SEMINÁRIO FEMINISMOS E MASCULINIDADES: PERCURSOS, PROPOSTAS E DESAFIOS PARA A EQUIDADE DE GÊNERO

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A participação é livre e o Seminário acontece nos dias 1 e 2 de outubro, na sala 14 do Prédio de Filosofia e Ciências Sociais da Cidade Universitária, São Paulo,  com coordenação geral da socióloga Eva Alterman Blay, professora titular da  USP e coordenação de Flávio Urra, da Secretaria de Cidadania e Ação Social da Prefeitura de Mauá.


O tema Masculinidades, durante este período histórico, desenvolveu-se em paralelo, com aproximações e distanciamentos em relação ao feminismo. Mais recentemente, parte das organizações feministas incorporaram a discussão desse tema, passando a desenvolver trabalhos com homens. Hoje ele é amplamente discutido com diferentes abordagens.

A proposta do Seminário Feminismos e Masculinidades: percursos, propostas e desafios para a equidade de gênero é investigar, aprofundar e sistematizar a construção sócio histórica das masculinidades e sua relação com a violência contra a mulher. Serão convidados e convidadas especialistas que trabalharam com homens agressores, paternidade responsável e grupos reflexivos.

O foco central do Seminário será: São possíveis novos padrões de masculinidade que alterem comportamentos e valores que legitimam a violência contra as mulheres?

Esse Seminário é parte do projeto temático: 50 ANOS DE FEMINISMO (1965-2015): NOVOS PARADIGMAS, DESAFIOS FUTUROS, já aprovado pelo CNPq.www.feminismosmasculinidades.wordpress.com


Informações gerais

A participação no Seminário é livre. A inscrição para o Seminário é opcional, mas se desejar envie uma mensagem eletrônica para:feminismosmasculinidades@gmail.com


SEMINÁRIO

Nos últimos 50 anos a América Latina e o Brasil, em particular, construíram um profundo processo de mudança cultural provocado pelo feminismo.

Desenvolveu-se um novo paradigma “global e anticolonial” caracterizando pela prática fundamental (de) redefinir ou resignificar a realidade, subvertendo os códigos culturais dominantes. Foram décadas de mudanças progressivas, o passado resistindo em confronto com o presente, impondo obstáculos ao futuro” (Blay, CNPq 2012).

“Nos anos 1960 a elaboração teórica focalizava a mulher como protagonista; nos anos 90, desenvolveu-se o conceito de gênero focalizando as relações entre mulheres e homens. O passo teórico seguinte será abordar as masculinidades” (Blay, CNPq 2012).


PARTICIPANTES

 Adriano Beiras. Psicólogo, Psicoterapeuta Sistêmico, Doutorado Europeu em Psicologia Social pela Universidade Autônoma de Barcelona (Espanha), cujo título da tese foi La (de)construcción de subjetividades en un grupo terapéutico para hombres autores de violência en sus relaciones afectivas (2012). Bolsista de Pós-doutorado Junior (PDJ) do CNPq no Núcleo Margens, do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Membro do Instituto NOOS, e da Rede de Homens pela Equidade de Gênero; Rio de Janeiro. Co-organizador do livro “Atendimento a homens autores de violência contra mulheres: experiências latino americanas” (2010, UFSC/CFH/NUPPE).

Angélica de Maria Mello de Almeida. Desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Primeira Juíza mulher do Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo. Dedica-se, em especial, aos casos de violência contra a mulher e à aplicação da Lei Maria da Penha.

Anna Maria Corbi Caldas dos Santos. Bacharel em Direito pela PUC/SP, mestrado em Sociologia pela USP; com Gênero e Saúde Mental: a vivência de identidades femininas e masculinas e o sofrimento psíquico na sociedade brasileira contemporânea. Algumas reflexões a partir de relatos dos pacientes diagnosticados como portadores de transtornos mentais severos do CAPS – Araraquara SP. Pesquisadora do CNPq.

Benedito Medrado Dantas. Doutor em Psicologia Social, professor de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco. É um dos fundadores do Instituto Papai e atualmente coordena o Núcleo de Pesquisas em Gênero e Masculinidade e a Rede Brasileira de Homens pela Equidade de gênero (RHEG) que promove, desde 1999, a Campanha Brasileira do Laço Branco (Homens pelo _m da violência contra a mulher).

