CASAMENTO – COMO ESCAPAR DAS MAIORES ENCRENCAS – RABINO KALMAN PACKOUZ

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A primeira regra para a alegria conjugal é Não Discuta! são necessárias duas pessoas para haver uma briga.


Certa vez ouvi uma pessoa brincando sobre como conseguiu 50 anos de alegrias conjugais: “Nós sempre estávamos de mãos dadas … isto nos impedia de brigar!”

Você já pensou por que há tantas piadas sobre casamento? Há piadas porque a desarmonia no casamento é algo ridículo: o relacionamento com a pessoa que escolhemos para construir uma vida de alegrias e significado degenerou-se para uma fonte de dor, agonia e sofrimento. Esta semana gostaria de compartilhar com você, querido(a) leitor(a), algumas ideias de como aliviar a tensão no casamento ao evitar-se as discussões.

A primeira regra para a alegria conjugal é “Não Discuta!” São necessárias duas pessoas para haver uma briga. Se você não revidar, se responder com voz suave (“Uma resposta gentil manda embora a raiva” – Provérbios 15:1), então não mais haverá brigas. Muitas pessoas pensam que têm que responder a qualquer crítica ou insulto – seja para defender-se ou como uma necessidade psicológica de devolver a agressão. É importante nos mantermos focados na meta: permanecermos alegremente casados e construir uma vida juntos. Esta era a meta quando nos casamos e o objetivo deve permanecer o mesmo. Há estratégias para minimizar as brigas e o impacto dos ‘espinhos e flechas’ atirados.

TRÊS ESTRATÉGIAS PARA EVITARMOS DISCUSSÕES

1) CONCORDEMOS! Se quem está nos insultando está certo, concordemos! Não dá para brigar com alguém que concorda conosco.

2) FAÇAMOS UM DEPÓSITO EM CONTA CORRENTE: Por que respondemos a comentários negativos feitos por nosso cônjuge (ou qualquer outra pessoa)? Sentimos que o insulto nos diminui, nos faz valer menos. Pedaço por pedaço, acabamos sendo reduzidos a uma pilha de entulho — portanto, respondemos em defesa de nossa existência, frequentemente com raiva e com nossas próprias acusações. E se alguém nos desse US$ 10.000 a cada vez que fossemos insultados? Imagine um grosso maço de dinheiro, com um elástico em volta, sendo depositado em sua conta bancária após cada insulto. Com certeza isto tiraria a dor de recebermos um insulto!

3) INSANIDADE! Casamos com alguém porque amamos esta pessoa, porque queremos nos manter casados com ela e construir uma vida em comum. Quem deveria ser a última pessoa a insultarmos na face da Terra? Nosso cônjuge! Insultar nosso cônjuge é uma insanidade. Não sejamos loucos!

Agora, mais um passo. Como não levar a sério o insulto que nosso cônjuge nos fez? A resposta é: coloquemos a situação em sua correta perspectiva. Por exemplo: suponha que estejamos andando pela rua e passamos na frente de um manicômio. Um sujeito sai lá de dentro, vestindo roupas de paciente, dirige-se a nós e diz: “Você é o ser humano mais insensível, sem consideração e egoísta que D’us colocou neste planeta!” Como nos sentiríamos? A reação normal seria: “D’us, espero que o cara não seja violento. Pobre coitado. Imagine o que ele fez para estar aí dentro!” Se um cônjuge inicia uma tempestade verbal, das duas uma: ou ele/ela tem um bom ponto a discutir (então, suavemente, admitamos que estamos errados) ou estamos sendo o recipiente de uma explosão de insanidade. Enxerguemos nosso cônjuge como alguém que está passando por um momento de insanidade temporária (mas não compartilhe este pensamento com ele/ela!) e não sentiremos a mágoa nem entraremos numa discussão da qual iremos nos arrepender depois.

Eis mais algumas linhas de pensamento para um matrimônio feliz:

GUIA PARA UM CASAMENTO FELIZ

Pelo Rabino Zelig Pliskin (autor do livro Marriage)

  1. Seja sábio(a). Pergunte-se: “O que seria inteligente dizer agora?” Todos temos sabedoria estocada em nossos cérebros. Use-a.
  2. Pratique a arte do agradecimento e gratidão mentalmente (pensando) e verbalmente (dizendo).
  3. Pratique a arte de ser bondoso(a) com palavras e atos. “Que coisa agradável devo dizer ou fazer agora?”
  4. Pratique a arte de entender e ter compaixão. Pergunte-se: “O que meu cônjuge precisa agora?”
  5. Pratique a arte de identificar sua esposa ou marido com o seu lado positivo de ser.
  6. Pratique a arte de reagir positivamente. Faça comentários bons e positivos.
  7. Pratique a arte de pedir o que precisa de uma maneira que ambos se sentirão bem sobre isto.
  8. Pratique a arte de estar com bom humor e num estado positivo o máximo que puder, e ser respeitoso(a) mesmo se não estiver de bom humor agora.
  9. Pratique a arte de não dizer o que é sábio não dizer.
  10. Pratique a arte de aprender dos demais como aprimorar aquilo que você fala ou faz.

Pensamento: Uma voz suave pode abafar muitos gritos!


RABINO KALMAN PACKOUZ – Do Aish Hatorá, é o criador do Meór Hashabat, boletim semanal com prédicas. Saiba mais.

NOTA:- Desejando contribuir para o Meor Hashabat acesse o www.aishdonate.com – Email – meor18@hotmail.com

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