O SENTIDO DA VIDA – POR AKIM ROHULA NETO

253_especial_2_1O sentido da sua vida é você mesmo. É a sua experiência. É aquilo que escolhe ou não fazer. O “produto” é variável, mas a fonte é sempre a sua experiência.


Como encontrar o sentido da vida? Bem, se eu fosse você começaria mudando a pergunta. Em ciência dizemos que metade do caminho está resolvida quando a pergunta formulada é uma boa pergunta. Por que? Pelo fato de que a maneira pela qual formulo a pergunta induz o meu pensamento. Se formular uma pergunta de maneira equivocada ou incompleta, será por esta trilha que meu pensamento irá seguir.

O problema com a pergunta “como encontrar o sentido da vida” é que ela pressupõe que o sentido está em algum lugar, esperando para ser encontrado ou descoberto. Também supõe que ele é algo externo, palpável aos sentidos. Estas buscas tendem à ir aos livros, aos cursos, às doutrinas e à lugares para encontrar o tal sentido.

Porém que sentido poderia ter a vida? Qual o sentido de uma flor? A “vida” em si não tem um sentido necessário, ela apenas é. A “nossa” vida precisa de um sentido. Essa é a necessidade do humano. Portanto não é à “vida” que damos um sentido e sim à “nossa vida”. Como somos nós quem damos o sentido não pode estar fora de nós, portanto, você pode ler tudo o que quiser e fazer tudo o que quiser no mundo externo, ou o sentido está em você ou não está.

Portanto, a correção na pergunta se faz assim: como criar o sentido que darei à minha existência? A palavra “como” no entanto, reflete sobre a metodologia e não sobre o produto final. Particularmente gosto disso, porque de posse de métodos, podemos criar vários sentidos. Sim isso mesmo, a vida é muito ampla para poder ter apenas um sentido (e ao mesmo tempo tão ampla que mesmo um só sentido pode “bastar”).

Um dos métodos que emprego é simplesmente ouvir o que meu corpo me sinaliza. O corpo é vida, ele é todo vida, todo biologia, que fonte melhor de sentido da vida que nosso corpo? Ouvir as emoções e sentimentos produzidos por ele, seus anseios e necessidades, seus desejos, medos, dores e prazeres. Todas estas “dicas” nos são dadas diariamente, à todo instante, porque não ouvir toda esta sabedoria ou invés de simplesmente negá-la?

O sentido da sua vida é você mesmo. É a sua experiência. É aquilo que escolhe ou não fazer. O “produto” é variável, mas a fonte é sempre a sua experiência. Olhe para dentro, tudo está lá. Aprenda a deixar fluir.


AKIM ROHULA NETO – Graduado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Saiba mais.

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