Deivison Nkosi. Sociólogo. Mestrado em Ciências da Saúde; Professor do Departamento de Estudos Sociais, História e Geografia, docente de História da Cultura Afrobrasileira e Indígena da Faculdade de São Bernardo; pesquisador em masculinidade e juventude negra.

Durval Muniz de Albuquerque Júnior. Doutor em História, colaborador da Universidade Federal de Pernambuco, professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Tem experiência na área de História, com ênfase em Teoria e Filosofia da História, atuando principalmente nos seguintes temas: gênero, nordeste, masculinidades, identidade, cultura, biografia histórica e produção de subjetividade.

Eva Alterman Blay. Socióloga; PhD e Professora Titular da Universidade de São Paulo; Senadora entre 1992 e 1995. Inter-regional Adviser da ONU para o setor de Desenvolvimento da Mulher (Viena); Fundadora e ex-Diretora Cientifica do NEMGE (Núcleo de Estudos da Mulher e relações Sociais de Gênero). Autora de vários livros e artigos sobre gênero entre eles: Assassinato de Mulheres e Direitos Humanos” (2008). São Paulo. Editora 34.

Fernando Acosta. Psicólogo, coordenou o primeiro Serviço de Educação e Responsabilização para Homens Autores de Violência de Gênero (SerH) na Prefeitura de Nova Iguaçu. Diretor do Espaço Somatopsicodinâmico e Consultor do ISER – Instituto de Estudos da Religião.

Flávio Urra. Psicólogo e Sociólogo, Mestrado em Psicologia Social pela PUC/SP; pesquisador do CNPq; atua na Secretaria de Cidadania e Ação Social da Prefeitura de Mauá; atuou em grupos com homens agressores em cidades do Grande ABC (2001-2013); e no Projeto Mulheres e homens trabalhando contra a violência doméstica e pela paz (2012).

Gustavo Venturi. Doutor em Ciência Política; Professor do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Coordenador das pesquisas A Mulher brasileira nos espaços público e privado (2001, Fundação Perseu Abramo) e Mulheres e gênero nos espaços público e privado (2010, FPA e SESC). Universidade de São Paulo.

Leandro Feitosa Andrade. Psicólogo, Doutorado em Psicologia Social; Professor de Psicologia da PUC/SP; coordenação de grupos de homens autores de violência contra mulheres pelo Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde. Autor da Pesquisa Perfil da prostituição atendida pela Pastoral da Mulher Marginalizada (2005-2013).

Lucia Avelar. Socióloga, Doutora em Ciência Política, pós-doutorado no Department of Political Science, Yale University, EUA; Professora Titular de Ciência Política do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília. Pesquisadora do CNPq. Membro da Comissão Brasileira de Justiça e Paz.

Marcos Antônio Ferreira do Nascimento. Doutor em Saúde Coletiva; pesquisador associado do CLAM – Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos; Rio de Janeiro; autor de Homens, masculinidades e políticas públicas: aportes para a equidade de gênero (2009).

Margareth Arilha. Psicóloga, Psicanalista, Doutora em Saúde Pública; pesquisadora do NEPO – Núcleo de Estudos da População da UNICAMP; coordenadora da pesquisa homens, fertilidade e reprodução (1998/2001); atuou como assessora na área de Políticas de Saúde Reprodutiva, Gênero e Direitos para UNFPA/ONU entre 2001 e 2006; autora de Homens e Masculinidades (2001).

Norma Kyriakos. Advogada (Faculdade de Direito da USP).Procuradora do Estado de São Paulo (1974/1996). Procuradora Geral do Estado de São Paulo nomeada pelo Governador André Franco Montoro, em janeiro de 1984 permanecendo até maio de 1985; criou-se então o COJE – Centro de Orientação Jurídica à Mulher; dirigiu o Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Estado quando foi criado o Curso de Especialização Jurídica aprovado pelo MEC. Na ocasião coordenou o Encontro Internacional dos Direitos Humanos. Conselheira eleita para a Diretoria da OAB, biênio 1987/ 88, quando foi eleita como Secretária-Geral (primeira mulher a compor a diretoria da OAB/SP), mandato no qual foi criada a Comissão Regimental da Mulher Advogada. Atuou na CONSTITUINTE como representante ativista da OAB São Paulo; no biênio 1988/89 foi Membro da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção São Paulo. Preside a organização não governamental Oficina dos Direitos da Mulher. Procuradora do Instituto de Previdência do Estado entre 1966 e 1974.

Sérgio Barbosa. Filósofo; Programa de Responsabilização de Homens Autores de Violência Contra a Mulher, Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde.


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