SAIBA MAIS SOBRE OBESIDADE

253_medicina_4_1A obesidade é uma doença influenciada por fatores genéticos, ambientais, socioculturais e comportamentais. Existem poucas evidências de que algumas populações são geneticamente mais suscetíveis à obesidade e estima-se que os fatos genéticos influenciem de 24 a 40% as alterações do IMC (Índice de Massa Corporal). O comportamento alimentar inadequado e o sedentarismo devem, portanto, ser os principais fatores que influenciam o crescimento da obesidade nos grupos populacionais geneticamente suscetíveis.

O estilo de vida influencia fortemente os componentes do balanço energético, seja pelo padrão de consumo ou pelas atividades cotidianas. O balanço positivo entre a ingestão alimentar e o gasto energético determina o acúmulo do tecido adiposo e aumento de peso. Sabe-se que o gasto energético é produto da taxa metabólica basal, do efeito térmico dos alimentos e do gasto energético com atividade física, sendo que cada um desses componentes podem ser influenciados por fatores genéticos.

O consumo e o gasto energético possuem determinantes individuais e isso não pode ser desconsiderado. No caso da ingestão de alimentos, em algumas situações, o consumo pode estar relacionado com a fome ou com a necessidade de energia e, em outros casos, com a grande quantidade de reserva adiposa e sinalização hormonal. O consumo em excesso pode ocorrer simplesmente por prazer, humor ou aspectos sociais. No entanto, essas motivações individuais para comer podem ser representadas por um mecanismo cerebral e precisam ser estudadas para o entendimento da gênese da obesidade.

Em todo o mundo, a ingestão de gorduras totais, produtos animais e açúcar têm aumentado, enquanto se observa um rápido e importante declínio na ingestão de cereais, frutas e hortaliças. Estas mudanças estão intimamente relacionadas ao fenômeno de globalização e ao acesso aos alimentos modernos altamente processados, os quais são facilmente transportados entre as regiões.

É importante seguir algumas recomendações para a manutenção do balanço energético e do peso saudável:

o Diminuir a densidade energética dos alimentos que promovem ganho de peso. Esses alimentos ricos em gorduras ou carboidratos simples são, em geral, altamente processados e nobres em micronutrientes. Já os alimentos de baixa densidade energética são aqueles que possuem maior teor de água em sua composição, como frutas, legumes e verduras. Em geral, são alimentos ricos em micronutrientes;

o Alimentar o consumo de fibras. São alimentos de baixo valor energéticos e dão volume à alimentação consumida, podendo aumentar a sensação de saciedade após as refeições;

o Promover ingestão de frutas e vegetais;

o Restringir o consumo de bebidas açucaradas;

o O índice glicêmico é uma forma de classificar alimentos de acordo com a resposta glicêmica que produzem. Alimentos de alto índice glicêmico são rapidamente digeridos e absorvidos, com maior efeito na glicemia, e têm sido apontadas como possíveis co-fatores da obesidade. A hipótese é que níveis diferentes de glicemia provocariam diferentes respostas hormonais na regulação do apetite;

o Considerar outros hábitos alimentares, como tamanho das porções, refeições fora de casa, consumo de álcool e omissão de refeições;

o Limitar consumo total de gorduras, substituir o consumo de gorduras saturadas por insaturadas e eliminar o consumo de gorduras hidrogenadas ou gorduras trans.


FONTE: www.spasorocaba.com.br

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