APRESENTADAS EM SP AS ÚLTIMAS PESQUISAS PARA RETARDAR O MAL DE PARKINSON

Autoridade mundialmente reconhecida e pioneira no desenvolvimento do tratamento do mal de Parkinson, o professor Hagai Bergman esteve no Brasil a convite da  Sociedade Brasileira dos Amigos da Universidade Hebraica de Jerusalém.

Titular do departamento de neurobiologia médica do Instituto de Pesquisa Médica Israel – Canadá (Imric), da Universidade Hebraica de Jerusalém, o professor Bergman proferiu uma palestra no Centro de Educação em Saúde Abram Szajman do Hospital Israelita Albert Einstein, que reuniu  cerca de 80 renomados neurologistas, neurocirurgiões e profissionais da área.

Com o tema “Current Deep Brain Stimulation and the New Directions”   (Estimulação Elétrica Cerebral Profunda na Atualidade e seus Novos Rumos), ele explicou como iniciou suas pesquisas sobre o Mal de Parkinson,  doença que afeta uma em cada cinco pessoas com idades entre  70 a 80 anos,  e que tem como principais sintomas a rigidez muscular, tremores e a perda dos movimentos voluntários.

Em 1983, quando um grupo de jovens da Califórnia  que havia consumido uma heroína sintética  começou a apresentar sintomas severos  da doença,  foi constatado que uma neurotoxina chamada MPTP causava um rápido início de Parkinson, o que deu aos cientistas uma de suas primeiras janelas para descobrir como tratar a doença. O estudo do professor Hagai Bergman demonstrou  que a manipulação de uma secção do cérebro chamada de núcleo sub-talâmico poderia ajudar a aliviar muitos dos sintomas de Parkinson induzida pela MPTP .

Em 1990, o professor Bergman realizou um grande estudo que apontou  a técnica de DBS  (Deep Brain Stimulation – Estimulação Cerebral Profunda)  como um tratamento eficaz em pacientes que sofriam da doença. A técnica consiste na implantação de uma espécie de marca-passo no cérebro  que promove o  alívio imediato dos sintomas de Parkinson a partir de uma estimulação elétrica de alta frequência.

Segundo ele, esta técnica já foi adotada por mais de 100 mil pacientes no mundo todo e o grande desafio agora é criar um mecanismo de automatização para que os pacientes não precisem ajustar o dispositivo periodicamente. Quando perguntado sobre comoevitar a doença, o professor deu as seguintes dicas: é preciso ter uma dieta saudável, praticar uma hora de exercício aeróbico cinco vezes por semana e forçar o corpo a aprender novos movimentos, como por exemplo, através de aulas de dança.

O professor Bergman também participou de um jantar na residência do casal Bela e Abram Berland, que reuniu  médicos, empresários, convidados de renome como o psiquiatra David Levisky, que elogiou a apresentação do professor israelense: “Ele fez uma exposição clara e destacou os cuidados que tem em utilizar métodos não invasivos e que podem ser reversíveis no tratamento doParkinson. A palestra foi extraordinária”.

“O nível de interesse e  a qualidade dos profissionais e interessados que compareceram às palestras comprovaram a importância da vinda   do professor Bergman”, destacou o  presidente da Sociedade Brasileira dos Amigos da Universidade Hebraica de Jerusalém, Jayme Blay.

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Jayme Blay, prof. Hagai Bergman, Dra. Revital Bergman e Eli Horn.

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Romeu Chap Chap e Abram Berland.

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Ruth e David Leo Levisky ladeiam Jayme Blay.

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Clara Rosset e Stela Blay.

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Dra. Gisele, Dr. Reynaldo Brandt e Jayme Blay.

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Jayme Blay, Bela Berland, prof. Hagai Bergman e Abram Berland.

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Pablo Liezelstein, Eli Horn, Jayme Blay e Bruno Laskovsky.