataques deliberados contra civis. A desinformação é enorme, e vencer essa batalha é fundamental para construir caminhos de paz”, destacou o autor.
No encontro também foram distribuídos pins do movimento Pin for Peace, iniciativa criada para promover a paz, combater o terrorismo e o antissemitismo, alinhando-se à proposta central do evento.
A vinda de Rozenszajn ao Brasil acontece a convite de Márcia Kelner Polisuk, vice-presidente do Hillel Internacional, com o apoio da CONIB e outros regionais na cidade do Rio de Janeiro e São Paulo, onde o Hillel opera. A StandWithUs Brasil e as respectivas federações israelitas do Rio de Janeiro e São Paulo apoiaram as iniciativas nas duas cidades, além de patrocinadores que acreditam nessa causa, ou seja, a verdade, sem distorção dos fatos.
Crédito fotográfico: Renata Quevedo e Glorinha Cohen