MORRE SAMUEL SZERMAN, LÍDER DA COMUNIDADE JUDAICA DE BRASÍLIA

190_especial_

Faleceu na noite da última terça-feira, 9 de julho, Samuel Szerman (na foto, à esquerda), presidente da ACIB – Associação Cultural Israelita de Brasília, Ele foi diretor cultural, social e exerceu a presidência da entidade por três gestões. Tinha 77 anos.

Sua última grande realização foi a campanha pela aquisição de uma Torá para a ACIB, que atingiu o objetivo em pouco mais de um mês de doações, no início de 2013.

“Szerman, como carinhosamente o chamávamos, era um apaixonado pela vida comunitária. Não havia encontro ou momento de nosso trabalho no qual ele não se manifestava, sempre de forma veemente e não menos consistente, nunca deixando de trazer seu apoio e sua compreensão. Sonhava com uma sinagoga à altura da comunidade e era um verdadeiro embaixador de nossas causas. Sentiremos muita a sua falta”, declarou o presidente da Conib, Claudio Lottenberg.

Carioca de Vila Isabel, nascido em 1935, e filho de imigrantes poloneses, Samuel Szerman era profissional de Relações Públicas e foi transferido para Brasília na década de 70, pela Petrobrás, juntamente com a esposa Vilma e os três filhos, Ana Lúcia, Nisa e Israel.

Não participou da vida comunitária judaica no Rio, mas mudou sua postura assim que conheceu a recém-criada comunidade judaica da nova capital da República. Com seu jeito extrovertido, brincalhão e muito afetuoso, logo construiu diversas amizades e, de acordo com suas próprias palavras, fez da ACIB – a primeira entidade judaica da cidade – sua segunda casa, e dos judeus de Brasília, sua segunda família.

Cada vez mais atuante, Szermito, como era carinhosamente chamado pelos jovens, tinha como lema a importância da convivência judaica para a manutenção de valores e tradições, e como preocupação a própria sobrevivência da comunidade. Ao mesmo tempo em que expressava suas opiniões fortes e presença marcante, era carismático, contador de piadas e orador bem-humorado. Tornou-se, assim, um dos mais fortes pilares da vida judaica de Brasília.

O apreço que devotava à família – inclusive os netos Daniel, Artur, Rafael e Gabriel – e aos amigos lhe deu livre trânsito entre pessoas de todas as idades. Adorava estar com os jovens e as crianças, que o chamavam de zeide [vovô, em iídiche]- e, mais recentemente, de bisavô postiço.

Sua ausência deixa as crianças sem o seu zeide; e a comunidade, sem o amigo. Mas seu legado é forte e há de permanecer.

A diretoria da Confederação Israelita do Brasil expressa seu mais profundo pesar pelo falecimento de Samuel Szerman e manifesta solidariedade à família e à comunidade judaica que ele por tanto tempo liderou.

Texto: fonte CONIB

20
20